A mente humana possui caminhos tortuosos que não perdem em
nada para o bosque confuso em que habitam os sentimentos.
Certa vez perguntei-me onde nasciam os bons escritores. Nas
folhas habilmente encaixadas em máquinas de escrever? Nas penas riscando
asperamente os pergaminhos amarelados? Nas canetas Bic esvaziadas em simples
cadernos?
Minhas dúvidas estão sendo digitadas em um vidente
smartphone. Acho que isto serve como resposta. Não que eu seja uma boa
escritora, apensa transformo meus pensamentos em símbolos ordenados que se
aproximem de suas essências.
Acho fácil falar bonito. Após uma leitura estimulante meu
monólogo mental fica falando bonito por um bom tempo. Um escritor habilidoso
desperta meu vocabulário.
Até agora não sei exatamente sobre o que estou falando.
Resmungos inaudíveis de pré-sono anunciado pelo peso das pálpebras. Boa noite.
Não. Uma dor de barriga acabou de adiar meu sono.
Nada melhor que um trono pra princesa dos monólogos nonsense.
Princesa? Só se a Fiona.
(Além de não usar o termo rainha, me comparo a um ogro. Psicólogos
piram).
Meus olhos já não focam mais. E a correção errônea do
smartphone está me irritando.
Até amanhã.
Deixo o silêncio de uma linha em branco pra você.
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