27.11.08

Luciano Leães. Diversão, paixão e profissão.



Por Caroline Grechi

Caminhando pelas dependências do Centro Cultural Célula, em Florianópolis, enquanto aguardava pela passagem de som para mais um show, um simpático pianista me contou um pouco de sua história, enquanto dava paradas ocasionais para tirar algumas fotos da decoração do ambiente, repleta de camisetas de bandas e discos de vinil.

Aos sete anos de idade Luciano Leães começou a expressar seu talento para a música, transferindo suas emoções para o piano através de seus hábeis dedos infantis. Nas festas de família e nas tardes passadas na casa da avó paterna, Luciano tocava piano com seus tios, e lembra que na sua infância, a maioria das festas de Natal eram realizadas ao som de piano. O garoto de cabelos pretos, hoje é um homem de belo sorriso e um dos pianistas mais elogiados do Sul do país.

Contando sempre com o apoio da família, Luciano seguiu se aprimorando e cada vez mais se apaixonando pelo piano. “Na infância, era uma das brincadeiras prediletas, na adolescência se tornou um grande prazer. Até hoje acredito que toco com a mesma vontade dos tempos em que isso era uma brincadeira, ou até mais”, comenta o moço ao parar para admirar uma parede com um gigante painel de palavras cruzadas.


Ao sentar-se em frente ao palco e apanhar uma bolacha recheada do pacote em minhas mãos, Leães relembrou das dificuldades pelos quais passou, mas que com muita persistência e paixão pela música, conseguiu superar. “Lembro de ouvir os discos dos mestres do blues e ficar horas em frente ao piano, tentando tocar como eles; ouvia alguns álbuns e ficava desanimado, pensando que nunca ia conseguir chegar perto daquilo. Hoje sei que as dificuldades vão continuar sempre, pois isso é apenas uma variável que faz da música uma forma de expressão tão complexa e bonita. Foram anos até chegar a um nível que me deixou satisfeito”.

Esse nível a qual ele se refere também deixa outros grandes músicos muito satisfeitos, e é um dos motivos pelos quais Luciano é convidado a participar de inúmeros trabalhos de bandas que fizeram e ainda fazem história no Rio Grande do Sul. Além de trabalhar com produção musical e composição de trilhas no seu estúdio em Porto Alegre, Leães divide seu tempo tocando em três ou quatro bandas.

Uma delas é a Locomotores, resultado da união de músicos já bem conhecidos na cena roqueira do Sul do país, e composta por ex-integrantes de bandas como Cachorro Grande e TNT. Outro trabalho, que começou com uma participação no DVD da banda, é a parceria com o Acústicos e Valvulados; amigos de longa data que agora também contam com Leães para realizarem seus shows.

A lista continua. No final dos anos 90, o pianista conheceu Fernando Noronha. A “Jam session” realizada pelos músicos ocorreu com tanta naturalidade que o resultado foi sua integração à Fernando Noronha & Black Soul, da qual faz parte até hoje; tendo inclusive realizado inúmeras turnês pela Europa, a mais recente no começo de 2008.

Já as participações, se perdem na longa lista de amigos... Entre os vários trabalhos, estão a contribuição no segundo CD da banda instrumental Pata de Elefante, e a participação como pianista/organista e co-produtor do disco “Let me in” do harmonicista brasileiro Alex Rossi, que desponta no exterior como uma das grandes revelações na harmônica (a popular “gaita de boca”).

Ao longo de sua carreira Leães passou por palcos do mundo inteiro, com destaque para o Festival Internacional de Jazz de Montreal e diversos outros festivais e casas da América latina e Europa. Também teve a oportunidade de trabalhar/tocar com músicos como BB King, Chris Duarte, Celso Blues Boy, Renato Borghetti, Carey Bell, Holland K. Smith e Litlle Jimmy King.

Comendo a última bolachinha do pacote de Negresco (que por descuido de algum dos Acústicos e Valvulados, acabou caindo em nossas mãos), Luciano diz que o conselho que dá aos seus alunos de piano ou a algum músico iniciante no instrumento, que lhe pergunte qual o caminho para chegar aonde ele se encontra atualmente como profissional, é o de nunca desistir e treinar sempre.

“Passei por muitas dificuldades em meus estudos de blues e soul, mas nunca associei música a algo negativo ou difícil. Mesmo nas horas mais complicadas, eu sentia prazer em tocar e a vontade sempre superou qualquer obstáculo”, encerra o mestre das teclas ao me dar um sorriso, antes de subir ao palco e se preparar para mais um show na sua longa a e apaixonada história com a música.



19.11.08

1/4 Cheio de perguntas



Por Caroline Grechi

Por que será que a nossa cabeça não pára de pensar? Nem quando dormimos a desgraçada pára... Zilhões de pensamentos voando pela sua cachola e te deixando cada vez mais confuso.

O interior da sua cabeça deve ser parecido com o seu quarto. Gavetas de idéias, armários de sentimentos e dúvidas espalhadas por todo canto, como se fossem meias. Nas noites de insônia você resolve sair catando as dúvidas pelo seu quarto cerebral, para ver se organiza alguma coisa. Mas é o mesmo que jogar água em “Gremlins”, pra cada resposta que você tenta encontrar, surge outra pergunta. E ás vezes, as que surgem não tem nada a ver com a pergunta principal. São Gremlins independentes.

Por que todo mundo tem namorada (o) menos eu?
Perguntas Gremlin:

Eu sou tão feio (a) assim?
Meu cabelo é esquisito?
Será que em vez de engraçado (a) eu sou mala?
Meu nariz podia ser mais fino...
Porque o mês que vem não chega nunca?

Por que eu não ganho dinheiro fazendo o que gosto?
Perguntas Gremlin:

Eu canto tão mal assim?
Quantos anos eu vou levar pra tocar violão que nem o Duca Leindecker?
Um caminhão da Elma Chips podia tombar na minha rua...
Será que um dia alguém vai comprar as fotos que eu tiro?
Será que um dia vou escrever crônicas pra um jornal?
Quanto tempo vai levar até eu trabalhar na Atlântida?
E se eu pintasse o cabelo de azul?
Se eu inventasse um chocolate que emagrece?

Por que dizem que eu pareço carente?
Perguntas Gremlin:

A falta de namorada (o) está tão visível assim?
O fato de querer abraçar meus amigos quer dizer alguma coisa?
Só eu tenho ciúme de amigos?
Por que aquele All Star vermelho é tão caro?
Será que o meu conceito de amizade é o mesmo das outras pessoas?
Eu sabia que eles estavam namorando...
Será que só eu vou ficar encalhado (a)?????

E por aí vai... Além de questionamentos de notas da escola/faculdade, dúvidas em relação à política atual (mas essa duvida é tão chata que tu já larga no cantinho onde ela tava, embaixo do tapete do quarto cerebral.)

04h15min da manhã e a cabeça continua a milhão. Agora vem aquela musica desgraçada que algum colega engraçadinho cantou, e que não sai da sua mente. Fica se repetindo e repetindo e repetindo, e sempre a mesma frase. Quer saber qual é a música? Ok. Mas atenção: a seqüência de palavras a seguir pode causar insônia, irritação e perigo à integridade física da escritora.

Aaaaiinda ooonnntemmm... Choreeeii de Saaudaaadee...”

Eu avisei. Boa sorte na sua próxima noite de insônia, e se de algum canto do seu quarto, surgir auma dúvida Gremlin... Não jogue água nela.

4.9.08

Palavras não mordem

Por Caroline Grechi

Obs: Hoje vou mandar uma das antigas! estes pensamentos aqui são de março do ano passado... Mais precisamente 24/03/07! quando eu nem sabia exatamente o que era um blog ¬¬. Lá vai.

__

Certo dia estava me lembrando de alguns colegas que tive no 2° Grau. Quando o professor de português perguntava se eles gostariam de ler um texto em voz alta, parecia que estavam sendo questionados se preferiam a forca ou a cadeira elétrica. Isso me impressionava. Como uma criatura que passou onze anos em uma escola, lidando diariamente com palavras, não poderia gostar de ler? Então me diziam: “não adianta, não gosto de ler e ninguém vai me obrigar" ah, pois se não gosta, aprenda a gostar! E se pensas que ninguém vai te obrigar a ler, estás muito enganado.

A sociedade vai te obrigar a ler, se quiseres um bom emprego serás obrigado a ler, a ter cultura suficiente pra que se destaque dos demais. Se quiseres conquistar alguém interessante, tens que ter cultura suficiente pra iniciar uma conversa ao nível dessa pessoa. "Ai Carol, eu não tenho dinheiro pra comprar livros por isso não leio..” oh, pobrezinho... O que não tens é vontade! A informação não se prende só aos livros hoje em dia meu caro amigo de cabeça-oca, as palavras pulam aos montes em qualquer lugar que você olhe, é só saber capturá-las.

Lembro como se fosse hoje o 1° dia em que voltei para casa sabendo ler. Morava em uma cidade grande e o ônibus dava voltas e mais voltas, passando por inúmeras placas, anúncios, cartazes, fachadas de lojas... Tudo! Uma avalanche de informações que com seis anos eu fazia questão de absorver. Coitada da minha mãe que agüentava meus "resmungos” ao ler em voz alta tudo que eu via pela frente.

Ao meu amigo cabeça-oca citado anteriormente, foi essa a dica que eu dei, leia tudo! Qualquer coisa. Embalagem de bala, rótulo de shampoo (aliás, esse é mais lido do que se pensa, principalmente quando algumas necessidades fisiológicas se tornam... entediantes), jornais velhos -"ah, mas é velho"- não interessa, tem milhões de palavras nele. Confira o horóscopo, veja se aquilo realmente aconteceu ou se publicam as mesmas frases todo mês; se tiver reportagem sobre algum filme babaca, tente lembrar quantas vezes ele já passou na Sessão da tarde

Se estiver de saco cheio, com muitos problemas, vá ler uma bula de remédio... Tente pronunciar aqueles nomes. Pelo menos por cinco minutos teu único problema vai ser falar ácido acetilsalicílico em voz alta... Tenta!Se você, caro amigo preguiçoso, conseguiu ler esta crônica até o fim... Parabéns! Descobriu que palavras não mordem.

8.8.08

¼ Cheio de saudade

Por Caroline Grechi

Um suspiro, normal. Dois suspiros, relativamente normal. Três suspiros seguidos, caso gravíssimo de paixonite aguda.

O seu cantinho já não é mais o mesmo, recebeu uma visita. E isso não é tão simples como parece, afinal esta pessoa esteve no seu mundo e o que é pior, com o seu consentimento.

Foi naquela bela tarde de agosto, os passarinhos cantavam afinados alguma música da sua banda favorita, o velhinho antipático da padaria lhe deu “bom-dia” e aquele pirralho do vizinho não colou chiclete na sua calça quando você passou (pelo menos foi isso que você percebeu com os 2% de atenção que dava ao mundo a sua volta).

Ao chegar em casa você comunicou que de tarde iria receber um(a) colega da escola pra fazer um trabalho. Seu pai lhe lança um olhar do tipo “será que é comigo?” e sua mãe grita alguma coisa da cozinha, algo como “tudo bem”. Pelo menos foi o que você pôde entender quando já estava fechando a porta do quarto.

Ah o quarto. Uma simples olhada e a verdade se faz presente. Você precisa arrumar o quarto. Ou melhor, você precisa deixar o quarto impecável em menos de duas horas, o que parece uma necessidade e não um sacrifício, já que não é a sua mãe quem esta pedindo para arrumá-lo e sim a sua consciência de que em breve terá mais uma pessoa dividindo este espaço com você.

De repente as coisas parecem ter se multiplicado ali dentro, não é só ¼ Cheio como você lembrava, é ¼ lotado, abarrotado, sufocante! (pelo menos é isso que uma outra pessoa acharia ao entrar no recinto).

Como o tempo é curto para uma arrumação meticulosa, o negócio é esconder. Tudo. Dentro de qualquer coisa. Papéis, revistas, CDS, livros, meias... as meias! Inúmeras meias por todo canto! A única saída para elas é o obscuro e seguro espaço em baixo da cama. Ok, meias invisíveis. Papéis e tralhas no geral podem ir para as gavetas mais próximas, inclusive as de roupas (depois você arruma, ou pensa em arrumar).

Arrumar a cama, tirar o copo de Nescau grudado no tampo da escrivaninha, varrer o chão (você varrendo seu quarto? Essa é boa...) e pronto! È só sentar na cama e esperar (que a visita não se encoste no abajur dos Simpsons, que você consertou com chiclete) fazendo uma pose de descontração enquanto finge ler um romance, até então esquecido junto aos demais livros da escola.

14h30min. Batem na porta. Sua mãe atende toda simpática e diz “o quarto é ali, segunda à direita”. Frio na barriga enquanto os segundos congelam no tempo e seus olhos se fixam na porta.

Toc-toc. Com uma voz que você acha ser descontraída, pede para a pessoa entrar. Depois de fingir que marcou a pagina do livro (afinal devia estar muito interessante) diz um cordial “fique a vontade” e “não repare na bagunça hein?... ha-ha-ha” (esperando que a bagunça esteja bem escondida).

As horas se passam e o (a) colega se mostra inteiramente à vontade, falando sobre o trabalho, dando risadinhas ocasionais e dizendo que o quarto é aconchegante. O SEU quarto. Aconchegante. Ele (ela) não diria isso algumas horas atrás.

Depois de uma tarde agradável, apesar do estudo, a visita faz aquela caída de “ta ficando tarde, é melhor eu ir” e você educadamente (e sinceramente) diz “quê isso, ainda ta cedo, fica mais um pouco”. Depois de resolvido o impasse de frases soltas a visita-colega se vai, deixando um perfume diferente no seu mundinho.

De noite, ao olhar pras coisas ao redor (e sorrir ao ver o abajur intacto) você admite que sente falta... poderia ser da pessoa que esteve ali. Mas depois de alguns segundos você constata aliviado, que sente falta de outra coisa.

Um suspiro, normal. Dois suspiros, relativamente normal. Três suspiros seguidos, caso gravíssimo de paixonite aguda pela ex-bagunça de ¼ Cheio.

24.7.08

É você

É incrível o que pode sair de mentes insanas e sonolentas no meio da noite.
Por Adrieli Cancelier e Tio Re

É você que guarda meu sono
Conhece meus sonhos
Descansa meus anseios
Alivia meus pesadelos
Às vezes te abraço e te beijo
Outras vezes te abraço e choro
Já falei pra minha mãe que te adoro
Encosto em você
Sinto-te macio
Dá-me um prazer
Quando te acaricio
Quando estou cansada
Não quero sair do seu lado
Não te divido com ninguém
E no sofá te quero também
Gosto tanto de ti
Mas às vezes prefiro com os dois
E quando me deito
Não quero deixar pra depois
Às vezes me arrependo
Por você não ter sido o 1º
É por isso que todas as noites te levo pra cama
Meu querido travesseiro.

13.7.08

Diário de Rock - Paranóicos Latentes

Quem sou eu? Caroline Grechi
Quando foi?
11/07
Onde eu me meti?
Bar Central – Araranguá - SC.
Pra fazer o quê? Assistir ao show das bandas Paranóicos Latentes e Jhonnye Walker
E eles são de onde?
Araranguá - SC






Diário de Rock – Start.


21:59 - Acabei de chegar, não conheço ninguém. (novidade... ¬¬)

Nenhuma das bandas chegou ainda. To ouvindo
Reino Funji no mp3...

Pareço uma jornalista roqueira \o/.

Sozinha, com mp3, chapéu tipo
Beto Bruno e escrevendo loucamente num bloquinho que descansa sobre uma toalha verde numa mesa de madeira.

Tem um guri que já está me olhando meio curioso/desconfiado. Ele veste uma camisa xadrez e usa All Star preto... Deve ser baterista, porque fica acompanhando a música ambiente com uma bateria imaginária... Se bem que até eu já estava batucando em baixo da mesa... ¬¬

Mas... será que aquele meu amigo da Internet vai me reconhecer?...Olhei bem pra todo mundo que chegou, mas não vi ninguém parecido...

Opa, movimentação... E o povo chega loucamente! Putz acho que to atrapalhando. To sentada sozinha numa mesa com lugar pra 5... Aí as pessoas entram, me vêem aqui escrevendo feito uma louca solitária e se afastam... Hahahaha... Rock’n roll isso!

Xi... O possível baterista fuma... Menos 10 pra ele... ¬¬

Ai. Chegou uma louquinha e parou do meu lado.

(visualização: mulher, cabelos pretos e curtos, aparentemente uns 40 anos, chinelo de dedo, calção – a noite está fria – e uma regata branca que deixa transparecer seus mamilos estrábicos... ¬¬).

22:17Paranóicos Latentes cantando no meu mp3ou9! \o/. Saí da mesa solitária e fui sentar em um banquinho perto do balcão.

22:21 – O retorno da louquinha. Entrou disfarçadamente (o garçom não viu) e parou ao meu lado de novo ¬¬. Eu ouvindo
Pública no mp3. A louquinha estática permanece a minha esquerda.

22:32 – Ainda ouvindo Pública. Um moço tomou meu lugar na mesa de madeira com toalha verde.

- Finalmente as 22:36 um rapaz ao meu lado puxou assunto e me enturmou. \o/ massa! (sem sinal da louquinha)

(Hummm... a batera do Paranóicos é baixinha.. vai dar pra enxergar o meu amigo da Internet..)

O meu substituto na mesa de toalha verde é solitário também, e é só sorrisos...

22:45 – O retorno da louquinha. Hahahaha.

Opa. Meu substituto da mesa chamou o garçom, os dois olharam pra mim e riram... ¬¬.

- Pública é a trilha oficial da noite! –

(menos 10 pro rapaz da mesa, ele também fuma ¬¬)

23:38 – CHEGARAM!




(Um grande parêntese)

Parei de escrever pra ver o show \o/ ... E percebi que tinha um moço ao meu lado filmando, mas parecia que o braço dele já estava cansando... Porque o freezer de cerveja aparecia mais na fita do que os meninos... =)

Então me ofereci para filmar, e ele permitiu. Registrei cenas legais do puro Rock’n roll!! As roupas no estilo Beatles eram perfeitas!


A backing vocal e bailarina, Jéssica Rose, se mostrou uma boneca inflável muito simpática, e encantou o público com seu talento musical e sua expressão facial delicada °o° .

O Show seguiu-se com “imprevistos já previstos”, como cordas arrebentando, cintas de guitarra caindo, e baquetas quebrando. Por falar em baquetas, meu amigo da Internet me reconheceu, o Juninho. Olha... Que coincidência, ele é baterista da banda! ¬¬

Após o show, pedi aos meninos que me dessem autógrafos.

Os primeiros autógrafos da Paranóicos Latentes foram para esta louca que vos escreve \o/.
Confesso que inicialmente houve uma certa relutância... Seguida por frases como: “Aaahh... Ehehehe... Não... Não... Capaz... É sério?... Nãão não... Não sei escrever... Hehehe” (¬¬).

Mas como insistência não me falta, o vocalista Paulo (26 anos), foi o primeiro a desenhar um “Carol! Um beijo! Paulo”.

O baterista Juninho (20) ficou fazendo doce. Depois rabiscou alguma coisa que ainda tento decifrar.

O guitarrista Assolan (17 anos, vulgo Lucas) se prontificou e lascou uma assinatura bonita \o/.

O baixista Artur (com seus 16 anos e suas looongas madeixas louras) me informou que não sabia escrever (¬¬ ahaaam, tá), então risquei seu dedo polegar com minha caneta Bic azul...
E carimbei sua digital no famoso Bloquinho do Rock. Porém mais tarde ele escreveu algumas palavras de muito bom gosto!

Conversando com o Paulo, vocalista, descobri que este foi o quinto show da banda, e que dia 19/07 eles vão para Porto Alegre gravar mais 3 músicas no Studio Rock, onde gravaram o primeiro single,“Boneca Inflável”, com a produção do Paulo Arcari e Márcio Petracco (ex integrantes do TNT).

Perguntei depois pro Lucas/Assolan como surgiu o nome da banda, e ele me disse:

“Bom, quando eu entrei a banda já tinha esse nome, mas achei um nome criativo e com um forte foco de atenção. O Paulo explicou que foi por causa de um livro que continha a biografia do cineasta Wood Allen, que ele vivia num manicômio e tal, fazia terapia em grupo, e tinha um time de vôlei... Não lembro bem, mas o nome do time era Paranóicos Latentes, então o Paulo decidiu pôr esse nome na banda. Estamos satisfeitos, porque na nossa opinião tem bem a cara do som que a gente faz”.


Algumas influências:
Rock gaúcho:
TNT, Cascavelletes e Cachorro Grande, a banda paranaense Faichecleres,
e Rock dos anos 60 e 70 com os
Beatles, Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin.

Um baita som, esses Paranóicos Latentes! =)

Quer curtir o single? conheça a "Boneca Inflável" aqui:

www.myspace.com/paranoicoslatentess



De volta ao diário.

1:23 – (como será que vou chamar o táxi?...) O Paulo ta curtindo o show da
Jhonnye Walker, o Assolan de vez enquanto aparece, o Artur está sentado a minha direita só olhando o movimento, o Juninho sentado a minha frente usando meus joelhos como apoio para seus All Stars, e eu curtindo as figuras que adentram no recinto. Agora surgiram dois moicanos, um rapaz com dreads e um punk com cabelo indefinido.

1:36 – Joguei o resto da minha cerveja no lixo, e um Paranóico me informou que irei para o inferno dos bêbados, que é um deserto gigante sem um pingo de álcool. ¬¬³.

1:41 – O Paulo que havia saído, retorna com um cachecol, muito bonito por sinal. (amanhã,12/07, eles abrirão o show da Reação em Cadeia, em Criciúma, daí a preocupação "a mais" com a garganta).

2:08 – O Juninho devolveu meu bloquinho e minha caneta (ele havia roubado e guardado, pra que eu não escrevesse que ele foi convidado pra tocar guitarra em algumas musicas da Jhonnye Walker e mandou bem).

Daí pra frente as coisas de sempre.. Pessoas alegremente alcoolizadas dançando loucamente... Risadas e mais risadas... Movimentação pra guardar os instrumentos, e finalmente abandonar o mundo mágico do rock para voltar ao mundo real no dia seguinte...

Não sei mais que horas são – Encerrando por aqui a estréia do Diário de Rock. Agradeço a todos que me acompanharam até essa hora da madrugada, e sigo buscando a próxima banda/vítima.

Câmbio desligo.

4.7.08

¼ Cheio de barulho


Por Caroline Grechi

“Meu filho, por favor, abaixa esse som!! não consigo nem ouvir meu pensamento!”. Sim, pelo menos uma vez na sua adolescente vida musical você deve ter ouvido sua mãe delicadamente gritar alguma coisa parecida.

Pobres pais, não percebem que são desprovidos da capacidade de ser invadidos pela canção, quanto mais alto for o volume. Você sente a música fluindo dentro do seu corpo, como se fizesse parte daqueles montes de artérias e veias que aparecem nos livros de biologia (que estão perdidos em algum lugar do quarto a mais ou menos três meses).

A teoria adolescente de que quanto mais alto o som propagado maior o efeito de alegria proporcionado pelo mesmo, infelizmente não é bem recebida pelos habitantes do mundo exterior ao seu, ou seja, quem está nos outros cômodos da casa.

A música ajuda as pessoas a se concentrarem mais naquilo que estão fazendo, e a fazer com mais alegria! Pelo menos com você é assim, se a sua irmã não tem a capacidade de escrever uma mensagem de texto no celular ouvindo a voz retumbante do Humberto Gessinger se espalhando pela casa...

Fazer o quê, você é simplesmente mais inteligente do que ela, que mistura as coisas que ouve com o que estava escrevendo e depois vem brigar com você porque mandou um “pra ser sincero não espero de você, mais do que educação, beijo sem paixão...” pro namorado, e agora o guri ta perguntando se ela quer dar um tempo.
A música é o alimento da alma. Onde foi que você leu isso mesmo? Talvez em alguma frase de MSN... Mas enfim, quem escreveu isso tem total razão, sem música o mundo ficaria sem graça. A única maneira de você aceitar que o seu melhor amigo ouça funk no mp3 (!!) é imaginar que aquele barulho ritmado faz com que ele se sinta tão feliz quanto você, ao ouvir Engenheiros.

Isso é uma verdade absoluta, a única forma de não desvalorizar os outros estilos musicais é imaginar que sempre tem alguém que ficará feliz ao ouvir o tão excêntrico som pelo qual você não demonstra o mínimo interesse.

Uma boa maneira de se integrar ainda mais com a música é passando você mesmo a fazê-la! Siimm! Compre um violão (guitarra seria demais para os tímpanos da sua família, pelo menos por enquanto) e passe a perceber a música com outros olhos (ou ouvidos no caso).
Aprender a tocar violão sozinho não é tão difícil, nada que umas idas ao “Cifra Club” e um mínimo de força de vontade não resolvam. Ok, se você tiver alguns amigos que possam dar certas dicas, melhor ainda.

Só trate de deixar a cacofonia do seu aprendizado para você mesmo, não esqueça, você está aprendendo! Não vá levar o violão pra escola ou faculdade e pagar o mico do século...

Enfim você terá uma coisa a mais para distrair as idéias, uma coisa a mais ocupando espaço no quarto e um motivo a mais para ouvir reclamações dos seres do mundo exterior, dizendo que não conseguem compreender como você habita em ¼ ainda mais cheio de barulho.

Fazer festa ou pensar no futuro? Eis a questão...

Por Janaína Vieira

Talvez os mais velhos pensem: “Como é bom ser adolescente, queria ser um deles novamente para não me preocupar com muitas coisas, só estudar, fazer festas e dormir até tarde”.

Não vamos negar que alguns adolescentes só pensam em festas, namorar e dormir. Mas outros já têm muitos compromissos e estão pensando em seu e no futuro de sua família.

Camila Pizzoni – “Eu não vou às festas pra me divertir, vou para trabalhar”.

Shayder Bertan ­– “Muitos pensam que jogar futebol é moleza, mais estão enganados, pra ser um bom jogador tem que matar um leão por dia”.

Camila tem 19 anos, e trabalha como fotógrafa desde os 17. Hoje com a ajuda de sua mãe já conseguiu montar um estúdio fotográfico e tem seu próprio site, www.milapizzoni.com.br..

Mila tem uma vida agitada e cheia de compromissos como, fazer Books e editar as fotos, cobrir eventos, atualizar seu site e ainda estudar. Bastante coisa, não?

A jovem cursa jornalismo na Faculdade Satc e seu sonho é viajar pelo mundo visitando os mais lindos lugares e é claro, registrando tudo.Perguntei a ela se não é muita responsabilidade para uma pessoa só, e a resposta foi rápida e simples: “Não, já estou acostumada”.

Também fiquei curiosa se com todo esse trabalho ela não estaria deixando de aproveitar as festas e a companhia dos amigos, e ela me respondeu: “Amo fazer isso, e fazer o que se gosta não tem preço”...

Shayder tem 16 anos, joga futebol desde os 7, e para muitos é um exemplo de superação. Saiu de casa com 11 anos e foi morar no alojamento aonde treinava. Conversando com esta mera integrante “do quarto”, ele contou que no começo chorava todos os dias, mas hoje já está bastante acostumado a ficar longe da família.

Shayder sempre foi o destaque dos times onde jogou e já foi chamado para clubes importantes, como Grêmio, Internacional e Criciúma, porém preferiu não aceitar, pois seu objetivo é ir para o exterior. O jovem jogador agora está morando em Ilhota, a 112 km de Florianópolis, e vem para casa de sua família em Içara, a cada duas semanas.

Seu sonho de ultrapassar as fronteiras nacionais está bem próximo de ser realizado, pois sua viagem para a Itália está planejada para setembro. Shayder diz que pretende dar conforto para sua família e confessa que pensa neles a toda hora.

“A saudade sempre vai machucar, mas eu penso que um dia vou conseguir trazer a minha família para morar comigo”, completa o garoto.
A equipe de ¼ Cheio deseja toda a sorte do mundo para esses dois exemplos de jovens que planejam um futuro para si e correm atrás de seus sonhos, carregando tantas responsabilidades quanto os adultos. E lembramos aí pro pessoal que ser adolescente nem sempre é fácil, mas depois de termos alcançado nossos objetivos, todo esforço terá valido a pena!

30.6.08

A volta da brilhante hollywood

Por Grerori Flauzino



Os jovens dos anos 80, hoje possivelmente quarentões ou cinqüentões, estão mais nostálgicos do que nunca. Suas aventuras preferidas nas telonas do cinema estão voltando e mostrando aos jovens desse século as histórias que faziam a cabeça da galera daquela época (cabeça coberta de brilhantina, diga-se de passagem)


Um cyber robô exterminador que protege, ou prepara, os seres humanos para uma guerra futura entre homens e máquinas. Um lutador que deixa de ser cobrador da máfia italiana para ser campeão mundial de boxe. Um professor de arqueologia, aventureiro nas horas vagas, ajeitando seu chapéu, disparando sua pistola e agitando seu chicote. Um soldado americano que é programado para matar e acabar com tudo usando sua metralhadora.

A série de filmes Exterminador do Futuro (The Terminator), criada por James Cameron após um sonho com robôs invadindo a Terra, não só foi um dos maiores sucessos do cinema por seus inovadores efeitos visuais, como também pela linha crítica sobre a vida humana e a criação de uma inteligência artificial. O primeiro filme da série foi produzido em 1984,o segundo em 1991 com o título "O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final", e o último, retomando a continuação da história "O Exterminador do Futuro 3: A rebelião das Máquinas" em 2003. O terceiro filme não obteve tanto sucesso quanto os produtores esperavam, mas ainda assim rendeu 427 milhões de dólares com orçamento de pouco mais de US$175 milhões.

Outro grande sucesso dos anos 80 que voltou foi a série Rocky, o lutador. O filme foi idealizado pelo então desconhecido Sylvester Stallone, que escreveu o roteiro em apenas três dias e acertou com os produtores para que ele fosse o protagonista. Outra curiosidade foi que o filme todo foi feito em 28 dias, e naquele ano, 1976, ganhou o Oscar de melhor filme. A série rendeu outros seis filmes e em 2006, dezesseis anos após o último lançamento, Stallone e os produtores retomaram a história contando a vida de um lutador aposentado, ex-campeão mundial, entediado e viúvo, que sente vontade de voltar a lutar profissionalmente.

Recentemente, outros dois grandes nomes do cinema voltaram ao mercado com uma roupagem nova, depois de "séculos" em que ficaram esquecidos nas prateleiras de locadoras de vídeo... É o caso do Rambo (olha o Stallone aí de novo) e do Indiana Jones.

Rambo conta a história de um soldado americano altamente treinado que é enviado para realizar as mais difíceis missões contra os inimigos do pais. Praticamente uma aventura ideológica da superioridade dos americanos frente aos conflitos na Guerra do Golfo e Vietnã. Agora, John Rambo vive isolado no norte da Tailândia e protege um grupo de missionários que prestam serviços num campo de refugiados. Uma versão mais humanitária do herói sanguinário.




E por último, o filme mais esperado do ano, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal , que conta a história do jovem aventureiro (agora não tão jovem) e suas aventuras arqueológicas com artefatos históricos.

Ou seja, o cinema americano está cada vez mais interessado em suas histórias de heróis, bandidos, o bem e o mal, mas sem perder o brilho dos sucessos passados. Séries famosas voltam com força, fazendo os jovens conhecerem as histórias que embalaram a vida dos seus pais.

29.6.08

Gripes, resfriados, mitos e verdades

Por Adrieli Cancelier

Finalmente junho chegando ao fim. Mês de Santo Antônio, São João e São Joaquim. A gelada São Joaquim. Certamente em junho a cidade mais gelada do país passa a ser ainda mais celebrada. Todos os jornais querem ao menos uns segundos de neve, cachecóis e aquela conhecida cena de finzinho de tarde, onde o sol se despede e os termômetros registram valores abaixo de zero.

Mas o que na TV parece um paraíso, na prática é um frio que entra sem bater à porta e leva todo mundo justamente pra frente dos telejornais, na cama e de preferência bem agasalhado, com uma xícara de chocolate quente na mão e a caixa de comprimidos ao lado.

Os primeiros sintomas são sempre os mesmos:

*Febre;
*Calafrios;
*Dor de cabeça;
*Tosse seca;
*Dor de garganta;
*Congestão nasal ou coriza;
*Dor muscular (mialgia);
*Anorexia;
*Fadiga.


E aí a mesma pergunta de sempre aparece: O que será que eu tenho?

Segundo especialistas da rede municipal de saúde de Criciúma os sintomas da gripe são conhecidos e bem definidos, mas muitas vezes, a gripe é confundida com o resfriado. O resfriado também é provocado por uma virose, mas não o mesmo vírus da gripe (Influenza) tendo seus sintomas muito mais brandos.


Tratamento

Segundo a Organização Mundial da Saúde no Brasil, morrem mais de 10 mil pessoas de gripe todo ano. Existem medicamentos antivirais específicos contra a gripe. Diferente dos sintomáticos (analgésicos, antipiréticos etc.) que tratam apenas os sintomas da gripe, estes medicamentos atacam diretamente o vírus. Seu médico poderá receitar uma medicação específica contra o vírus da gripe que reduzirá a severidade dos sintomas e a duração da doença.

Para o tratamento ser bem-sucedido, é importante iniciá-lo em até 48 horas após o início dos sintomas. Porém na presença súbita de febre alta (38ºC ou mais) e dois ou mais sintomas de gripe, é aconselhado que um médico seja procurado de imediato.


Prevenção

A maior prevenção contra a gripe e o resfriado, além de ser também o melhor tratamento é ingerir muito líquido. A eficácia das vacinas contra gripe na redução dos casos de gripe confirmados laboratorialmente é de 70% a 90% nos adultos saudáveis.

Além disso, apesar de que, nem gripe, nem resfriado se pega com o frio, as baixas temperaturas são mais propícias para a proliferação dos vírus e os lugares fechados ainda auxiliam na transmissão. Aconselha-se então, arejar muito bem os locais onde alguém esteja gripado ou resfriado e evitar situações favoráveis à reprodução dos vírus, como dormir ou sair de cabelo molhado no frio, andar descalço, tomar líquidos gelados com muita freqüência e todas essas coisas que sabemos de cor e salteado.

23.6.08

Dazaranha... Se quéis quéis, se não quéis diz...

Por Caroline Grechi

Um casamento entre o violino, a guitarra e o berimbau. Um casamento entre a cultura catarinense e a música de estilo único. Um casamento que já dura 15 anos.
Adauto, Adriano, Chico, Fernando, Gazu, Gerry e Moriel. Uma banda. Uma história.

Segurando o gravador com as mãos suadas e trêmulas, esta roqueira integrante “do quarto” conseguiu uma entrevista exclusiva antes do show que aconteceu dia 31/05, em Araranguá.

Com a maçaneta da porta do camarim caindo a cada meio segundo, quedas de luz eventuais, e o DJ tentando quebrar a barreira do som, segui-se a entrevista com o Fernando (toca violino, além de guitarra, baixo... E uma hora ele foi pra percussão também...) e o Chico (Guitarrista solo. O Guitarrista solo).
Então... Vamos aos fatos!




De onde veio o nome da banda?

Fernando: Em Florianópolis nós temos a ilha Dazaranhas, que fica perto da ponta Dazaranhas, numa praia chamada praia do Moçambique. E é um lugar de nativos, que ainda tá bem preservado e tal. Dali saiu essa inspiração, da natureza. E também do Raul Seixas né, nosso grande mestre.

Fernando, como tu achas que o violino contribui pro som da banda? A mistura do rock com o clássico, uma coisa que não é muito comum.

Fernando: O violino no rock? Na verdade ele se encaixa mais ou menos com o Chico que ta junto aqui com a gente na entrevista (oláá! Diz o Chico acenando pro gravador). Eu bato muita bola com o Chico na história de arranjos, o violino no rock ’n roll bate muito com o arranjo da guitarra, então se não rolar uma parceria a gente acaba chocando um com o outro e não aparece nem o arranjo dele nem o meu. Então a gente presta muita atenção porque daí nasce a harmonia, porque a harmonia vem antes de tudo.

Chico: É bem isso que o Fernando falou mesmo, temos que trabalhar juntos. E na verdade acaba se criando um novo timbre, até as pessoas comentam que o Dazaranha tem uma característica que é a guitarra distorcida e o violino que é um instrumento clássico, uma coisa mais leve. Isso acaba criando um elemento novo e bacana, é um lance ousado ver o violino tão presente como um instrumento só, não sendo um naipe. Numa banda de rock, acho que a experiência mais ousada que eu posso ver no Brasil, se falando nisso, é o Dazaranha.

Vocês acham que o fato de falar das coisas de SC acaba gerando um tipo de rejeição das pessoas de outros estados ou até mesmo daqui mesmo, de pessoas que não dão valor às coisas da terra? Músicas que falam da cultura de Floripa e tal... O pessoal quer saber mais das coisas que vem de fora... Vocês sentem isso?


Chico: Eu tenho a impressão que isso é uma coisa meio cultural... Geralmente as grandes bandas e artistas vêm de outros estados, SP geralmente, ou do RJ. Lugares que se desenvolveram antes e que ofereceram mais condições pra que essas coisas acontecessem. Talvez a falta de tradição aqui com relação a isso tenha criado essa tendência de acreditar mais nas coisas que vem de fora. Mas hoje em dia com o avanço da tecnologia, com a internet e com a facilidade que se tem de gravar, tu expõe a tua obra de uma forma mais fácil, chega mais rápido ao público. Acho que estamos tentando mostrar que aqui tem coisa de qualidade também. SC cresceu muito, nos últimos 10 anos surgiram muitas bandas, acho que isso ta realmente mudando.

Fernando: Até complementando a historia do Chico, a gente tem se preocupado também com o lance de harmonizar as bandas de SC. Temos vários amigos, de muitos anos, varias bandas, e não daria pra citar todas aqui porque a gente sempre vai esquecer de alguma. Hoje por exemplo estamos tocando com a Nós na Aldeia, uma banda que já tem uma história junto com o Daza. O Macarrão (vocalista) participou de um disco nosso, eu e o Chico participamos de um disco deles, então temos criado uma história por aqui. E não tem como alimentar e colocar mais combustível pra que vire uma coisa nacional, até mesmo porque se agente botar combustível a mais, seria botar dinheiro a mais, seria criar uma coisa fake, uma coisa fabricada. Talvez esta seja a fraqueza e a riqueza da música catarinense.


E vamos dizer que vocês fossem se lançar pro RJ e SP, o pessoal lá ia querer conhecer músicas de vocês que nós de SC já conhecemos. Concordam que ficaria cansativo pra gente “conhecer de novo” digamos assim? Como foi o caso do Papas da Língua, eles lançaram a “Eu sei” pra todo país e isso foi motivo de muito orgulho, porém o pessoal daqui também esperava musicas novas, e teve que respeitar o momento das outras pessoas conhecerem o som. Já era a terceira vez que éramos apresentados a “Eu sei” (com o formato original, com o Acústico ao Vivo, e novamente só voz e violão). Como se vocês fossem relançar a “Vagabundo confesso”, por exemplo.

Chico: Eu acho que o artista nessa hora, naturalmente amadurece a interpretação de uma obra. Às vezes é isso que acontece com o Daza, e com outras bandas que eu vejo. Durante 15 anos como é o nosso caso, nós tocamos a “Vagabundo”, por exemplo. Não é uma música diferente, mas é uma interpretação diferente, que melhorou na minha opinião, e é mais atual também. Eu acho que obrigatoriamente o artista tem que dar pelo menos uma roupagem nova pra ele poder relançar isso no mercado.

Fernando: Isso é uma coisa natural. Por exemplo, essa versão que tu falas da “Eu sei”, o Papas lançou ela originalmente e relançou numa roupagem acústica. E é uma coisa que o Dazaranha nunca teve, mas que ta planejando. Lançamos 4 discos de estúdio e não temos nenhum registro ao vivo, e quando lançarmos um trabalho ao vivo, seja um CD, um DVD ou os dois, naturalmente vai ter a “Vagabundo”. Pode soar como relançamento, mas não é, isso todas as grandes bandas fizeram. Até eu uso um exemplo que são os Rolling Stones que são uma excelente banda, a gente ainda ta começando perto da carreira deles, mas eles por mais que lancem discos sempre vão ter “Satisfaction” no set list, por exemplo.

Mas... No caso do Papas, foram três vezes né.. A original, a do Acústico ao Vivo que todo mundo curtiu com a nova roupagem... E depois quase que a original de novo... Que a gente conheceu primeiro.

Chico: Ah ta... Aí sim, eu acho que nesse caso as pessoas que já conheciam devem ter achado que eles “meio que forçaram a barra”, difícil de mudar... “Pô eu já conheço essa música há tempos...”. Mas é o seguinte, essas pessoas vão ter que se conformar porque a banda precisa atingir outro público, os estados aqui do Sul conhecem mais têm todos os outros que não conhecem, se tiver a oportunidade de lançar o som de novo, vale a pena.

E o que vocês acham da música brasileira atual, as coisas novas que estão surgindo no Brasil, na grande mídia?

Chico: Acho que tem coisas boas, e tem temas que na verdade estão se repetindo... Ou será que são imortais?... Eu não sei... Tem coisas que naturalmente não vou comprar o disco. Infelizmente é difícil eu ouvir um pagode que me agrade, que eu goste e vá lá comprar o CD... A não ser de repente o Zeca Pagodinho, essa turma mais purista. Mas eu vejo muita coisa boa, várias bandas que estão acontecendo, Jota Quest, Skank, O Rappa... Mas sempre teve isso na música, na verdade. Uma galera meio brega caminhando junto com uma galera mais conceitual, uma galera mais rebelde, uma galera mais da pesada, uma mais punk...

Se vocês acompanharam, o que acharam do premio Tim de Música?

Chico e Fernando:
Não vi. - Risos

Pergunto porque eu vejo que os ganhadores são basicamente os mesmos todos os anos, mesmas duplas, bandas.. E a surpresa esse ano, pelo menos pra mim, foi o Vitor Ramil que ganhou como melhor cantor por voto popular...

Fernando: Opa, o Vitor... Mas o Vitor não é revelação né... É de tempos...

Fernando: Posso falar uma coisa que aconteceu hoje? Falando em prêmios... Primeiro tu considera a situação seguinte. No Big Brother, um bando de bacanas vai lá fazer pose e tentar ganhar 1 milhão. Um produto da Globo, porque enfim a Globo trabalha com isso, com produtos. Aí fazem os prêmios... Prêmio Tim, o prêmio tal... A gente já ganhou prêmios, disco de ouro pelo CD “Tribo da Lua” e Prêmio Claro de Música Independente pelo disco “Nossa Barulheira”. E hoje teve o prêmio que o Luciano Huck deu pra um rapaz, o Éder. Chico olhasse hoje? O guri ganhou 100 mil reais como prêmio de soletração. Os caras passaram o ano inteiro discutindo educação, e tal e deram 100 mil pro guri. E me vai um bando de bacanas aparecer na TV pra ganhar um milhão? Pô, não era pra ser o contrário? Cara eu tava lá de tarde vendo televisão e não sabia soletrar aquelas palavras. Era pra ser 1 milhão pro menino e 100 mil pro bacana..

Chico: Isso é uma questão que acontece no Brasil e no mundo... A cultura ocidental já valoriza umas coisas que a gente acha que não é justo, muitas vezes dá pra ver que não é justo né...

Fernando, se tu conheces o Maná, que está em turnê agora pelo Brasil. Se tu gostas, tens alguma influência...

Fernando: Eu não sou fã... Conheço mas não é o tipo de artista que me agrada e tal, que eu compraria o CD. Na verdade pode ser um pouco de desapego meu. Mas eu sei que eles trabalham bastante o lado internacional, assim como o Fito Paes que tem uma divulgação legal no Brasil e que fez um trabalho bacana com o Paralamas... Meio que quebrou o gelo né? Das fronteiras entre o Brasil e os países latinos. Mas eu não tenho muito apego com o Maná não.

Um mico inesquecível de alguém da banda.

Fernando: São coisas que o cara tenta esquecer, quando pede pra lembrar fica meio difícil... - risos
Chico: Entrar na música errada, a banda tocando uma e tu entrar achando que é outra... Cantar o trecho de uma outra música, esquecer a letra, além de vários choques, tombos... Por aí vai...

Fernando, uma superstição que tu tem ou que alguém da banda tenha antes do show... Entrar com pé direito.. Enfim..

Fernando: Superstição antes do show, bom como tu ta presenciando, torcer pra que o gerador agüente até o fim – risos.
(alguns minutos antes da pergunta havia faltado luz, eheheh)


O Dazaranha em uma frase:

Fernando: família.
Chico: Eu arrisco que seria... Boa música.
Moriel: Dazaranha é comer feijão com detergente, dormir na chuva e dormir contente, não confundir a coca com acoca e fazer de cócoras.
Adauto: minha vida.
Adriano: Ai meu Deus do céu.
Gazu: O Dazaranha ta rico, o Dazaranha ta pobre, o Dazaranha ta Reggae, o Dazaranha ta Rock, o Dazaranha pirou de vez!
Gerry: (a tonta da repórter esqueceu )



*off de ¼ cheio: Vamos abrir a porta do camarim e a fechadura cai pelo lado de dentro, fazendo um som estridente e rolando pra atrás do sofá. Fernando olha pra mim e diz: vai vendo ó. (breve explicação, esta humilde futura repórter também está adentrando no universo da música. Entendi que ainda vou passar por muitas maçanetas caindo e muitos geradores de luz instáveis ).
* Sandro Adriano da Costa, esse é o nome do Gazu!
* Quando perguntei “o Dazaranha em uma frase” pro Adriano, baterista, ele ficou vários segundos em silêncio, pensando e pensando (eu podia ver o seu cérebro trabalhando loucamente atrás de uma resposta) Então lançou um olhar perdido pra mim e disse: “Ai meu Deus do céu!”. Perfeito!
* O Fernando atualmente ta apaixonado por TANGO!
* ele também foi ao show
do Hellowen (na grade! uhul!!) e só não foi no do Iron porque tinha show do Daza.

O Mundo do fotojornalismo é dos Jovens?? 2 - (e o dos coquetéis também?)

Por Janaína Vieira

Semana passada, no dia 4, aconteceu uma exposição de fotos em homenagem ao fotógrafo Olívio Lamas. Na mesma ocasião houve uma palestra com pessoas muito importantes que fizeram e estão fazendo a história do jornalismo em nossa região, um deles é o fotojornalista Tarcísio Matos que contou um pouco de sua vida e de suas experiências como fotojornalista.

Bom... Chatice né?! Só uma idéia de como a palestra foi boa e produtiva, véio.

A hora da diversão (¬¬)


Uma hora de palestra já havia se passado... As nádegas de todos que estavam nas cadeiras desconfortáveis e enfileiradas, começaram a doer, e depois adormecer. Então você fica indeciso: se escolhe para sentar na com dor ou na dormente. Uma questão profunda (ou não). Se bem que dormente é pior, pois dá uma incrível sensação de que você não tem bunda. E isso é ruim. (obs: o Word não tem bunda)

E mais, um dos palestrantes mudou completamente o assunto, e a coisa que estava ruim conseguiu ficar pior ainda. Ah... Já ia me esquecendo, todo mundo deve conhecer uma pessoa escandalosa e inconveniente, certo? Interessante. Essa pessoa fica falando coisas loucas ao seu ouvido, durante uma palestra que você já não está suportando e você é obrigado a fingir que está super interessado no que a doida está falando. Sua manifestação se resume em balançar a cabeça positivamente de três em três segundos, fingindo que está entendendo tudo. Nessa mesma hora, o seu professor, que está sentado atrás de você, fala no seu outro ouvido que está completamente livre: “Não dá trela pra essa louca...”.

É, dá vontade de chamar a mamãe nessa hora.

Desespero


Finalzinho da palestra. A fome começa a bater e você não consegue mais prestar atenção em nada. Logicamente, toda a tua atenção está na mesa de frutas de salgados deliciosos que está bem ao teu lado te chamando. “Vem... Vem... Vem...”.

Caraca, você começa a rezar pro palestrante parar de falar e ninguém mais fazer nenhuma pergunta. Sabe, até os seus amigos da primeira fileira, que estavam mais interessados, começam a bater foto do espelho da parede ou da mesa hipnotizadora cheia de comida ao invés de estar batendo foto dos convidados palestrantes.

A hora do correr-pro-abraço.

Quando um dos organizadores do evento fala: “Agora vamos para o coquetel”.

Meeeeu, quatro segundos antes do homem falar você já esta com a bunda 15 cm fora da cadeira, ou seja, quase em pé.

Todos chegam afoitos na mesa do coquetel, todos os olhos passeiam sobre a mesa, cobiçando toda aquela comida deliciosa.


Sabe, por alguns instantes você não acredita que a palestra terminou e que está livre para falar, rir, andar e o melhor de tudo COMER. Depois de tudo, você se sente um guerreiro por conseguir aturar uma palestra daquelas, e com a boca ainda cheia, afirma: “Ah... Valeu a Pena”.

16.6.08

O Mundo do fotojornalismo é dos Jovens??

Por Gregori Flauzino

Essa é a era da tecnologia, e os jovens modernos estão intimamente ligados às evoluções e parafernálias tecnológicas. Computadores, celulares, internet, e nada mais importante do que as câmeras digitais e as infinitas possibilidades de inserir suas imagens em sites de relacionamentos, como Orkut e Fotolog.

Os adolescentes, conhecidos mundialmente como semi-adultos infantis, preocupam-se muito com suas imagens, e viram no avanço da fotografia e de ferramentas da internet a oportunidade de transmitir suas opiniões e mostrar ao mundo quem realmente são, ou quem acham que são. A relação com a fotografia dos jovens é puramente própria, como se todos fossem fotógrafos profissionais.

Abertura da exposição

Em um bate papo rápido, na abertura da exposição de fotos vencedoras do Troféu Olívio Lamas, no último dia 4, no Shopping Della Giustina, o fotojornalista Tarcísio Matos comentou sobre o perigo do avanço da tecnologia para a fotografia profissional. Segundo ele, inclusive comentando suas próprias experiências, tanto a mudança da foto em preto e branco para colorida, como a foto em película para digital, trouxeram uma feroz seleção, favorecendo aqueles que se adaptaram mais rapidamente aos avanços.

Dentre outros assuntos, como ética e estágio, Tarcísio salientou a falta de investimento das universidades de jornalismo na disciplina de fotografia. Ele defende uma ampliação da grade curricular, um tempo maior de conhecimento das técnicas e noções básicas do fotojornalismo para os acadêmicos que têm a intenção de se aprimorar na profissão.

Foto repórter amador

Para exemplificar o poder da tecnologia a serviço dos jovens e da informação, conforme explicou Tarcisio Matos, há o caso ocorrido no Terminal Central, em Criciúma.

Nas últimas manifestações estudantis, protestando o aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo de Criciúma, um jovem estudante flagrou a detenção de sua professora pelos policiais. Durante o tumulto no Terminal Central, que ocorreu no dia 12 de agosto de 2005, o estudante percebeu grande movimentação dos policiais e logo utilizou seu celular para gravar o ocorrido. Integrantes da imprensa local entraram em contato com o jovem e devido sua colaboração exibiram as imagens amadoras no telejornal local. “Eu quis denunciar a estupidez com que os policiais agiram”, comentou o estudante em entrevista a ¼ cheio.

Essa atitude mostra o quanto o conhecimento dos jovens sobre os avanços da tecnologia e sua visão jornalística, nesse caso foto jornalística, pode contribuir para uma sociedade que está cada vez mais se adaptando para receber informações em tempo real.


4.6.08

1/4 Cheio de janelas

Por Caroline Grechi

Turulim. (luzinha laranja piscando). Turulim turulim (três luzinhas laranja piscando).

Oi. Oi. Oi. As mãos escrevem em seqüência. São três da tarde. Às três da manhã, com duzentas mil luzinhas laranja piscando e berrando, sua mãe esmurra a porta e pela enésima vez grita: “meu filho, sai desse computador e vá dormir!!”

Janelas. Janelas no seu quarto. ¼ Cheio de janelas. Seria normal, não? Um quarto bem ventilado, arejado... Mas pelas suas janelas não passa vento. São janelas que disputam o mesmo espaço, num quadrado luminoso. Elas vão se apertando, se encolhendo, até ficarem minúsculos quadradinhos atulhados na parte inferior da tela luminosa.

As respostas já são mais lentas.. Quando não são invertidas. Você manda um “falou brother” pra professora que está gentilmente mandando a matéria de ontem, enquanto escreve um educado “a senhora é muito gentil, obrigada!” para o seu amigo esquisitão.

¼ cheio de internet, lotado até o último m². Janelas numa batalha virtual para conseguir um espaçinho no seu campo de visão. Site da rádio, site daquela banda que tu adoras, site de relacionamentos (frescura para não dizer Orkut), site de mensagens instantâneas (mais frescura ainda pra não dizer MSN), site do Prouni pra ver se tu descolas uma bolsa na faculdade, site daquele blog legal que tem umas crônicas esquisitas... Como é mesmo nome? Alguma coisa com “quarto...”, e mais um monte de janelas que tu não te deu o trabalho de fechar desde as 3 da tarde.

O que aconteceu com as tarde infantis e ensolaradas, subindo em pés de goiaba (e inocentemente se perguntando o que era aquela “meia coisa branquinha” se mexendo dentro da goiaba, sem saber que a outra metade já estava indo pro seu estômago), e brincando de esconde-esconde? Pra onde foram as idas a pracinha, andar de gangorra e balanço, vendo quem saltava mais longe com o balanço em movimento (e quem perdia os dentes da frente primeiro)?

Já era. Agora o mundo se resume em quatro paredes. E algumas idas ocasionais a casa de uns 3 ou 9 conhecidos. A diversão ficou sedentária, isso num adolescente. Deus me livre pensar nos 30. Mas esse é o mundo atual, você apenas segue as tendências comportamentais naturais do século... Ah, tu és igual a todo adolescente de agora.

São só três da manhã e tua mãe quer dormir. Vê se pode? Tu não querias apelar, mas é obrigado e tomar medidas drásticas. Ou seja, diminuir o brilho da tela do PC e desligar as caixinhas de som, além de digitar usando luvas. Quase que invisível aos sensores paternos.

Janelas e mais janelas. E não param de surgir. As ações do computador estão cada vez mais lentas, e sua paciência está cada vez menor. Depois de resmungar alguns palavrões em voz baixa (baixíssima) a mensagem que agüentou até o fim, que segurou o que pôde, quase se arrebentou em duas pra não se manifestar... Pula calmamente no centro da sua tela. E diz: “O internet Explorer encontrou um problema e precisa ser fechado. Enviar relatório de erros? Depurar. Sim. Não enviar.” Depois de um longo suspiro, você arrasta o mouse lentamente e clica em “não enviar”. Todas as janelas somem magicamente. Finalmente você se entrega e tomba de qualquer jeito na cama. ¼ Cheio de silêncio absoluto.

30.5.08

Brasil de Jovens Leitores

Por Adrieli Cancelier

Não deu no jornal, mas segundo a Agência Brasil o maior número de leitores brasileiros está entre jovens e crianças. Mas o que será que nossos caríssimos companheiros da madrugada internáutica andam lendo por aí? Quadrinhos do Super-Homem? Revistas de fofocas? Resumo de Duas Caras?

Nada disso! Os nossos bons leitores, além de ¼ CHEIO de um monte de coisas, estão lendo os mais variados tipos de “bons livros”.

Paulo Coelho, segundo pesquisa realizada pelo Projeto Juventude e pelo Instituto Cidadania, ainda é o escritor mais procurado pelos jovens.

Era de se esperar. Obras como Veronika Decide Morrer e Onze Minutos costumam encantar até mesmo as mentes-jovens mais conservadoras ao misturar a realidade com uma dosezinha de sonhos e loucuras.

Paulo Coelho

O escritor não fez sua carreira apenas com seus livros conhecidos mundialmente. Paulo Coelho também escreveu músicas muito conhecidas na voz do nosso glorioso e lendário Raul Seixas, como Sociedade Alternativa e Tente Outra Vez.

Apesar de alguns assassinatos cometidos à língua portuguesa, Paulo Coelho recebeu vários prêmios nacionais e mundiais com suas obras. Sua última condecoração, em 2007, veio diretamente da ONU: Mensageiro da Paz.

Outras leituras...

Além de Paulo Coelho, outros reis da literatura são bastante conhecidos entre os jovens. Clássicos de José de Alencar e Machado de Assis também enchem as prateleiras de muitos quartos jovens. Mais atrás aparecem os livros de Dráuzio Varella e Lair Ribeiro.

Porém, dado divulgado pela Folha afirma que com um quilômetro de distância na frente de Paulo Coelho, o livro mais lido pelos brasileiros ainda é... A Bíblia! É isso mesmo! 43 milhões de pessoas já a leram e 45% destes costumam fazê-lo com freqüência.

E Depois?

A pesquisa aponta que esse interesse por clássicos literários dura, na maioria dos casos, apenas até o fim da fase escolar. Mas qual seria o real motivo, prezados leitores?

Talvez a falta de incentivo (ou de obrigação)... Ou talvez na falta de críticos que escrevam boas resenhas sobre as fabulosas obras - e é fato. É difícil escrever boas resenhas... Ou a preguiça.

Seja lá qual for a causa (ou as causas) quem sai ganhando é sempre aquele que não perde a mania. Quem lê conhece línguas, o impossível português e todos os seus derivados.

E se isso não servir, ler é tão grandioso quanto sonhar. A magia das palavras toma formas diferentes em cada cabeça.

¼ cheio de livros é um quarto cheio de sonhos. Sonhos são quartos cheios de histórias. Histórias são quartos cheios de jovens.


15 livros mais lidos em 2008 no Brasil

Uma Esperança de Paz (Sandy Tolan)




Santuário (Nora Roberts)




A Princesa Leal (Phillipa Gregory)





Harry Potter e as Relíquias da Morte (J.K. Rowling)





Trilogia da Magia (Nora Roberts)




Trilogia do Coração (Nora Roberts)




Trilogia dos Sonhos (Nora Roberts)




Mentirinhas Inocentes (Gemma Townley)




A Menina que Roubava Livros (Markus Zuzak)




A Cozinha Açafrão (Yasmin Crowther)




A Maré Rebelde (Alison Mcleay)




Honra Acima de Tudo (Eileen Goudge)




Segredos da Alma (Mônica de Castro)




A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)





Uma Cama Para Três (Carmen Reid)