22.12.09

Enfim... o final.

Buenas, este provavelmente será o último póuste do ano aqui no Quarto.

A partir de amanhã estarei de férias \o/ e volto só dia 8 de janeiro. Até lá vou escrevendo alguma coisa, e guardando.. Ou indo em alguma lan house pra postar.. =) A menos que eu me esqueça ou não consiga escrever nada que preste.. como agora.

Então, feliz natal pra ti, caro ser, que durante este ano, ou apenas parte dele, ou alguma vez na vida, entrou aqui e leu as crônicas de 1/4 Cheio. Feliz natal, muitos presentes legais e um ano novo com muita fuligem no cabelo e olhos (pra quem for ver os fogos na praia, logo abaixo dos fogos, bem na reta.. ¬¬) e muita comilança e beberança e shoppeidança!

Até mais!
=)
Um abraço bem apertado (ui)
E obrigada pela companhia ;)
Até o ano que vem!

Carol Grechi.


15.12.09

Uma musica normal pra embalar a semana...

Por Carol Grechi

Pois então, hoje o Quarto está musical!
Acho que essa música tem a ver com o blog, então taí.
Desculpem as desafinadas e a gravação caseira, mas o que vale é o registro da cançã!
Espero que gostem.
Té.

p.s. A inspiração para esta música veio do encarte do CD "Acústico, ao vivo e a cores", da banda Acústicos e Valvulados.


Para ouvir, clique aqui.



Música Normal - Carol Grechi

Vejo a milésima canção aparecer
A rima não combina mas começo a escrever
Coisas sobre mais um fim de tarde em meu quintal
Sigo à espera de uma música normal

Essa melodia meio triste e deprê
Coisa inevitável que insiste em acontecer
Toda vez que tento escrever uma canção
Que não fale nada sobre amor e coração

Um Allstar vermelho, um teclado e um violão
Livros na estante, um par de meias pelo chão
Coisas neste quarto em que descanço meu olhar
Sigo ignorando o meu plexo solar

Quem me dera ter você
Junto a mim nesse lugar
Minha cura é escrever
Até a hora de parar

Um allstar vermelho, um teclado e um violão
Livros na estante, um par de meias pelo chão
Coisas neste quarto em que descanço meu olhar
Sigo ignorando o meu plexo solar

Quem me dera ter você
Junto a mim nesse lugar
Minha cura é escrever
Até a hora de parar

Quem me dera ver você
No dia D que vai chegar
Meu remédio é ter você
Até a hora de parar

9.12.09

O velho Noel



Por Carol Grechi

É natal, fim de ano, etc, etc...

E lá está ele, o personagem que encanta algumas crianças e assusta outras.

Ho-ho-ho!! Na versão original seria um senhor gordinho, simpático, rosado, de cabelos e barbas brancas (não, não é Deus) e um sorriso acolhedor no rosto. Ele lhe daria um abraço e algumas balas de presente, dizendo que você foi uma boa criança. Esta é a imagem que encanta.

Acompanhe agora, a que assusta:

Rô-rô-rô!! Na versão brasileira baixa renda, seria um homem magro, com uma roupa vermelha uns 3 numeros maior que ele, uma almofada sob a blusa pra dar impressão de barriga, uma barba branca falsa (de nilon), cabelos brancos falsos (de nilon) e uma máscara de plástico. As botas pretas parecem roubadas de algum policial destraído e o saco de presentes é mais murcho que o próprio saco do infeliz. As balas estariam melecadas e lhe daria apenas uma, pra levar o que sobrasse pra casa. Também lhe diria pra parar de puxar a barba falsa, se não nunca mais ganharia presentes, pelo resto da vida. Sob a máscara, tenho certeza de que ele não estaria sorrindo.

Hoje eu irei pra Criciúma, logo mais à noitinha. Se não me falha a falta de memória, nesta noite em questã haverá a chegada do Papai Noel lá na city, luzes piscando e brilhando e aquela papagaiada toda.

Será que ele vai ser a versão original ou a versão baixa renda? Meu espírito natalino está tão empolgado quando uma aula de yoga.

Até hoje, nos natais que me lembro, só conheci a segunda versão. Nunca dei muita bola pro bicho feio que ia trazer meus presentes, mas acho que pra mim o natal seria mais bonito se "ele' não fosse tão feio.




p.s.

Lembrei que ontem eu estava no calçadão de Araranguá e vi uma cena lamentável. Próximo de onde eu estava, havia uma loja de brinquedos e enfeites de natal. Havia também um papai noel em tamanho natural, na porta, segurando um sax (mas era um boneco, ta). Aí passou uma senhora e parou na frente dele. Achei que ela ia sorrir, lembrar sua infância e seguir caminhando. Mas não. Depois de olhar por uns instantes ela tentou retirar o sax das mãos do pobre velhinho indefeso. A véia tava tentando roubar o velho Noel! Do nada ela olha pra mim e vê minha cara de "tu não tem vergonha na cara, não?" e sai disfarçada, deixando pra trás um Papai noel inteiro e uma guria com cara de assassina de véias loucas (que no caso, seria eu).
Ah, detalhe, eu sou essa animação em pessoa, nas fotos acima.

8.12.09

Aranhas



Por Carol Grechi

É engraçado como um medo pode te acompanhar desde sua querida infância, até o resto dos seus dias. Por exemplo, há que tenha medo de palhaços. Mas também, imagina o que passa na cabeça de certas crianças ao ver aquela coisa com a boca maior do que a cara e se mexendo feito um bicho louco. Credo.

Aí quando esse pequeno ser cresce, obviamente ele não demonstra que ainda sente medo de palhaços, imagina, que coisa absurda, um adulto ter medo de palhaços.

Ham, ham... Dica do quarto, se for a um circo, na hora em que os palhaços aparecerem, procure rostos adultos na platéia. Se encontrar algum com olhos meio arregalados, dando um sorriso bem amarelo enquanto todos se racham de rir, há uma possibilidade de este adulto ter sido uma pobre criança que temeu (e ainda teme) estes bizarros seres de cabelos coloridos e animação inesgotável.

Ta mas vem cá, o nome da crônica não é "Aranhas"? O que o palhaço tem haver com isso??

Ah, sim... Vamos ao momento psicanálise/diário/regressão.

Deixa eu fazer as contas, eu tinha 4 anos, então era lá por 93... E lembro como se fosse hoje. Na minha querida creche em Estância Velha - RS, estávamos todos (15 alunos e 2 professoras) em cima das mesinhas baixas e redondas onde desenhávamos (sabe quais são né?), nos refugiando.

Do quê? Bom, enquanto as crianças gritavam e as professoras gritavam mais ainda, uma aranha daquelas enormes, marrons, tipo caranguejeira, passeava pelo chão, perto da parede. As professoras estavam cada uma com uma vassoura na mão, tentando acertar a criatura peluda que aterrorizava a todos nós. Não lembro como terminou a cena, só me lembro disso.

3 anos depois, uma criança gordinha e sem um dente da frente, assistia à Sessão da Tarde enquanto fazia os "Temas de casa" da segunda série, na cidade de Novo Hamburgo - RS.

E o filme era....? Aracnofobia.


Depois daquele filme, posso dizer que as coisas pioraram um pouco.

Se alguém vai cortar a grama eu vou passear na mesma hora, voltando de preferência uma semana depois. Pra quem não sabe, estas grandes, nojentas e "argh" criaturas, geralmente se escondem nas gramas altas, próximo às paredes ou muros do local. E também andam em par. Se tu matar uma, pode ficar refugiado em cima do sofá, meu querido, porque logo logo o parzinho da aranha aparece pra tirar satisfação.

Hoje, dia 8 de dezembro de 2009, eu estava esperando o ônibus pra Araranguá, como de costume, sentadinha no banco da parada. De repente senti alguma coisa no topo da minha cabeça, e logo pensei que era uma joaninha ou outro inseto inofensivo, pois volta e meia um deles procura as minhas madeixas. Meu xampu deve ser doce, sei lá.

Com essa minha "experiência" de coisas caminhando na cabeça, sei que não se deve esmagar o inseto com um tapa, se não fica tudo melecado, mão e cabelos. Então fiz uma pinça com os dedos e puxei o bichinho.

Não gritei porque de repente a minha voz (e a minha alma) pareciam ter sumido. Era uma aranha vermelha, daquelas bundudas, e segundo minha temerosa sabedoria, algumas delas podem ser bem venenosas.

Nem sei como atinei, mas em menos de meio milésimo eu já tinha jogado ela no chão, e pisado em cima. Pelo rastro vermelho que ficou no cimento, acho que ela não resistiu ao meu golpe "ChucK Norris" de All Star.

Uma meninha duns 9 anos que também estava na parada, viu a cena toda. Quando olhei pra ela ela deu um sorrisinho com os olhos arregalados. Tenho a impressão de que ela viu a cara de "apocalipse" que eu fiz quando a aranha ficou por breves instantes na minha mão. Parecia que ela tava dizendo "tudo bem, eu não conto pra ninguém". Guria gente fina.

Am... Acho que eu vou comprar um chapéu.
Ou trocar de parada.
Ou de cidade.
=S

7.12.09

Deu branco



Por Carol Grechi

Não sei o que escrever. Pensei, pensei, pensei e só pra dizer que não desisti fácil, pensei mais um pouco. Mas não adianta, não sei sobre o que escrever.


Pensei no Guitar Hero que eu instalei no meu "super" (ironia, tá?) notebook da Intelbras e ele fica travando, pensei que hoje fui tocar violino e vi que as cravelhas estavam mofadas (apesar de eu guardar conforme as recomendaçõns, lá em casa mofa até o pensamento), pensei no que fazer quando chegar em casa, agora que estou de férias, e decidi que ou vou tocar meu violino mofado ou jogar meu Guitar Hero travado.


Mas não pensei em nenhum assunto que eu pudesse desenvolver aqui. Nada. Zero.


Deu branco. Tão branco quanto as geleiras que estão sumindo na Antártica, como bem disse o Fantástico ontem, e tão branco quanto os seus dentes após usar Close Up White Now, pelo menos é o que eles dizem na propaganda.


Aliás, acho que quem disse isso de branquear na hora é um espertalhão. Comprei a tal pasta de dente. O negócio é seguinte, tu olha teus dentes antes de escovar. Ok. Aí escova e vê que a pasta é azul, azul marinho, aí fica tudo escuro e tal, a espuma teus dentes e a tua boca. Quando enxágua, parece que os dentes estão super brancos. Pelo menos em contraste com o azul anterior, estão. E nessa de se distrair com a pasta azul, tu nem se lembra mais da cor exata dos teus dente antes de escovar. Espertalhões. Vou saber se tava mais amarelo, menos amarelo ou a mesma merda.


White Now, White Now é o meu cérebro sem assunto pra escrever hoje.


Desculpe se você perdeu tempo lendo isso, prometo que na próxima eu capricho. Boastarde.


Vo ali tentar salvar meu mp3ou9, quando pega vírus as pastas viram .exe e aí as músicas não tocam. ¬¬ Arre, saudade do meu toca fitas.

3.12.09

Incompatibilidade musical (quê?)



Por Carol Grechi

Último dia de "aula" na faculdade. Digo "aula" porque hoje todos os colegas da quinta fase de jornalismo da Faculdade SATC (ou éssi A Tê Cê, como disse o Jô, quando fomos pra lá ano passado) estarão reunidos no Friends para a despedida.

Apesar de a batata frita ser meio cara, lá dá pra juntar as mesas e fazer o que se faz em último dia de aula. Nada.

Como era de se esperar, alguém tem que levar o violão. Ah, oi, tudo bem? meu nome é alguém.
Adoro levar o violão, a festa fica ainda mais animada! Até alguém falar "ta, toca uma aí que todo mundo conhece".

Cri cri cri... Os grilos fazem a introdução até a "música que todo mundo conhece" começar. O que demora um tempo considerável.

Mas é aí que mora o problema. Eu, portadora do violão, sei tocar musicas de meu gosto (é lógico) e dificilmente 15 pessoas gostam da mesma coisa. Se eu puxo um Nenhum de nós, Engenheiros, Cidadão Quem... 3 pessoas (comigo) cantam.

Quando passo o violão pra um colega que toca "fio de cabelo", "menino da porteira", etc... Todos cantam.

Enquanto eu e mais dois estamos cantando as pérolas do rock gaúcho, todo mundo está conversando, ou seja, o barulho ambiente acaba sendo maior do que minha esmilinguida voz. Aí alguém grita "canta mais alto! canta pra fora!" ¬¬

Sinto muito informá-los, caros colegas, mas desde a primeira fase vocês já deviam ter percebido que eu não consigo aumentar o volume da minha voz, pelo menos não sem desafinar ou engaipavar ou as duas coisas ao mesmo tempo. Não nasci pra cantar alto enquanto os outros conversam, não sem um microfone, pelo menos.

Aí quando toca "toda vez que eu viajaaaaaava pela estraaaada de ôro fiiiiiino" tá todo mundo cantando, não precisa o portador do violão se esgoelar e ninguém percebe se ele desafina, porque justamente, está todo mundo cantando.

Bom, hoje vai ser mais um dia desses, em que eu vou me sentir impotente vocalmente no meio da baderna toda, e o menino da porteira vai berrar solto pelo Friends.

Eu poderia aprender a tocar as musicas que eles gostam né?.... Hum... Não... Não é por nada, mas é que... Mesmo ouvindo só ocasionalmente, eu já enjoei desse sertanejão do tempo do êpa... Então ficaremos neste impasse até o dia da formatura. Sinto muito. =/

Sorry, colegas. Minha voz não é tão potente pra se sobressair aos zilhões de decibéis de um bar cheio de gente tagarelando, e infelizmente possuímos incompatibilidade musical.

É a vida, é a música.

Mas mesmo assim amo vocês e nos vemos hoje à noite pra fazer barulho e comer batata cara!
\o/ rumo a sexta fase! boas férias, cambada!


30.11.09

Nada está tão ruim, que não possa piorar




Por Carol Grechi

A vida é feita de fases. Calma, não falarei sobre filosofia ou pensadores caquéticos que disseram algo memorável. Falarei para você, meu querido e sofrido pobre. Sei bem que a vida “pra nós” é feita de fases, e daqui a pouco você vai passar a concordar comigo.

O ano começa. Aquela papagaiada toda de "tudo novo", "tudo será diferente", etc. etc...

Mas todos os anos há aquela fase onde tudo dá errado. Você recebe uma bela mijada no trabalho e uma gripe, daquelas de derrubar rinoceronte, começa a penetrar seu sistema imunológico como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Com o nariz parecendo um vermelho esguicho, espirrando a cada meio minuto, você vai pra casa.

Ao chegar, liga a TV e vai esquentar um leite pra tomar café. Enquanto vigia o leite pra não derramar e anseia por devorar seu fresquinho pão d'água, a luz começa a oscilar e a ficar em uma fase só, então se vai de uma vez. A luz se foi, e com ela a sua TV que acaba de queimar. Por mais que você reze e role as pilhas palito do seu controle remoto (isso às vezes funciona) a TV não liga mais. Ela se foi, meus pêsames.

Ainda amaldiçoando a instabilidade elétrica de sua cidade, corre pra cozinha com a certeza de que o leite há essa hora já está cobrindo o fogão inteiro. Nada disso. O leite está morno e o fogo apagado. Acabou o gás.

Puta merda, você "chuleou" pra que ele durasse o máximo possível. Nem usou o forno pra não gastar o coitado. E depois de 5 meses, o pobre gás também se foi, deixando apenas um leve odor para lembrar sua existência.

A essas alturas a fome já não é mais a mesma, ainda assim o leite morno vai para a sua caneca preferida e ao se virar para pegar a margarina, seu cotovelo esbarra na caneca e ela vai caindo em direção ao chão, como se estivesse em câmera lenta. Segundo depois, cacos de porcelana envoltos em uma poça de leite morno inundam a sala.

Você respira bem fundo, pensando que deve se benzer urgentemente (ou então dá um berro de raiva, o que é perfeitamente aceitável). Depois de limpar a lambuzeira do leite, não há mais nada a fazer senão dormir. Às 9 da noite. A TV está queimada, a luz ainda não voltou, suas pilhas do mp3 estão descarregadas e seu livro preferido ficou no trabalho (mesmo que estivesse em casa, as velas acabaram, não daria pra ler o livro). Antes de se deitar espirrando, ainda dá uma topada no pé da cama, fazendo seu dedinho do pé ficar numa posição esquisita por uma semana.

Então, boa noite querido. Se não tiver pesadelos.

E lembre-se, meu amigo de baixa condição monetária, de que isto é apenas uma fase e que todo ano você passa por ela e depois a esquece. Depois as coisas boas começam a acontecer e você fica todo contente por um longo, longo, tempo.

A vida é assim. Pelo menos a vida de pobre é assim. o/ Até.

26.11.09

Banri o quê?



Por Carol Grechi

Realmente, hoje em dia o uso de cartões de crédito/débito, facilita muito a vida das pessoas. Mas pra quem tem um cartão do Banricompras em Criciúma, não é bem assim.

Ontem eu e meu querido namorado, estávamos caminhando (ele caminhando, eu me arrastando) no calor tórrido de Criciúma, enquanto esperávamos o meu horário no médico. Meu boyfriend abriu uma conta no Banrisul, pra poder receber o salário na empresa em que começou a trabalhar. Quem abre uma conta universitária no Banrisul, tem direito a uma bela mochila!!!

Nós sabíamos disso, e ele sabia que a mochila já tinha dona. Hehe.

Fomos lá e a moça nos disse que deveríamos fazer alguma compra com nosso Banricompras e levar o comprovante ali no banco, para então sair de mochila nova nas costas. Foi aí que tudo começou.

Perto do meio-dia, pensamos em almoçar e pagar com o tal cartão, matar os dois coelhos como uma caixa d'água só, como diria Magda.

Atravessamos a rua e fomos a um café, que abriu recentemente, e com seu ar moderno parecia ter todas as máquinas de cartões possíveis.

Nada. A moça ainda perguntou "Banri o quê?". Tive que apontar pro outro lado da rua e mostrar o banco, bem na frente do café. "Ali na frente fica o banco Banrisul, que tem um cartão chamado Banricompras". Minha paciência às vezes me surpreende. Agradeci à moça por temos feito ela perder tempo nos prestigiando com sua ignorância, e seguimos para o próximo estabelecimento.

Supermercado Bistek (o pequeno). Não tinha local pra lanche e não aceitava Banricompras. Fail.

Restaurante Eliza, no centro. Estava cheio e não aceitava Banricompras. Fail.

Praça de alimentação do Shopping Della. Ali eu jurava que um daqueles trocentos locais pra comprar comida, aceitaria. A moça do Chicken-In até disse pra gente escolher o que iria pedir, pois ela achava que o cartão passava. Não passou. O frango crocante ficou só no meu faminto pensamento. Fail.

Última tentativa, Bistek grande. Ao entrar perguntamos no caixa "Aceita Banricompras?". A resposta foi SIM. Quase abracei a guria, mas como estávamos com muita fome, fomos procurar no mercado algo que lembrasse um almoço. Achamos o local dos lanches!

Até que tinha bastante coisa, mas tinha que comer de pé. Aham, sem local pra sentar e esfarelar seu folhado (como eu fiz) ou tomar o estranho suco de milho (como meu amado fez). Tudo de pé, no balcão do caixa, atravancando a vida das outras pessoas.

Na hora de pagar, a atendente do setor dos lanches se embabacou toda. Mas o que importa é que saiu o comprovante. Enquanto ela imprimia, eu quase pude ler as palavras "vale uma mochila do Banrisul", no papel amarelinho.

De pança cheia, ainda derretendo e agora também com sono (aquele que dá depois do almoço), seguimos para o banco da logo azul.

O amado entrou e voltou com uma mochila (também azul) bem bonita e grande. Bem grande, na verdade. Parece um saco de dormir, mas é bem legal. Enfiei minha bolsa estufada lá dentro daquele interminável espaço, e coloquei-a nas costas. Pra fechar com chave de ouro, ganhamos também um par de Havaianas brancas, com o selinho "Banricompras" em cima. Não aguento mais ler essa palavra. Banricompras.

As Havaianas inicialmente ficariam com o amado, mas no fim da noite, depois da facul, lembrei-o de que sou uma menina sem chinelos, uso a da mãe que é 3 números menor que o meu pé... Coisa e tal e tali coisa... No fim ele concordou em deixar lá em casa, pra usar quando ele for pra lá. o/ Foram meus presentes de natal! A mochila pra eu parar de carregar o notebook numa sacola que fod&*¨%$# com o meu braço, e uma Havaiana que não vai mais deixar o meu oscar (oscarcanhár) encardido!

Ah, o tamanho da Havaiana é universal. Vai parecer uma lancha em mim, mas como pé de pobre não tem tamanho, tá uma beleza!

No fim da história Criciúma me envergonhou! Se vai um gaúcho pra lá só com Banricompras, vai ter que passar o dia bebendo chimarrão pra não desmaiar de fome. Eitcha!

Então é isso, dá licença que vou ali procurar meu amarrador de cabelo. Se eu não escrever outra cônica em breve, chamem os bombeiros, pois provavelmente caí lá dentro e estou vagando na imensidão da Banrimochila.

23.11.09

O Sol




Por Carol Grechi

Ó brilhante, redondo e amarelo Sol. Que faz com que seres humanos do sexo feminino fiquem vestidos com pequenos pedaços de pano enquanto queimam sua pele, estirados na areia da praia, feito lagartixas em dias de calor.

Moças, jovens, velhas, bibas... Todas torrando suas peles e tornando-se iguais as outras, com marquinhas de biquíni basicamente idênticas. Um exército de uniforme bronzeado.

Aí você se pergunta... Mas essa guria deve ser uma infeliz, pra falar com essa ironia atacando as pobres mulheres que perdem um puta tempo estiradas no Sol...

Nada disso.

Eu sou branca. Sabe branca? Mas não clariiinha... É BRAAAAANCA mesmo!!!! Aí passo bronzeador e por mais que eu caminhe 20 km na praia (suposição, é lógico q só caminho 15 min.) minha cor não muda. Não adianta. Dependendo do Sol ainda fico vermelha, e depois volto a brancura de sempre.

Meu protetor? Fator 15. Mas o 60 é bom também.

Aí no verão é só botar uma saia ou algo que mostre as minhas lâmpadas florescentes, digo, canelas, que sempre vem a frase "ô tem que pegar uma Corzinha né Carol?", "tu não mora na praia?"... Etc...

20 anos que ouço isso, todo verão. Sem falta.

Esses dias ouvi o que eu sempre quis... Minha professora me viu de blusa de alcinha e me disse:

-Nossa, como tu é branquinha né? (pensei, ih lá vem o papo aquele)
aí ela me quebra e diz:

- Que linda! Ai eu acho tão bonita pele assim branquinha, nem pega Sol não, vai ficar igual a todo mundo, assim ta bem linda! Minha filha também é bem branquinha, acho tão bonito...

\o/ Minha professora de Teoria e Crítica da Comunicação, sabe das coisas heinhô Batista!

Outra vez fui pro pronto-socorro, com uma dor do ca%$#@!! Achei que era apendicite... Mas não morri, então eram gases mesmo.. Mas daí tava de calção (do pijama, mico, ¬¬ 4 da manhã) e a enfermeira olhou pras minhas pernas e comentou com a outra:

- Olha como ela é branquinha... É um branco bonitinho... Fica bem em ti, moça!

\o/

Branquelas unidas jamais serão vencidas!!! áááááuuuuu!! (esse seria o gritinho do branco moor, M. Jackson, não confunda com o gritinho de ááááu do Frank Aguiar, o cãozinho dos teclados).

13.11.09

A rodoviária.


Desde que passei a morar em Balneário Arroio do Silva, há mais ou menos 10 anos, me acostumei com a realidade de que a minha cidade, mesmo após a emancipação, ainda está muito ligada à Araranguá.

Além do Giassi (e logo mais o Manenti), do Hospital, das 8.956 lojas de eletrodomésticos, do Center Fábricas e da BR 101, tem outra coisa que faz com que ainda sejamos dependentes da cidade vizinha: A rodoviária.

Para ir até Porto Alegre, Floripa, ou Criciúma, ou qualquer outro lugar que não seja a Praia da Meta e o Mariscão, os Arroiosilvenses precisam ir até a rodoviária de Araranguá. Segundo o atual prefeito do Arroio, esta situação mudará em breve...

Enquanto isso, vamos aos fatos.

Um tempo atrás, o David Coimbra disse no PB que achava a rodoviária de Araranguá deprimente. Minha mãe, uma araranguaense que conhece a cidade há cinquenta e #$%& anos, olhou pra mim e depois de um tempo me disse: "Bah, pior que é verdade, que lugar deprimente".

Pra você que não conhece, o local em questão seria mais ou menos assim:

* Para esperar o seu ônibus, podes optar pelas fileiras de cadeiras de plástico laranja de frente pra uma televisão que nunca tem som. A Vantagem desta área é que ela é coberta e serve de abrigo em dias de vento/chuva. Mas está sempre num silêncio sepulcral, exceto pelos bebuns, que ficam resmungando e pedindo moedas para comprar a passagem. A passagem, bem sabemos, é para uma embriaguez sem volta, e o guichê de venda é o bar da esquina.

* Se preferir esperar no ambiente aberto, sente nos bancos de pedra que também existem no local. Só não se mexa muito, pois eles tem algumas rachaduras e são mais velhos que a Ponte da Barranca.

* Está com fome? ao lado do ambiente das cadeiras de plástico, há um bar, que como em toda rodoviária, vende as coisas pelo dobro do valor. Se estiver com pouco dinheiro mesmo, compre um Biluzitos, e se prepare para a sede.

* Se você me levou a sério (!!!) e comprou o Biluzitos, que por sinal também é fabricado em Araranguá, deve estar com a boca parecendo um depósito de sal. Para não gastar com água, toma da pia do banheiro mesmo. Isso se já estiver com a passagem na mão (só pode entrar se apresentar a passagem) e se por acaso o banheiro não estiver com uma corrente, um cadeado e nenhuma explicação visível. Isso acontece de vez em quando, sei por (infeliz) experiência própria.

* Se passar da 6, a banca de revistas estará fechada. Então suas opções de distração se resumem a uma TV sem som.

* Em Porto Alegre sempre vemos muitas pessoas, independente da data ou horário, sempre tem o que olhar... Para se distrair você pode só parar e ficar olhando as pessoas se despedindo, se encontrando, se perdendo, etc...

* Em Araranguá nunca tem mais de 15 pessoas na rodoviária, independente da data ou horário. Acho que todos já sabem que o tédio habita por aquelas bandas, então só chegam em cima da hora pra pegar o ônibus e partir logo do deprimente local. E ninguém se perde ali, seria logicamente impossível, levando em conta o tamanho do ambiente.

* Em Criciúma sempre tem um senhor que está oferecendo canudos de amendoim. Às vezes te oferece até 3 vezes em menos de 10 minutos, acho que ele pensa que a gente pode mudar de idéia de repente, sei lá... Na rodoviária de Araranguá só te oferecem panfletos de concurso público.

* Nos fundo da Rodoviária de Araranguá, está o rio Araranguá. Ele é bonito, quando não chove. Mas os fundos da rodoviária são meio sinistros, o que já elimina mais uma grande oportunidade de distração, que seria ficar olhando pro rio.

Mas como se diz, se não tem tu, vai tu mesmo. E o lado bom da rodov das Araras é que a partir do dia em que você a conhece, todas as outras rodoviárias do mundo serão lindas, alegres, contagiantes e aconchegantes.

Pelo menos uma coisa boa.

I Love Araranguá.
Sem ironia. Conheça o Morro dos conventos que tu vai saber do que eu tô falando.
Mas na boa, vá de carro.

12.11.09

Um empurrãozinho


Era só disso que eu precisava. Um empurrãozinho!

Não, para a alegria de uns e tristeza de outros, não estou à beira de um precipício recebendo meu empurrãozinho. Ele veio através de um mico que paguei ontem, qualquer dia desses eu conto em detalhes, agora ainda estou sorvendo da minha vergonha, que meus colegas de faculdade fazem questão de não deixar cair no esquecimento.

Ta bom, ta bom... Eu conto agora o tal do mico. Quanto antes o mundo souber, melhor.

Ontem assisti a palestra de David Coimbra. Eu admiro o cara. Bastante. Mas não ao ponto de pesquisar meticulosamente a veracidade de sua identidade em sites da internet.

Resumindo:

Passei o início da palestra pensando qual pergunta inteligente e interessante eu faria ao cara que admiro. Descobri que pensar demais nem sempre é o bastante.

Peguei o microfone. Todos olharam pra mim, incluindo o David. Dei um sorriso olhando nos olhos dele e falei:

- Oi, meu nome é Carol. Aproveitando o que tu tava falando da leitura na internet, queria perguntar se tu acha que isso contribui pra difundir a leitura entre os jovens, já que hoje eles estão tão ligados a esse meio digital. Me refiro ao Twitter também, eu tenho o teu twitter e sempre leio o que tu escreve, as histórias e tal.. (na verdade a pergunta foi mais tosca, agora dei uma enfeitada, mas era quase isso).

Então, ele dá um sorrisão de derreter corações, e me diz:

- Mas é um fake, eu não tenho Twitter.

E eu, com cara de tacho, tento me recuperar do choque, e numa última esperança pergunto:

- Sério?

David diz:

- Sim, é um fake, não sou eu. Mas quanto à leitura na internet...


E seguiu me respondendo com um sorriso querido de "ai que dó", enquanto os colegas do curso, os professores e demais presentes ainda riam e falavam "bahhh...". O final da resposta dele pra minha medonha pergunta, como percebe-se, eu não me lembro direito. Acho que ainda tava tentando fazer as minhas bochechas não derreterem de calor, com tantos olhos em mim e os risinhos ecoando.

Depois disso confesso que a palestra perdeu o brilho inicial, pra mim. A frase "Mas é um fake, eu não tenho twitter" ficou martelando na minha cabeça, tipo aqueles desenhos em que o Jerry fica batendo com um martelo colorido e gigante na cabeça do Tom.

Na real queria ouvir mais histórias das viagens dele, mas os colegas só perguntavam sobre o diploma, o diploma, o diploma... O vaso sanitário com jato de água foi uma das histórias dele que gostei. Como escritor que é, ele sabe contar bem as histórias, fazendo com que degustemos cada pedacinho, como um último quadradinho de chocolate que a gente não quer que acabe.

Até as pausas pra tomar água seguravam o suspense nas horas certas.

Quando a palestra acabou, fui lá e fiz uma piadinha muito sem graça tocando no braço dele e dizendo "mas tu é de verdade, né?". Coitado, ainda teve a caridade de dar um risinho, como se existisse alguma graça no meu terrível gracejo.

Entreguei algumas crônicas aqui do Quarto pra ele.

Tirei umas fotos, dei um docinho pra ele... (não sem antes me certificar se ele era diabético ou não.. um mico só, já foi de bom tamanho).

Segui ele até o bar da dona Vilma, fazendo também a infame piada de que "agora eu tava seguindo o David certo". ¬¬

Vi ele ir embora... e foi isso.

Quero de coração agradecer ao David Coimbra, desculpa pelas piadinhas e pela gafe, e obrigada por ser gentil comigo. Obrigada também por me dar um "empurrãozinho" pra tirar este blog do esquecimento, me dando vontade de escrever de novo. o/

até mais.

Carol.

=D

21.8.09

Morte ao S! - parte 2





CONTINUANDO:

4 ago - João Tosco

[...]

[Confeço que to um pouco perdido com tantoç perçonagenç, maç vamoç lá!]

Depoiç do xou, um cara que tava numa meza afaçtada, num cantinho eçcuro, foi falar com o peçoal da banda...

- Poiç goçtei da banda, çabe? muzicaç legaiç, xou divertido... Vocêç não querem tocar em Çanta Catarina?

Todoç çe entreolharam...

Maç a reçpoçta não demorou pra çer gritada em coro pela banda:

- É CLARO QUE QUEREMOÇ!!!

- Então, noç encontramoç na redenção amanhã pela manhã para converçarmoç çobre o açunto. Tenho uma peçoa que me ajuda a levar bandaç pra éçiC, ela é de lá, de Araranguá. Vou falar com ela e amanhã converçamoç maiç!

Oç Morte ao S foram pra caza muito felizeç naquela noite, felizeç pelo primeiro xou e já com um convite para tocar fora do eçtado...

E na manhã çeguinte, na redenção...


5 ago - Tapete Persa


Eleç chegaram e um cara lá gritou: é um aççalto! paçça a grana ou eu mato!!!


6 ago - Carol Grechi


CARACAÇ!!

Que baita fiadapú! oç çinco integranteç da banda comçaram a çuar frio..

Çerá que eçte çeria o fim da Morte ao S?

PRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Pela direita vem correndo um brigadiano balofo, com maiç doiç brigadianoç balofoç.. gritando, apitando e apontando em direção ao bandido..

(çó no faz de conta meçmo.. aeuheuh)

Aí o pivete çe cagou de medo e çaiu a pau pela redença..

Ufa.

Quaze.

Ainda um pouco abaladoç, Çandro, Çérgio, Çamuca, Çandoval e Çêçedilha caminharam em direção a um banquinho e deçpencaram ali, ainda tremendo pelo çusto.

Depoiç de algunç minutoç aparece o tal fulano da noite anterior, um çujeito meio pançudo, maç com feiçõeç amigáveiç.

Márçio era o nome dele.

- Ah, que bom que vocêç vieram!

Exclamou o homem.

Depoiç de converçarem um pouco, Márçio contou que poçuia uma grande amiga em Çanta Catarina, uma tal de Carol. Era um pouco deçmiolada daç idéiaç maç até que era gente boa. E goçtava de ajudar bandaç em que enxergaçe um grande futuro e potençial que mereceçe ser conheçido por muitaç peçoaç.

Márçio havia moçtrado algumaç múzicaç da Morte ao S para Carol, que ao ouvir o çom da banda, topou em ajudá-loç. Como para certaç coizaç Carol era maiç metida que bunda em penico, já havia entrado em contato com um bar em Araranguá. No fim, um çhow já eçtava çerto, no tal Bar Lateral, onde também tocaria a banda Laranóicoç Patenteç.

Depoiç de trocarem telefoneç, orkutç e emiéçieneç, a banda çe deçpediu de Márçio e foram todoç para caza de Çê.

No caminho paçaram por uma loja de inçtrumentoç muzicaiç, e Çandro viu um violino em promoção, por 150 reaiç. Como havia reçebido unç trocadoç a maiç por çalvarem a vida do boiadeiro na noite anterior, Çandro rezolveu comprar o violino, para quem çabe ir aprendendo até a data do çhow em éçiC e já poder tocar alguma coiza em Araranguá.

No outro dia, no ençaio..


6 ago - Tapete Persa


zIon... Zóin...idektog... [çom de violino mal tocado]

Porra cara! Tá foda de tu aprender a tocar esta porra hein!!!! çai deçça!!!!

E que idéia é eçça de tocar violino com uma corda çó??????

... niçço toca o telefone...

TRRIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMMMMMMMM


6 ago - Carol Grechi


- Alôoo? é do 204?
- Çim
- Aqui é do 104, vocêç podem por favor PARAR COM EÇE BARULHO INFERNAL DE GATO MORRENDO?????? O QUE É IÇO? UM VIOLINO???? VÃO ÇE %***¨#@!

Çam tira o fone de çua orelha e olha para Çandro..

- Acho que é pra ti, cara..

- Já ouvi daqui. ¬¬. Diz pra véia da vizinha catar coquinho. E vocêç tbm hein, comprei ontem pô... Queriam que çaíce çolando loucamente?? ah, çó achei que com uma corda çeria maiç fácil... Maç daqui pra frente vou tentar do jeito normal.. ¬¬


7 ago - Carol Grechi


Diaç depoiç eleç eçtavam em um carro, indo pra éçiC. O violino de Çandro no porta malç, maç ainda em faze de teçte (terrívelbarulho crônico).

Maç lá por Çombrio aconteceu uma coiza que eleç não eçtavam eçperando..


11 ago - Carol Grechi

[ ¬¬ çaco eça çolidão.]


13 ago - João Tosco


"¬¬ çaco eça çolidão!"

Foi iço meçmo que Çamuca diçe, depoiç de 4 horaç eçperando Çandro e Çérgio, que foram buçcar ajuda por um lado, Çandoval e Çêçedilha que foram pro outro...

- Iço que dá não fazer revizão no carro anteç de viajar... Onde já çe viu não ter EÇTEPE no carro!?!?!?

Neçe momento, Çamuca começou uma reza daç forte, pedindo ao "LOBO DO EÇTEPE" que ajudaçe eleç naquele momento, çe demoraçem maiç, poderiam perder o xou!!

Foi aí que...


14 ago - Carol Grechi


...Apareceu uma kombi pçicodélica, toda pintada e cheia daç caída... E quando o veículo eçtacionou, de dentro çairam nada maiç nada menoç do que 5 gataç, de uma banda de rock tbm.

Como o felizardo do Çamuca foi o único que ficou ali no carro, recebeu total atençao daç moçaç... Depoiç de converçarem por um bom tempo, uma delaç entregou um papelzinho ao vivente, com o nome completo e o email...

- Me add no emiéçiene e no orkut, gatinho... Goçtei de voçê..

E entrou na kombi dando uma piçcadinha pra Çamuca, anteç de partirem pelo horizonte..

[...]

CONTINUA.

19.8.09

Morte ao S!

Carol Grechi

Achei o caminho do blog de novo (leia-se lembrei a senha) e vim aqui dar um up no quarto.
Tempos atrás comecei a escrever com uns amigos no orkut, sim, várias pessoas escrevendo uma mesma história... Um mais fora da casa que o outro.. acabou que surgiram duas histórias..

Tá, pra não ficar chato vou direto ao assunto: a partir de hoje começo a transmitir também aqui no Quarto, o que acontece lá no zorkute. Faço isso porque ninguém mais comentou lá adoro o blog e quero que meus leitores daqui (que comigo são 3) conheçam estas histórias.

A primeira será da série "A saga do Cedilha", criada pelos amigos da banda Frida, de Gravataí - RS.


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Onde tudo começou... Comunidade da banda Frida, no Orkut. Post de Andriel Jõao Tosco:


Certa vez escrevi "Abrasso" e disse que o cê cedilha tinha caído, por causa da nova regra gramatical, mas, na verdade, ele só tinha saído pra comprar cigarros.
O fato é que a desculpa de ir comprar cigarros também não era verdade, o cê cedilha tava era cansado de ser esquecido pelas pessoas, que possuem uma extrema adoração pelo "doisésses".
E hoje, recebi com certa surpresa a notícia de que o cê cedilha voltou!
SENTIU SAUDADES!
.
Abraço

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Çêçedilha e a Morte ao S!


27 jul - Carol Grechi


Era uma vez o Çêçedilha, ele era alto, magro, cabeloç caçtanhoç e olhoç negroç. Ele tocava batera, maç queria meçmo era cantar.

Tudo começou em 1996 (..olha quantoç anjoç tão çobre você.. - diria Pública) quando o Çê (para íntimoç) montou uma banda chamada Morte ao S! Ele era vocaliçta junto com maiç 4 amigoç na parceria.

O problema é que o Çê queria fazer de tudo na banda, queria cantar enquanto tocava guitarra, maç queria que baixo, batera e hammond tocaçem como ele quizeçe. Aí oç amigoç ficaram putoç da cara e çaíram da banda.

Cêçedilha da Çilva Çantos nunca maiç foi o meçmo.

depoiç de ouvir boaç verdadeç doç amigoç, que explicaram o motivo da çaída, Çê perçebeu o quão egoíçta ele eçtava çendo. Maç já era tarde demaiç.

(parada para dar maiç emoção à hiçtória)

Em meadoç de 2009, Çê já era um cara maiç adulto, maiç maduro e çiente de que seu egoíçmo havia ençerrado uma banda que teria futuro.

Deçidiu então recomeçar. E começou a procurar peçoas que açim como ele abominaçem o uzo do "S", para deça vez lançar a múzica que faria o Brazil inteiro parar para dar maiç valor à letra Cê çobre o çedilha.

4 peçoas reçponderam aoç anúncioç eçpalhadoç em poçteç pela cidade.

Ce reuniram num çábado para o primeiro ençaio, então...


[...]


...Então apareceram oç 4 candidatoç.

Um ce chamava Çérgio, era baixo, cabeloç loiroç caxeadoç e olhoç negroç e atentoç (iço dependia da çituação, geralmente em feçtaç çeus olhoç pareciam cempre turvoç e deçfocadoç..). Çérgio era um bom rapaz, maç tinha probelmaç com liçtaç de nomeç, poiç ninguém nunca çabia onde colocar o rapaz que começava com o Çedilha no nome. Ele çaiu-se mal em vários concurçoç públicoç por cauza diço.

Çérgio tocava guitara, era ágil, com bonç ouvidoç e bom goçto muzical.

Neçta banda, era o çeu lugar.


Havia também o Çandro (qualquer concidância de nome é mera cemelhêincia - Çandro é o nome do vocal da Frida.. Maç çem o çeçedilha). Um moço çorridente, de cabeloç ruivoç e eçpetadoç num penteado diferente. Çandro eçtudava múzica com muita dedicação, e amava çeu baixo maiç do que tudo na vida. Çandro eçtava diçpoçto a divulgar, defender e reprezentar a banda em todo e qualquer lugar.

Neçta banda, era o çeu lugar.


[...]


O rapaz de pele clara como a luz daç estrelaç era o Çamuca. Deçde pequeno Çamuca é apaixonado por pianoç. Çeu grande amor é o Hammond. No mundo daç teclaç o menino magro e tímido ce encontrava e ce çentia completo. Çamuca tinha poucoç amigoç, devido çua timidez, maç oç que tinham a oportunidade de conhecê-lo, çabiam da honra que era ter çua fiel amizade.

Neçta banda, era o çeu lugar.

E o último a chegar na caza de Çêçedilha, foi o Çandoval. Çam, para oç íntimoç, era um ótimo bateriçta. Çeu único problema era a falta de atenção. Çam eçquecia de váriaç coizaç, eçquecia a chave de caza, perdia oç guarda-chuvaç, eçquecia nomeç...
Maç para uma coiza çua memória funcionava perfeitamente. Çam çabia mais de 4 mil múzicaç de cor. Çeria um pouco trabalhozo lembrá-lo doç ensaioç, maç...

Neça banda, também era o çeu lugar.


Çêçedilha çentiu-çe feliz ao olhar aqueleç novoç amigoç, que diceram ajudá-lo com çua mania de mandar em tudo. Cê ceria o vocaliçta e guitarra baze. Çinco peçoaç unidaç por uma letra exótica e façinante.

Naquela tarde de domingo, naçia uma banda que mudaria a hiçtória do rock no rio grande do çul e no Brazil.

[...]

29 jul - Carol Grechi

Continuando..

[...]

A Morte ao S se entrozou muito bem, oç quatro novoç amigoç já ouviam de algumaç peçoaç que iam aoç ençaioç, que a banda eçtava muito boa.
No meio de uma deçaç tardeç de çábado ençaiando algunç cláçicoç do rock, o Çê reçebe uma ligação. Era um tal de Tópicuzinho, um cara que tava abrindo um bar na Çidade Baixa e precizava duma banda pra inauguração.

Havia chegado o grande momento do Morte ao S moçtrar o çeu trabalho.


[...]

--
UM PARÊNTESE
(Quem quiser saber mais sobre o estabelecimento Com Soantes e a vida do jovem Tópicuzinho, favor entrar na comunidade da banda Tapete Persa, no Orkut.
Em breve a saga de Tópicuzinho aqui no Quarto tbm... )

--

29 jul - João Tosco

[...]



-PUTA QUE PARIU!!!
Caraç, eçqueçi meuç pedaiç em caza!!


-No problemç... o Fórundio, que é meu çóçio aqui no Com Soantes, também tem uma banda e deixa os pedaiç dele aqui no bar... e çó pedir empreçtado pra ele...

E, açim, oç Morte ao S çaíram da çua primeira enraçcada na noite, mãç o que eleç não eçperavam é que durante o show, alguém gritatçe:

[...]

29 jul - Carol Grechi

[...]


- Toca VITOR E LÉO!

.. De repente o clima ficou pezado e oç prezenteç no bar se viraram para olhar quem era o futuro difunto autor da fraze da noite. Era um rapaz de 28 anoç, com uma cerveja na mão e um cinto de boiadeiro.

Um tal de Almir lhe diçe que no Bar "Com Soantes" eçtava tocando uma banda que adorava çertanejo. Lhe diçe tbm que o ponto alto do show çeria a múzica do Jõao de Barro, que todo dia na novela daç çeiç é cantada pelo Daniel no çeu papel de ele meçmo na verção anônima.

o pobre rapaz çeguiu para o bar e entrando lá percebeu que o clima era difente. Nada de chifreç de boi penduradoç na parede ou mezaç de madeira rúçtica. Maç o infeliz boiadeiro achou que devia çer maiç uma moda do çertanejo univerçitário.

Quando chegou no meio do çhow tomou coragem e pediu pela çua dupla preferida:

- Toca VITOR E LÉO!

foi então que...

[...]


31 jul - Carol Grechi

[...]

Anteç que todoç percebeçem o que eçtava acontecendo, um círculo de peçoas com olhareç hoçtiç já havia ce formado em volta do pobre boiadeiro. A coiza parecia que não ia acabar bem, Tópicuzinho e Fóruncio çuavam frio.. Maç então..

O Çêçedilha prevendo o dezaçtre que eçtava por vir, comçou a çolar loucamente e çeguiu para o microfone dizendo:

- Eça vai pro noço amigo boiadeiro ali! aí meu bruxo, uma verção excluziva pra ti! feliz aniverçário!

Çêçêdilha olhou para os amigoç da banda e viu que eleç haviam entendido o recado.
Começaram a tocar um roczão pezado, maç q na letra tinha a çeguinte fraze:

"..Borboletç çempre voltam e o çeu jardim çou eu.."

Naquele momento em que a múzica era tocada, o clima no Com Soantes foi mudando. Oç meçmoç que há minutoç queriam eçfolar o tal boiadeiro, agora olhavam para ele ligeiramente envergonhadoç, e vinham lhe dizer:

- Bah brother, deçculpa aí.. não çabia q tu era amigo doç caraç.. e e ainda maiç q era teu aniverçário.. po. Foi mal e parabénç aí..

....

o Jovem çertanejo nem abria a boca, çó balançava a cabeça enquanto ia çe retirando.
O Tópicuzinho, já baçtante aliviado por não ter ocorrido uma briga juçto na inauguração de çeu empreendimento, alcançou o boiadeiro quando já eçtava quaze çaindo e perguntou-lhe:

- Peraí parceiro... çó pra eu eçclarecer uma coiza.. é teu aniverçário meçmo? tu conhece a banda?

- Uai.. que aniverçário o que çô. Vim pará aqui por engano, maç agradece eçe monte de çedilha cantante aí, pq acho q eleç me çalvaram duma baita enraçcada. Ah, meçmo açim parebénç pelo bar. É muito bom.

Encerrou o jovem enquanto ia çaindo de fininho.

Anteç de ir falar com Fórundio, que lhe chamava, Tópicuzinho olhou para a banda e deu um çorrizinho de leve. A morte ao S tinha acabado de çalvar a noite e a pele de um boiadeiro perdido.

[...]


CONTINUA.

18.6.09

Tô pasma...


...Com a falta de miolos de algumas pessoas...


A partir de hoje, qualquer pessoa pode declarar-se jornalista.
O diploma agora não é mais obrigatório para se conseguir um emprego de jornalista em uma empresa de comunicação.

você sabe o que é:


teaser

VT

passagem

sonora

dead line

lead

OFF

BG


sabe?

Você teve aulas de língua portuguesa e redação jornalística por dois anos?

você já leu a lei de imprensa? sabe o que pode lhe acontecer se ferir a integridade moral de uma pessoa através de um meio de comunicação?


pois é...

nós, que pagamos 500 e poucos reais* por mês, ficamos 4 anos na faculdade pra aprender isto e tentar manter o jornalismo brasileiro em um nível aceitável.


Agora, qualquer pessoa que quiser expressar seu pensamento poderá se dizer jornalista. Com direito a erros de português, concordância... Sem falar no número de processos por calúnia, difamação e outros derivados da falta de bom senso.

É, meus amigos...

Para as empresas sérias, nada vai mudar. A Globo não vai colocar o zé da borracharia pra ser editor chefe do Jornal Nacional.


Empresas sérias procurarão jornalistas formados e capacitados. É aí que nós vamos nos destacar.

A zona vai acontecer nas pequenas empresas de comunicação, onde a família do dono da rádio/jornal/TV vai ter emprego garantido. Vão falar asneira e receber pra isso.

Bem-vindo ao Brasil.


_


Caroline Grechi, acadêmica da 4ª fase de jornalismo da Faculdade SATC, Criciúma - SC.
_

___________________
*sou bolsista do Prouni, não pago os 500 e poucos reais, mas meus colegas pagam, e trabalham pesado pra pagar.

4.6.09

1/4 Cheio de infância


Por Caroline Grechi


Mais um sábado que começa. Você se espreguiça por 15 minutos embaixo das cobertas quentinhas, desejando ficar ali pro resto da vida. Mas, depois de muito esforço, seu corpo liga no automático e acaba levantando, indo ao banheiro, trocando o pijama por uma calça de moletom e uma camiseta de posto de gasolina (é, você não tem planos de sair hoje) e pronto! Você está de pé! vivaaaa! Agora é só almoçar e partir pra parte triste do dia. Arrumar o quarto.

Sim, embora essa frase entre em contradição com o nome do blog, ela é real. Todo quarto precisa de uma leve e disfarçada arrumação de vez em quando. Não que ele fique vazio, as coisas apenas trocam de lugar... E ele continua sendo 1/4 Cheio de tudo quanto é coisa. Só estão em lugares diferentes.

E o tema da arrumação de hoje é?... Brinquedos! O quê? Vai dizer que tu não tens umas 3 caixas de sapatos com badulaques infantis? Eu hein... Que sem graça... Mas enfim, pra você que ainda tem o lado infantil bem vivo e operante, é hora de ajeitar a brinquedalhada toda.

Meninas:

Quarto cheio de coisinhas modernas, computador moderninho, decoração toda clean e etc. Mas é só abrir uma portinha de armário que uma explosão de Barbies toma conta do quarto. É Barbie que fala, Barbie que anda, Barbie grávida, Barbie sem perna,cabeça ou braço... Não importa, elas fazem parte da sua infância e não merecem ir pro lixo.

Depois de meia hora arrumando as roupinhas e penteando os cabelos, você lembra o real motivo de estar ali rodeada de bonecas com cheiro de naftalina. A arrumação. Ah, sim... Era pra isso né?
Após colocar todas em ordem e sentadinhas bonitinhas dentro do armário (impedindo que sua mãe sofra novamente um ataque de bonecas velhas e descabeladas ao abrir a portinha do tal armário procurando aquela meia sumida..) você lembra de um local medonho.

A partir de agora vale pros meninos também:

O local mais temido por seres humanos e que mais atrai objetos que somem. Embaixo da cama.
É lá onde você cultiva sua criação de meias (tão bonitinhas *.* se proliferando cada vez mais!) e onde estão algumas provas com notas inadmissíveis e algumas sacolas de mercado. Uma dessas sacolas traz o nome "brinquedos" escrito com pincel atômico, e hoje é nela que você vai se concentrar.

Malditas sacolas plásticas... Mais de dois nós e não há vivente que abra a porcaria! Da-le dedo pra rasgar o plástico duma vez... Em menos de 3 segundo já se espalham pelo chão inúmeros cacarecos.

Dois piões, um que você pintou com canetinha pra ficar mais legal enquanto girava, um ainda na cor original (madeira clara) mas que não tem a ponta tão boa, um ioiô da Coca-Cola que você ganhou numa promoção lá por 1994... Uma coleção de brinquedos do Kinder Ovo (quando ele ainda era 80 centavos ¬¬ ), um boneco de ferro dos Cavaleiros do Zodíaco (com armadura), um carrinho de metal amarelo que você "pegou emprestado" daquele coleguinha pé no saco, que te azucrinava no pré... E duas caixas de Lego, um pequeno, daquele clássico e um grande, com aquelas peças quadradas e coloridas. Sabe qual é né? Ta.

São 8 da noite e seu quarto parece uma filial da Superfestas (loja de brinquedos que acredito nem existir mais). Duas casas de lego grande perto do bidê, um Cavaleiro do Zodíaco morando dentro de uma delas, um pião riscando o piso do quarto (tua mãe te mata) e aproximadamente 894 pecinhas de lego pequeno espalhadas em todos os cantos...

Mas que baita arrumação hein? ¬¬

Ok, hora de recolher tudo pra dentro de uma nova sacola de mercado. Depois de empurrar a sacola pra baixo da cama novamente e olhar pro quarto outra vez, você percebe que tudo está dos mesmo jeito. Se dissesse que passou o sábado todo arrumando o seu quarto iam te chamar de louco (a)...

A verdade cai como um pedaço de chocolate que é "tarado" por inúmeros olhos enquanto você o come...

Você, meu caro aborrecente habitante de 1/4 Cheio, passou o sábado inteiro... Brincando.

Ê coisa boa!

26.5.09

Uma bolsa cheia


Por Caroline Grechi
Não caro leitor, você não abriu a porta errada. Este ainda é 1/4 Cheio, mas hoje o foco é numa coisa que mais provavelmente habita os quartos femininos.

A bolsa. Não a sacolinha do mercado, que você enche de badulaques de vez enquando... A bolsa de verdade, aquela em que ficam a identidade, CPF, chave da casa e etc. Mas é exatamente no "etc" que mora o perigo.

Mulher não tem bolsa pra carregar chaves e documentos. Se fosse assim homens também teriam suas bolsas engalhadas no ombro. Não, mulher tem bolsa pra juntar tralha... Desde pinça até cabo USB pra todos os tipos existentes de máquina digital. A bolsa é um planeta à parte, cheio de seres estranhos.

Resolvi escrever esta crônica porque fui pegar meu pendrive na bolsa e equanto vasculhava achei dois pacotes de bolacha e comecei a comer. Depois fiquei com bolacha no dente, e peguei minha escova, pasta de dente e fio dental. Tudo isso na bolsa. Ok, sentei de novo na frente do PC. O que será que está faltando agora? ah, o pendrive. Viu? Bolsa seria a miniatura de 1/4 cheio.

Você pode estar no bem bom com o namorado quando vem a pergunta: - Tem camisinha né amor? e você responde : - Não, achei que tu tinha na carteira, e ele diz: - E eu achei que tu tinha na bolsa. ¬¬. Bolsa desprevinida = empatafoda. Isso é só um exemplo né.. Na verdade nem sei porque usei esse exemplo, vão pensar que sou uma depravada por usar as palavras "camisinha", "namorado" e "bem bom" na mesma frase. É a vida né... E é a bolsa né...

Acabei de ver uma cena completamente compatível com o assunto. Ao lado da sala em que trabalho há uma moça que é nutricionista. Minha mesa tem visão pra porta, e em frente as nossas salas há um banco de madeira. A moça nutricionista veio, largou sua bolsa tamanho GGG em cima do banco e começou a procurar as chaves. Depois de 15 minutos a porta foi aberta. 15 minutos vasculhando a imensidão de um saco de pano/couro/qualquer outro material.

É tempo hein? Tenho 7 canetas na bolsa (mais ou menos) porque sempre tem uma que falha... Mas sempre ando com uma no bolso da calça, porque tenho preguiça de perder tempo procurando dentro da bolsa.

Outra coisa que não entendo são aquelas bolsas de festa. De 3 x 3 cm. O que cabe ali? uma unha postiça sobressalente?? Não cabe nem a identidade, se a madame da bolsa chique/minúscula sofre um acidente, vai ser enterrada como indigente. "Aqui jaz a desconhecida da bolsinha chique". Eu hein... prefiro andar com meus cacarecos todos.

Então, o que há na bolsa neste momento?

* uma sacola de papel recheada com flores de pano para usar no cabelo (to vendendo, a pequena é 3 e a grande é 5. Quer uma?)
* uma nece.. nesse.. não lembro como escreve necessér. Uma bolsinha pra guardar pasta de dente, escova, fio dental, pente, batom, lápis de olho, rímel, pó compacto, absorvente e camisinha (hehe empatafoda nunca mais)
* um pacote de sucrilhos de granola que era pra mandar pro meu sogro, mas sempre esqueço. Há 5 dias na bolsa.
* Carteirinha de estudante do ônibus
* CPF
* Identidade
* Cartão com o telefone de um cara pra arrumar meu violão. (já arrumei sozinha)
* Carregador de pilhas
* Carregador do celular
* fone de ouvido velho (só funciona um lado)
* mouse pra notebook
* cristais de gengibre (é bom pra garganta)
* potinho de metal com palhetas (minha coleção, aceito doações)
* desentupidor nasal (nunca de sabe)
* carteirinha da biblioteca da faculdade
* cartão com informações pra pedir minha música na rádio (Transamérica hits 92.5, pede aí também)
* um dorflex (nunca se sabe)
* chaves do escritório
* desodorante
* cinco canetas (perdi uma, a outra ta no bolso)
* uma borracha que alguém me emprestou na sala.. não lembro mais que foi
* aparelho de Mp3
* pendrive (agora ele ta grudado no PC, mas o habitat dele é na bolsa, junto com os demais 34 itens)
Bolsas cheias forerver.

2.2.09

1/4 Cheio de organização (??)


Por Caroline Grechi

Mais um dia de verão começa em suas férias, e o rádio-relógio mostra que são 11:40. Certo, hora de levantar pra ver os Simpsons.Seus pés rapidamente encontram suas havaianas azuis, que ficaram respingadas de tinta branca desde que suas mãe as escolheu como calçado adequado para um dia de pintura na casa. E logo, você e suas havaianas "exclusivas" partem em direção ao banheiro, para dar aquela coxilada básica no vaso e perder mais ou menos 12 minutos em frente ao espelho, escovando os dentes, mexendo em espinhas, analisando o cabelo, etc.

Durante o almoço sua mãe lhe avisa que contratou uma empregada para dar um jeito na casa, uma vez por semana. "Humm, legal" é o som que parece sair da sua boca enquanto você mastiga uma penca de batatas fritas. Depois de alguns dias você nem lembra mais deste diálogo durante o almoço, e se prepara para ir à casa de um amigo. Como sempre acontece quando você precisa decidir que roupas usar, o seu quarto fica uma zona. Ok, não sejamos injustos. O seu quarto fica uma zona maior ainda. (Ah, agora sim).


Os famosos pés de meia que você cultiva com tanto carinho sob a cama, se desesperam ao ver suas mãos se aproximando, pois sabem que depois de serem usados por mais esta vez, eles podem fazer parte da pequena probabilidade de irem para o cesto de roupas e depois serem lavados cruelmente por uma máquina. Lógico que isto raramente acontece, pois você toma muito cuidado com seus pertences.

Eles podem parecer aleatórios, mas estão exatamente onde você queria que estivessem. Qualquer associação com a palavra bagunça é total e extremamente equivocada. (De onde vieram essas palavras bonitas que você anda usando ultimamente?..enfim..).


Depois de deixar somente seus trajes de banho na gaveta e espalhar todas as outras peças do seu vestuário pelo quarto (e depois de provar uma por uma, é claro) você apaga a luz e antes de fechar a porta faz uma nota mental de que na volta seria bom dar uma leve organizada nas coisas do quarto. Só recolher as embalagens alimentícias vazias, já estaria de bom tamanho.


Mas ao retornar da casa de seu amigo, você abre a porta do quarto, olha por um segundo e fecha de novo, certo de que entrou no quarto errado. Ok, vamos lá, mais uma vez.
Hum, agora a vergonha toma conta do seu Ser, será que se destraiu tanto assim e entrou na casa errada??


Não, depois de olhar demoradamente você reconhece alguns pertences, que aliás achava ja ter perdido a muito tempo. Que estranho, será que você bateu a cabeça e está com amnézia? e não se lembra de ter virado uma pessoa organizada? (eca!)


Ou você ainda pode estar dormindo e tudo isto pode não passar de um sonho, mas pelo jeito que as coisas se encontram, ou no caso NÃO se encontram, estaria mais pra pesadelo.
Ok, passo numero um, fechar os olhos e respirar fundo, com o pensamento positivo de que ao abri-los de novo tudo estará em seu devido lugar, ou seja, fora do seu devido lugar.


É, não adiantou, seu quarto ainda parece três vezes mais vazio, limpo, organizado e habitável do que quando você o deixou horas atrás.
Palma, palma, não priêmos cânico. Já diria o colorado mestre dos mestres.
De repente a palavra sai como num jorro, enchendo cada centímetro da casa:
MÃÃÃÃÃEEEEE!!!!!!


E aparece a sua mãe, preucupada com a urgência em sua voz, achando que você levou um choque, cortou um dedo, quebrou o pé, ou algo parecido. Depois de ver que todas as partes do seu corpo estão inteiras e itactas, ela pergunta: O quê foi meu filho? e voce começa a explicar resmungando que o seu quarto não é mais o seu quarto, etc. Até ela começar a sorrir da sua cara de raiva e fazer aquela expressão de "ah ta, era isso". Ela pode ter entendido, mas você ainda não entendeu nada, e continua resmungando até ser interrompido por uma unica palavra que sai da boca de sua mãe: EMPREGADA.


Claro, agora tudo faz sentido, sua mãe já sabe que seu quarto é um território em que qualquer pessoa é proibida de entrar sem o seu consentimento. Mas pelo jeito a empregada ainda não sabe. Ah, mas vai ficar sabendo, e se insistir em (eca!) organizar suas coisas de novo... a coisa vai ficar séria.


Antes de deitar pra dormir em seus lençóis limpinhos e cheirosos (essa parte das coisas cheirosas até que não é tão má assim..) e ainda procurando as coisas que foram "escondidas" e as colocando em seu devido (fora) do lugar, você começa a arquitetar um plano para a defesa de seu território. Uma chave na porta deve bastar.


Mais uma olhadela no quarto: um par de meias já recomeça a habitar sob a cama, suas roupas do dia estão em cima do sofázinho junto com os dvds, o mp3 e um pote de iogurte vazio. É, com um leve sorriso no rosto você apaga a luz do abajur do Hommer e vai dormir mais tranquilo, em 1/4 um pouco menos cheio de organização.

29.1.09

Síndrome do Pânico Capilar


Por Caroline Grechi



Cabelos quase na altura do cotovelo.

Você atravessa aquelas portas com a idéia de sair de lá mais renovada. Senta naquela cadeira que faz doer o pescoço, mas mesmo assim aproveita o momento, enquanto alguém lava os seus longos cabelos com todos aqueles shampoos e cremes cheirosos que só se encontra em um cabeleireiro.

Depois de levantar da tal cadeira com a impressão de que seus ouvidos estão carregando 3 litros de água cada um, encaminha-se à outra cadeira, esta, rodeada de espelhos. Espelhos que lhe mostram detalhes assustadores, que aquele único espelho frontal no seu quarto, lhe poupa de saber (como uma leve calvice no topo da sua cabeça, por exemplo).

Penteiam seus molhados fios. E aí vem a pergunta principal:

"Então, o que vair ser?"

E você reflete, ainda assustada com o efeito dos espelhos, antes de responder:

"Ah, pode cortar uns 3 dedos, só pra ele crescer mais forte.. se puder dar uma repicada também, pra ficar mais volumoso né.. ele é bem fininho e tal.."

E lá vem ela, a tesoura. Crect, crect.. e os pedaços caindo..

E você se perguntando se a pessoa cortando seu cabelo entendeu que os "3 dedos" seriam de uma mão normal.. não de uma mão de gigante. Crect, crect...

Opa!você falou pra cortar "3 dedos" ou um braço inteiro??

Algo está errado, os pedaços caindo no chão parecem bem maiores do que você imaginava, mas agora nao adianta falar... Vai fazer o quê? deixar metade curta e metade comprida?? Que continue o assassinato capilar e seja o que Deus quiser.

Depois da tesoura vem a navalha. Pra fazer o tal efeito desfiado que você pediu...

Se soubesse que ia ficar parecendo um espantalho alguns minutos depois do pedido, talvez você tivesse dado meia volta na rua em frente ao salão. Mas tudo bem, sempre com aquela cara de paisagem, você espera a coisa acabar, rezando pra que afinal de contas nao fique tão feio assim.

Hum... talvez depois de secar melhore um pouco. "Quer dar uma secadinha?" pergunta a pessoa, e você responde "uhum" em vez de dizer o que realmente pensou... Algo como: "claro! pior do que tá não fica né...".

Realmente, o corte ficou combinando... Combinando com uma plantação de milho e um boneco de braços abertos pra espantar os urubus. Céus... muita calma nessa hora. Você sorri e diz com toda simpatia "nossa, bem melhor! fiquei mais.. leve né? hehe.. gostei". Sim, você merece um Oscar.

Sorte que na rua não tem ninguém, (é quase meio-dia) e até a sua casa as possibilidades vão se formando:

* Chorar até não querer mais? Não, não temos tempo pra isso.

* Xingar a pessoa que segurava a tesoura? Não, você tambem não falou nada, então consentiu com a coisa toda.

* Lavar a cabeça pra tentar dar uma ajeitada? Sim, parece uma boa idéia...

Secador de cabelos, um pente de plástico e uns 15 minutos. Hum... Até que não ficou tão mau...
Se soubesse você mesma tinha feito o estrago em casa (e de graça).

Hora de pegar o ônibus, sua mãe (sabendo que cada frase dita que contenha a palavra "cabelo" pode ter efeitos devastadores) sorri e diz: "Ah, mas agora ficou bom, filha... e daqui a pouco cresce..."

Claro mãe, daqui a pouco cresce.

No ônibus a situação não é das piores, devem achar que você é mais uma emo revolucionando os padrões de estética. (Sim, caso não tenha ficado claro, estou sendo irônica. ¬¬)

Mas no calçadão da cidade em que você trabalha, a impressão é de que todos estão virando o pescoço para ver o que é "aquilo". Claro que sua paranóia aumenta a proporção em 200%, se 3 pessoas olharam duas vezes, foi muito.

Droga, maldito espelho no banheiro do escritório... Será que os espelhos se multiplicaram?..
"Cortou o cabelooo???", pergunta sua colega. Nãão, tirei pra lavar ¬¬.

Claro que mais uma vez o que sai da sua boca é só um simples e indiferente "uhum".

Pois é... pelo menos dessa vez vai ser impossível seu namorado não reparar. E depois de rir durante uns 47 minutos ele vai te olhar e dizer "Tô brincando amor, ta linda!"

E mais uma vez a resposta será um mero: "Uhum", que se repetirá por mais alguns meses, até você se curar da indignação, tristeza e revolta básicas causadas por uma "Síndrome do Pânico Capilar".