12.11.09

Um empurrãozinho


Era só disso que eu precisava. Um empurrãozinho!

Não, para a alegria de uns e tristeza de outros, não estou à beira de um precipício recebendo meu empurrãozinho. Ele veio através de um mico que paguei ontem, qualquer dia desses eu conto em detalhes, agora ainda estou sorvendo da minha vergonha, que meus colegas de faculdade fazem questão de não deixar cair no esquecimento.

Ta bom, ta bom... Eu conto agora o tal do mico. Quanto antes o mundo souber, melhor.

Ontem assisti a palestra de David Coimbra. Eu admiro o cara. Bastante. Mas não ao ponto de pesquisar meticulosamente a veracidade de sua identidade em sites da internet.

Resumindo:

Passei o início da palestra pensando qual pergunta inteligente e interessante eu faria ao cara que admiro. Descobri que pensar demais nem sempre é o bastante.

Peguei o microfone. Todos olharam pra mim, incluindo o David. Dei um sorriso olhando nos olhos dele e falei:

- Oi, meu nome é Carol. Aproveitando o que tu tava falando da leitura na internet, queria perguntar se tu acha que isso contribui pra difundir a leitura entre os jovens, já que hoje eles estão tão ligados a esse meio digital. Me refiro ao Twitter também, eu tenho o teu twitter e sempre leio o que tu escreve, as histórias e tal.. (na verdade a pergunta foi mais tosca, agora dei uma enfeitada, mas era quase isso).

Então, ele dá um sorrisão de derreter corações, e me diz:

- Mas é um fake, eu não tenho Twitter.

E eu, com cara de tacho, tento me recuperar do choque, e numa última esperança pergunto:

- Sério?

David diz:

- Sim, é um fake, não sou eu. Mas quanto à leitura na internet...


E seguiu me respondendo com um sorriso querido de "ai que dó", enquanto os colegas do curso, os professores e demais presentes ainda riam e falavam "bahhh...". O final da resposta dele pra minha medonha pergunta, como percebe-se, eu não me lembro direito. Acho que ainda tava tentando fazer as minhas bochechas não derreterem de calor, com tantos olhos em mim e os risinhos ecoando.

Depois disso confesso que a palestra perdeu o brilho inicial, pra mim. A frase "Mas é um fake, eu não tenho twitter" ficou martelando na minha cabeça, tipo aqueles desenhos em que o Jerry fica batendo com um martelo colorido e gigante na cabeça do Tom.

Na real queria ouvir mais histórias das viagens dele, mas os colegas só perguntavam sobre o diploma, o diploma, o diploma... O vaso sanitário com jato de água foi uma das histórias dele que gostei. Como escritor que é, ele sabe contar bem as histórias, fazendo com que degustemos cada pedacinho, como um último quadradinho de chocolate que a gente não quer que acabe.

Até as pausas pra tomar água seguravam o suspense nas horas certas.

Quando a palestra acabou, fui lá e fiz uma piadinha muito sem graça tocando no braço dele e dizendo "mas tu é de verdade, né?". Coitado, ainda teve a caridade de dar um risinho, como se existisse alguma graça no meu terrível gracejo.

Entreguei algumas crônicas aqui do Quarto pra ele.

Tirei umas fotos, dei um docinho pra ele... (não sem antes me certificar se ele era diabético ou não.. um mico só, já foi de bom tamanho).

Segui ele até o bar da dona Vilma, fazendo também a infame piada de que "agora eu tava seguindo o David certo". ¬¬

Vi ele ir embora... e foi isso.

Quero de coração agradecer ao David Coimbra, desculpa pelas piadinhas e pela gafe, e obrigada por ser gentil comigo. Obrigada também por me dar um "empurrãozinho" pra tirar este blog do esquecimento, me dando vontade de escrever de novo. o/

até mais.

Carol.

=D

Um comentário:

Unknown disse...

Desculpa, eu não queria te enganar.