31.8.10

Se desse pra disfarçar..

O que escrevi hoje é direcionado pra uma pessoa.
Não gosto de e-mail. E como o blog ainda é dela também,
achei que seria o melhor caminho.

Integrantes "não ativos" do 1/4 cheio:
Adrieli Cancelier
Janaína vieira
Gregori Flauzino

Todo mundo foi mudando (e se mudando)... fiquei com o quarto só pra mim...
E nunca vou conseguir preencher o espaço que sobra.


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Por Carol Grechi

Engraçado como a gente finge muitas coisas. Eu particularmente não consigo fingir sobre sentimentos, então tento disfarçar. Quase sempre não consigo. Hoje de tarde estava aqui só olhando o Quarto e viajando pelos Quartos amigos, sem a menor vontade de escrever. Entrei num.. entrei noutro.. e noutro. Foi nesse terceiro que parei. Ele é da minha amiga e do namorado dela, o blog. Essa minha amiga foi para outro estado, não é a primeira vez que falo nela. E não será a última.

Sabe aquela pessoa que faz com que tu sorria só por estar perto de ti? era ela. Aqui em Criciúma não tenho mais ninguém que me faça sorrir assim. Tenho meu namorado, que também é meu amigo, e tenho um professor com que gosto de falar besteira e ouvir ele falar coisas inteligentes, pra ver se pego alguma coisa. O namorado deve estar sobrecarregado com meus anseios na falta de um amigo. Uma amiga, em especial.

Bom, existe uma palavra que pode aproximar, mas pra mim pode distanciar ao mesmo tempo. Internet. Eu uso internet lá vez outra e vejo a minha amiga on line la vez outra, mas não falo nada. Não porque eu não queira, mas por que sempre acho que vai ser pouco. Vai ser pouco tempo falando, vai ser ser pouco tempo falando sobre poucas coisas... As coisas importantes não acho que caibam na janela do msn. Se eu visse essa minha amiga hoje, na minha frente, eu desabaria numa pilha de lágrimas e sorrisos. Com certeza molharia o ombro dela com a água de saudade dos meus olhos e nariz (não vamos fingir que não sai água por lá também).

Meus olhos agora estão assim, mais úmidos do que o normal, estou fingindo pra mim mesma e pras pessoas ao redor que é por causa da tela do computador e do clima seco de Criciúma. Mas não é, é saudade. É vontade de dizer pra ela que Criciúma está sem cor. Nada. Nem o amarelo do Tigre. Só o cinza do carvão desbotado. Sempre achei Curitiba uma cidade bonita, a Globo enfiou isso na minha cabeça, porque pessoalmente nunca estive lá.

Aí vejo a minha amiga dizer o quanto sente falta de Criciúma e do Xis daqui. Que tambem anda meio sem sal. Aí meus olhos lacrimejam e eu finjo pra mim mesma que é o clima seco de mais um dia seco em Criciúma. Este final de semana fomos convidados,eu e o Greg (namorado) a irmos para o Turvo, na casa de uma colega. É nesse fim de semana que a minha amiga vem pra cá. Quero muito vê-la, mas tenho medo de que ela não ria mais das minhas piadas sem graça, e não entenda mais as nossas conversas de olhares. Tenho tanta coisa pra contar e tanta coisa que quero ouvir... Mas tenho medo de que o tempo e o silêncio tenham mudado alguma coisa. Turvo ou não Turvo? os meus olhos estão...

Comecei a escrever uma carta pra ela, mas cada vez que acontece alguma coisa nova comigo, vou ler a carta e vejo que ainda está faltando coisa. Estou escrevendo no computador, a carta, pra depois passar a limpo pra uma folha, à mão. Será que um dia ela fica pronta? sempre tem mais alguma coisa pra adicionar e mais duzentas coisas pra perguntar...

A "tia" Adri era minha extensão. Sem ela aqui em Criciúma o tempo sobra e algumas coisas se perdem no vazio, passam batido sem os comentários que nós com certeza faríamos. Te amo tia (que não é tia de sangue, mas ganhou o título nem lembro o porquê)... Queria fingir que não quero pedir pra tu voltar, mas quero. Quero do fundo do meu coração que tu volte pra cá. Mas ainda mais no fundo quero que tu consiga fazer o que tu sempre quis e se agora o local que pode tornar isso possível é Curitiba, é aí que tu tem que estar. Quero muito conhecer o Andrius. Fico feliz que tu tenha novos amigos aí... Com ciúmes, como sempre... Mas fico feliz... Mas volta... algum dia... por mais tempo... Criciúma está tão cheia de coisas vazias..
Ó.. o ar seco da cidade entrando em ação mais uma vez..

Tchau, embaçaram-se os meus óculos.


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Leitores do 1/4 Cheio (falo leitores porque atualmente são dois, eu e o Ricardo Chicuta) Espero em breve voltar a escrever como nos dias vindouros do Quarto. Enquanto isso vou escrevendo o que me passa na mente... sem muita ordem ou preocupação.

11.8.10

Nada com nada..

Por Carol Grechi


Tava relendo o que já escrevi no meu Blog reprimido (não é esse) e me deu vontade de escrever o que me der na telha agora, nesse exato momento.

Janela.

Janela é uma porta quadrada no qual é mais difícil você passar com frequência. Se for um contorcionista magro, passa que é uma beleza, mas se for alguém mais pro lado sedentário (como eu.. não, nada de comer eu..deixa) aí comprica. Dizem que os olhos são a janela da alma. Pois eu acho que os olhos são a boca muda da alma. Dali saem mensagens ditas sem voz, e não imagens, que é o que se vê ao olhar por uma janela.

Eu gosto da janela de acordo com o meu humor. Se estou jururu ou chata pra caralho (tpm) janela fechada e luz acesa pro meu mundinho ficar ainda menor e eu ter menos coisas pra me irritar. Se estou alegre e sorridente, janela aberta pra eu lembrar que existe vida lá fora, que a vida é bela e que se é dia, eu não preciso gastar luz. Quando eu to chata quero mesmo é gastar luz.

Secador de cabelo.

O meu já parece extensão do cabelo. Se não seco com ele parece que vou pegar uma pneumonia. Até meu consciente automático é dramático.

Pés.

Os meus vieram de outro planeta, talvez um de gelo. Assustadoramente gelados. Não aquele gelado que encomoda, mas aquele gelado que dói. Minha alegria é uma garrafa peti com água quente, na hora de dormir. Pros pés.

Marimbondo.

Tenho medo. Sempre acho que vão entrar no meu ouvido e atacar meu cérebro, como vi num filme uma vez na Sessão da tarde. Abelha também me estremece. O mel é bom, elas pessoalmente, não.

Formigas.

Aquelas vermelhas bem pequenas e desgraçadas me atacaram na minha creche em Estância Velha, quando eu tinha uns 4 anos. Eu me lembro. Fui pegar uma pecinha de Lego amarela em cima dum montinho. Eu tava com uma sandália com tirinhas coloridas. Botei meu minusculo pezinho no montinho. O montinho era um formigueiro. A tia da creche gastou quase o litro todo de alcool no meu pé, que mais parecia uma bolinha. Fiquei com as marcas por um bom tempo, tadinha.

Penico.

Palavra engraçada, o som do ico no final me disperta uma graça... É um recipiente que adoramos quando somos crianças e abominamos quando ficamos velhos. Peniquinho bonitinho de ursinho pro cocozinho do bebezinho. Penico de plástico amarelado pelos resíduos ali depositados, alvo de repulsa por quem tem que esvaziá-lo, tanto na infância quando na volta à infância (quando ja não atinamos mais nada). É uma merda esvaziá-lo.

Espelho.

Tenho a impressão de que é um objeto que mostra o que a gente não quer ver. A gente se vê no espelho pra ver se tem alguma coisa "errada". Ninguém (que eu conheça) vai se olhar no espelho pra ver se está mais bonito que há 2 minutos, mas sim pra ver se tudo está "de acordo" com a última olhada no espelho. Feijão no dente, cabelo arrepiado, essas coisas. Não vou me olhar no espelho daqui a vinte segundos pra ver se virei a Jéssica Alba. Se eu virasse ia levar um susto tão grande que precisaria de um penico. Minhas nádegas ja não cabem no de ursinho, então seria o amarelado mesmo. Gostaria de esvaziar?

Gaita de boca.

Também conhecida como harmônica. Som legal pra quem sabe o que tá fazendo. Como qualquer outro instrumento, o som que sai quando alguém ainda está tentando quem sabe aprender um dia, é irritante, dá vontade de pular a janela com penico e tudo pra cair com os pés num formigueiro. Mas quando é bem tocada é uma beleza! um dia chego aos pés do humberto gessinger... Será que eles são tão gelados que nem os meus?

Mas o estranho é ter que tirar ar dos outros 2 pulmões que vem de brinde com a gaita. Porque quem toca tem que ter 4 pulmoes, só pode. E aquelas caidinhas que tem que fazer com a lingua pra sair o som em cada buraquinho...

Estranho esse papo de língua e buraquinho.. deixa..

Porta-retrato.

Agora se chama Orkut e não pega pó, mas o antigo é legal. Tem que cuidar pra foto não ficar muito úmida se não gruda no vidro e quando a gente vai tirar fica metade da foto grudada e umas falhas brancas aonde havia imagem. Péssimo. Mural de fotos com imã não pode ficar perto da cozinha. É só fritar um bife e já era. Todas grudando mais que Trident velho.

Ponto de interrogação. (to ouvindo a música quebra-cabeça do Engw e ele falou isso agora)

Faz a diferença numa frase. faz a diferença numa frase?
talvez? talvez.
Legal é ler ele de cabeça pra baixo °§¬¢£³²²¹:>Deu? deu. Dei? não. (am, não caio nessa)
Sério? sério. Tu me ama? tu me ama. Será? Com certeza.

Água.

Bah, não vou falar globalmente, mas sim pessoalmente. Nada melhor que beber água quando se está morrendo de sede. Talvez só se iguale a sensação de alívio de comer com fome e de enxer o penico quando se tem que enxer o penico. Acordar demanhã pra tomar banho antes de trabalhar e descobrir que não tem água, não é legal. E se tu tiver um cabelo que não acorda muito lá essas coisas, ainda mais sem um secador de cabelo, é uma merda. Fora do penico. Nã, água tem que ter. Bah, escovar os dentes, lavar a mão. Água é foda. Quando acabar vai ser um inferno.

Inferno.

Local sem água. O capeta trabalha na Casan, é ele quem fecha o registro.
É de lá que vem as coisas do qual não gostamos. Preencha sua própria lista. Na minha tem isso (entre outras coisas):

Calypso
pagode ruim
pagode bom
pagode
funk carioca
programa de tv com baixaria
pânico (nao o filme, o programa)
pereba
piolho
pessoas irritantes
pessoas arrogantes
pessoas indiferentes
pessoas (na minha tpm)
abelhas
marimbondos
penicos
acordar cedo
....


As outras coisas "ficam pra próxima".
Expressão que significa "nunca mais" em outras palavras.

Comecei a escrever isso na faculdade quando a minha cabeça deu um estalo. Espero que o estalo não tenha sido o meu pescoço quebrando, aí eu morri e estou no inferno, com sede, escrevendo sobre coisas bizarras. Não. Já estou na casa do namorido, então não morri. O galo do vizinho ainda ta cantando... Tudo bem que nos meus rompantes de raiva eu sempre falo "galo do inferno!!!!" mas tenho certeza de que se ele estivesse lá o capeta já tinho fritado e aberto um Chicken'in(ferno).

Deixando claro mais uma vez que eu não uso drogas.
Produzo bobagem suficiente sem o uso da mesma. Vou repetir a piada que fiz pra mim mesma no twitter hoje (como a maioria das coisas no twitter, que escrevemos pra nós mesmos espereando que alguém leia).
A
mesma que é a mulher do mesmo, aquele que nunca está no elevador. Só entre quando o mesmo estiver no seu andar. Não sei qual o andar que o mesmo mora, mas nunca encontrei ele. Nem a mesma e os mesminhos.

E se alguma coisa que tu leu aqui nao te agradou.. pois agora!
faz de conta que eu não dou bola..

Um dia vou ser que nem o integrante gordinho do trio Aspamen. Ele fala mal do Pouca Vogal pra me irritar, tenho vontade de avançar naquela cara gordinha e barbudinha. Eu tento retrucar falando mal de alguma coisa que ele goste, mas ele nao dá bola. Quando crescer quero ser que nem ele. Só um pouco mais magra. (Hehe, retrucar, continuo tentando).

Vou fazer outras coias aqui na internet. Coisa de pobre que fica sem internet por um tempo e quando volta a usar acha que tem muita coisa pra fazer. Tipo dar F5 no Twitter ou escrever textos sem sentido num blog há tempos abandonado.

O melhor esconderijo, a maior escuridão
já não servem de abrigo, já não dão proteção..

Fui que o sono tá batendo. Deixo ele entrar? hummmm... isso ficou estranho..

E da-le Inter! 2 a 1 no time que esqueci o nome, mas que não é brasileiro.
Chivas. tu chivas? ele chisva daqui e nós chivamos embora para o mundial.