30.6.08

A volta da brilhante hollywood

Por Grerori Flauzino



Os jovens dos anos 80, hoje possivelmente quarentões ou cinqüentões, estão mais nostálgicos do que nunca. Suas aventuras preferidas nas telonas do cinema estão voltando e mostrando aos jovens desse século as histórias que faziam a cabeça da galera daquela época (cabeça coberta de brilhantina, diga-se de passagem)


Um cyber robô exterminador que protege, ou prepara, os seres humanos para uma guerra futura entre homens e máquinas. Um lutador que deixa de ser cobrador da máfia italiana para ser campeão mundial de boxe. Um professor de arqueologia, aventureiro nas horas vagas, ajeitando seu chapéu, disparando sua pistola e agitando seu chicote. Um soldado americano que é programado para matar e acabar com tudo usando sua metralhadora.

A série de filmes Exterminador do Futuro (The Terminator), criada por James Cameron após um sonho com robôs invadindo a Terra, não só foi um dos maiores sucessos do cinema por seus inovadores efeitos visuais, como também pela linha crítica sobre a vida humana e a criação de uma inteligência artificial. O primeiro filme da série foi produzido em 1984,o segundo em 1991 com o título "O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final", e o último, retomando a continuação da história "O Exterminador do Futuro 3: A rebelião das Máquinas" em 2003. O terceiro filme não obteve tanto sucesso quanto os produtores esperavam, mas ainda assim rendeu 427 milhões de dólares com orçamento de pouco mais de US$175 milhões.

Outro grande sucesso dos anos 80 que voltou foi a série Rocky, o lutador. O filme foi idealizado pelo então desconhecido Sylvester Stallone, que escreveu o roteiro em apenas três dias e acertou com os produtores para que ele fosse o protagonista. Outra curiosidade foi que o filme todo foi feito em 28 dias, e naquele ano, 1976, ganhou o Oscar de melhor filme. A série rendeu outros seis filmes e em 2006, dezesseis anos após o último lançamento, Stallone e os produtores retomaram a história contando a vida de um lutador aposentado, ex-campeão mundial, entediado e viúvo, que sente vontade de voltar a lutar profissionalmente.

Recentemente, outros dois grandes nomes do cinema voltaram ao mercado com uma roupagem nova, depois de "séculos" em que ficaram esquecidos nas prateleiras de locadoras de vídeo... É o caso do Rambo (olha o Stallone aí de novo) e do Indiana Jones.

Rambo conta a história de um soldado americano altamente treinado que é enviado para realizar as mais difíceis missões contra os inimigos do pais. Praticamente uma aventura ideológica da superioridade dos americanos frente aos conflitos na Guerra do Golfo e Vietnã. Agora, John Rambo vive isolado no norte da Tailândia e protege um grupo de missionários que prestam serviços num campo de refugiados. Uma versão mais humanitária do herói sanguinário.




E por último, o filme mais esperado do ano, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal , que conta a história do jovem aventureiro (agora não tão jovem) e suas aventuras arqueológicas com artefatos históricos.

Ou seja, o cinema americano está cada vez mais interessado em suas histórias de heróis, bandidos, o bem e o mal, mas sem perder o brilho dos sucessos passados. Séries famosas voltam com força, fazendo os jovens conhecerem as histórias que embalaram a vida dos seus pais.

29.6.08

Gripes, resfriados, mitos e verdades

Por Adrieli Cancelier

Finalmente junho chegando ao fim. Mês de Santo Antônio, São João e São Joaquim. A gelada São Joaquim. Certamente em junho a cidade mais gelada do país passa a ser ainda mais celebrada. Todos os jornais querem ao menos uns segundos de neve, cachecóis e aquela conhecida cena de finzinho de tarde, onde o sol se despede e os termômetros registram valores abaixo de zero.

Mas o que na TV parece um paraíso, na prática é um frio que entra sem bater à porta e leva todo mundo justamente pra frente dos telejornais, na cama e de preferência bem agasalhado, com uma xícara de chocolate quente na mão e a caixa de comprimidos ao lado.

Os primeiros sintomas são sempre os mesmos:

*Febre;
*Calafrios;
*Dor de cabeça;
*Tosse seca;
*Dor de garganta;
*Congestão nasal ou coriza;
*Dor muscular (mialgia);
*Anorexia;
*Fadiga.


E aí a mesma pergunta de sempre aparece: O que será que eu tenho?

Segundo especialistas da rede municipal de saúde de Criciúma os sintomas da gripe são conhecidos e bem definidos, mas muitas vezes, a gripe é confundida com o resfriado. O resfriado também é provocado por uma virose, mas não o mesmo vírus da gripe (Influenza) tendo seus sintomas muito mais brandos.


Tratamento

Segundo a Organização Mundial da Saúde no Brasil, morrem mais de 10 mil pessoas de gripe todo ano. Existem medicamentos antivirais específicos contra a gripe. Diferente dos sintomáticos (analgésicos, antipiréticos etc.) que tratam apenas os sintomas da gripe, estes medicamentos atacam diretamente o vírus. Seu médico poderá receitar uma medicação específica contra o vírus da gripe que reduzirá a severidade dos sintomas e a duração da doença.

Para o tratamento ser bem-sucedido, é importante iniciá-lo em até 48 horas após o início dos sintomas. Porém na presença súbita de febre alta (38ºC ou mais) e dois ou mais sintomas de gripe, é aconselhado que um médico seja procurado de imediato.


Prevenção

A maior prevenção contra a gripe e o resfriado, além de ser também o melhor tratamento é ingerir muito líquido. A eficácia das vacinas contra gripe na redução dos casos de gripe confirmados laboratorialmente é de 70% a 90% nos adultos saudáveis.

Além disso, apesar de que, nem gripe, nem resfriado se pega com o frio, as baixas temperaturas são mais propícias para a proliferação dos vírus e os lugares fechados ainda auxiliam na transmissão. Aconselha-se então, arejar muito bem os locais onde alguém esteja gripado ou resfriado e evitar situações favoráveis à reprodução dos vírus, como dormir ou sair de cabelo molhado no frio, andar descalço, tomar líquidos gelados com muita freqüência e todas essas coisas que sabemos de cor e salteado.

23.6.08

Dazaranha... Se quéis quéis, se não quéis diz...

Por Caroline Grechi

Um casamento entre o violino, a guitarra e o berimbau. Um casamento entre a cultura catarinense e a música de estilo único. Um casamento que já dura 15 anos.
Adauto, Adriano, Chico, Fernando, Gazu, Gerry e Moriel. Uma banda. Uma história.

Segurando o gravador com as mãos suadas e trêmulas, esta roqueira integrante “do quarto” conseguiu uma entrevista exclusiva antes do show que aconteceu dia 31/05, em Araranguá.

Com a maçaneta da porta do camarim caindo a cada meio segundo, quedas de luz eventuais, e o DJ tentando quebrar a barreira do som, segui-se a entrevista com o Fernando (toca violino, além de guitarra, baixo... E uma hora ele foi pra percussão também...) e o Chico (Guitarrista solo. O Guitarrista solo).
Então... Vamos aos fatos!




De onde veio o nome da banda?

Fernando: Em Florianópolis nós temos a ilha Dazaranhas, que fica perto da ponta Dazaranhas, numa praia chamada praia do Moçambique. E é um lugar de nativos, que ainda tá bem preservado e tal. Dali saiu essa inspiração, da natureza. E também do Raul Seixas né, nosso grande mestre.

Fernando, como tu achas que o violino contribui pro som da banda? A mistura do rock com o clássico, uma coisa que não é muito comum.

Fernando: O violino no rock? Na verdade ele se encaixa mais ou menos com o Chico que ta junto aqui com a gente na entrevista (oláá! Diz o Chico acenando pro gravador). Eu bato muita bola com o Chico na história de arranjos, o violino no rock ’n roll bate muito com o arranjo da guitarra, então se não rolar uma parceria a gente acaba chocando um com o outro e não aparece nem o arranjo dele nem o meu. Então a gente presta muita atenção porque daí nasce a harmonia, porque a harmonia vem antes de tudo.

Chico: É bem isso que o Fernando falou mesmo, temos que trabalhar juntos. E na verdade acaba se criando um novo timbre, até as pessoas comentam que o Dazaranha tem uma característica que é a guitarra distorcida e o violino que é um instrumento clássico, uma coisa mais leve. Isso acaba criando um elemento novo e bacana, é um lance ousado ver o violino tão presente como um instrumento só, não sendo um naipe. Numa banda de rock, acho que a experiência mais ousada que eu posso ver no Brasil, se falando nisso, é o Dazaranha.

Vocês acham que o fato de falar das coisas de SC acaba gerando um tipo de rejeição das pessoas de outros estados ou até mesmo daqui mesmo, de pessoas que não dão valor às coisas da terra? Músicas que falam da cultura de Floripa e tal... O pessoal quer saber mais das coisas que vem de fora... Vocês sentem isso?


Chico: Eu tenho a impressão que isso é uma coisa meio cultural... Geralmente as grandes bandas e artistas vêm de outros estados, SP geralmente, ou do RJ. Lugares que se desenvolveram antes e que ofereceram mais condições pra que essas coisas acontecessem. Talvez a falta de tradição aqui com relação a isso tenha criado essa tendência de acreditar mais nas coisas que vem de fora. Mas hoje em dia com o avanço da tecnologia, com a internet e com a facilidade que se tem de gravar, tu expõe a tua obra de uma forma mais fácil, chega mais rápido ao público. Acho que estamos tentando mostrar que aqui tem coisa de qualidade também. SC cresceu muito, nos últimos 10 anos surgiram muitas bandas, acho que isso ta realmente mudando.

Fernando: Até complementando a historia do Chico, a gente tem se preocupado também com o lance de harmonizar as bandas de SC. Temos vários amigos, de muitos anos, varias bandas, e não daria pra citar todas aqui porque a gente sempre vai esquecer de alguma. Hoje por exemplo estamos tocando com a Nós na Aldeia, uma banda que já tem uma história junto com o Daza. O Macarrão (vocalista) participou de um disco nosso, eu e o Chico participamos de um disco deles, então temos criado uma história por aqui. E não tem como alimentar e colocar mais combustível pra que vire uma coisa nacional, até mesmo porque se agente botar combustível a mais, seria botar dinheiro a mais, seria criar uma coisa fake, uma coisa fabricada. Talvez esta seja a fraqueza e a riqueza da música catarinense.


E vamos dizer que vocês fossem se lançar pro RJ e SP, o pessoal lá ia querer conhecer músicas de vocês que nós de SC já conhecemos. Concordam que ficaria cansativo pra gente “conhecer de novo” digamos assim? Como foi o caso do Papas da Língua, eles lançaram a “Eu sei” pra todo país e isso foi motivo de muito orgulho, porém o pessoal daqui também esperava musicas novas, e teve que respeitar o momento das outras pessoas conhecerem o som. Já era a terceira vez que éramos apresentados a “Eu sei” (com o formato original, com o Acústico ao Vivo, e novamente só voz e violão). Como se vocês fossem relançar a “Vagabundo confesso”, por exemplo.

Chico: Eu acho que o artista nessa hora, naturalmente amadurece a interpretação de uma obra. Às vezes é isso que acontece com o Daza, e com outras bandas que eu vejo. Durante 15 anos como é o nosso caso, nós tocamos a “Vagabundo”, por exemplo. Não é uma música diferente, mas é uma interpretação diferente, que melhorou na minha opinião, e é mais atual também. Eu acho que obrigatoriamente o artista tem que dar pelo menos uma roupagem nova pra ele poder relançar isso no mercado.

Fernando: Isso é uma coisa natural. Por exemplo, essa versão que tu falas da “Eu sei”, o Papas lançou ela originalmente e relançou numa roupagem acústica. E é uma coisa que o Dazaranha nunca teve, mas que ta planejando. Lançamos 4 discos de estúdio e não temos nenhum registro ao vivo, e quando lançarmos um trabalho ao vivo, seja um CD, um DVD ou os dois, naturalmente vai ter a “Vagabundo”. Pode soar como relançamento, mas não é, isso todas as grandes bandas fizeram. Até eu uso um exemplo que são os Rolling Stones que são uma excelente banda, a gente ainda ta começando perto da carreira deles, mas eles por mais que lancem discos sempre vão ter “Satisfaction” no set list, por exemplo.

Mas... No caso do Papas, foram três vezes né.. A original, a do Acústico ao Vivo que todo mundo curtiu com a nova roupagem... E depois quase que a original de novo... Que a gente conheceu primeiro.

Chico: Ah ta... Aí sim, eu acho que nesse caso as pessoas que já conheciam devem ter achado que eles “meio que forçaram a barra”, difícil de mudar... “Pô eu já conheço essa música há tempos...”. Mas é o seguinte, essas pessoas vão ter que se conformar porque a banda precisa atingir outro público, os estados aqui do Sul conhecem mais têm todos os outros que não conhecem, se tiver a oportunidade de lançar o som de novo, vale a pena.

E o que vocês acham da música brasileira atual, as coisas novas que estão surgindo no Brasil, na grande mídia?

Chico: Acho que tem coisas boas, e tem temas que na verdade estão se repetindo... Ou será que são imortais?... Eu não sei... Tem coisas que naturalmente não vou comprar o disco. Infelizmente é difícil eu ouvir um pagode que me agrade, que eu goste e vá lá comprar o CD... A não ser de repente o Zeca Pagodinho, essa turma mais purista. Mas eu vejo muita coisa boa, várias bandas que estão acontecendo, Jota Quest, Skank, O Rappa... Mas sempre teve isso na música, na verdade. Uma galera meio brega caminhando junto com uma galera mais conceitual, uma galera mais rebelde, uma galera mais da pesada, uma mais punk...

Se vocês acompanharam, o que acharam do premio Tim de Música?

Chico e Fernando:
Não vi. - Risos

Pergunto porque eu vejo que os ganhadores são basicamente os mesmos todos os anos, mesmas duplas, bandas.. E a surpresa esse ano, pelo menos pra mim, foi o Vitor Ramil que ganhou como melhor cantor por voto popular...

Fernando: Opa, o Vitor... Mas o Vitor não é revelação né... É de tempos...

Fernando: Posso falar uma coisa que aconteceu hoje? Falando em prêmios... Primeiro tu considera a situação seguinte. No Big Brother, um bando de bacanas vai lá fazer pose e tentar ganhar 1 milhão. Um produto da Globo, porque enfim a Globo trabalha com isso, com produtos. Aí fazem os prêmios... Prêmio Tim, o prêmio tal... A gente já ganhou prêmios, disco de ouro pelo CD “Tribo da Lua” e Prêmio Claro de Música Independente pelo disco “Nossa Barulheira”. E hoje teve o prêmio que o Luciano Huck deu pra um rapaz, o Éder. Chico olhasse hoje? O guri ganhou 100 mil reais como prêmio de soletração. Os caras passaram o ano inteiro discutindo educação, e tal e deram 100 mil pro guri. E me vai um bando de bacanas aparecer na TV pra ganhar um milhão? Pô, não era pra ser o contrário? Cara eu tava lá de tarde vendo televisão e não sabia soletrar aquelas palavras. Era pra ser 1 milhão pro menino e 100 mil pro bacana..

Chico: Isso é uma questão que acontece no Brasil e no mundo... A cultura ocidental já valoriza umas coisas que a gente acha que não é justo, muitas vezes dá pra ver que não é justo né...

Fernando, se tu conheces o Maná, que está em turnê agora pelo Brasil. Se tu gostas, tens alguma influência...

Fernando: Eu não sou fã... Conheço mas não é o tipo de artista que me agrada e tal, que eu compraria o CD. Na verdade pode ser um pouco de desapego meu. Mas eu sei que eles trabalham bastante o lado internacional, assim como o Fito Paes que tem uma divulgação legal no Brasil e que fez um trabalho bacana com o Paralamas... Meio que quebrou o gelo né? Das fronteiras entre o Brasil e os países latinos. Mas eu não tenho muito apego com o Maná não.

Um mico inesquecível de alguém da banda.

Fernando: São coisas que o cara tenta esquecer, quando pede pra lembrar fica meio difícil... - risos
Chico: Entrar na música errada, a banda tocando uma e tu entrar achando que é outra... Cantar o trecho de uma outra música, esquecer a letra, além de vários choques, tombos... Por aí vai...

Fernando, uma superstição que tu tem ou que alguém da banda tenha antes do show... Entrar com pé direito.. Enfim..

Fernando: Superstição antes do show, bom como tu ta presenciando, torcer pra que o gerador agüente até o fim – risos.
(alguns minutos antes da pergunta havia faltado luz, eheheh)


O Dazaranha em uma frase:

Fernando: família.
Chico: Eu arrisco que seria... Boa música.
Moriel: Dazaranha é comer feijão com detergente, dormir na chuva e dormir contente, não confundir a coca com acoca e fazer de cócoras.
Adauto: minha vida.
Adriano: Ai meu Deus do céu.
Gazu: O Dazaranha ta rico, o Dazaranha ta pobre, o Dazaranha ta Reggae, o Dazaranha ta Rock, o Dazaranha pirou de vez!
Gerry: (a tonta da repórter esqueceu )



*off de ¼ cheio: Vamos abrir a porta do camarim e a fechadura cai pelo lado de dentro, fazendo um som estridente e rolando pra atrás do sofá. Fernando olha pra mim e diz: vai vendo ó. (breve explicação, esta humilde futura repórter também está adentrando no universo da música. Entendi que ainda vou passar por muitas maçanetas caindo e muitos geradores de luz instáveis ).
* Sandro Adriano da Costa, esse é o nome do Gazu!
* Quando perguntei “o Dazaranha em uma frase” pro Adriano, baterista, ele ficou vários segundos em silêncio, pensando e pensando (eu podia ver o seu cérebro trabalhando loucamente atrás de uma resposta) Então lançou um olhar perdido pra mim e disse: “Ai meu Deus do céu!”. Perfeito!
* O Fernando atualmente ta apaixonado por TANGO!
* ele também foi ao show
do Hellowen (na grade! uhul!!) e só não foi no do Iron porque tinha show do Daza.

O Mundo do fotojornalismo é dos Jovens?? 2 - (e o dos coquetéis também?)

Por Janaína Vieira

Semana passada, no dia 4, aconteceu uma exposição de fotos em homenagem ao fotógrafo Olívio Lamas. Na mesma ocasião houve uma palestra com pessoas muito importantes que fizeram e estão fazendo a história do jornalismo em nossa região, um deles é o fotojornalista Tarcísio Matos que contou um pouco de sua vida e de suas experiências como fotojornalista.

Bom... Chatice né?! Só uma idéia de como a palestra foi boa e produtiva, véio.

A hora da diversão (¬¬)


Uma hora de palestra já havia se passado... As nádegas de todos que estavam nas cadeiras desconfortáveis e enfileiradas, começaram a doer, e depois adormecer. Então você fica indeciso: se escolhe para sentar na com dor ou na dormente. Uma questão profunda (ou não). Se bem que dormente é pior, pois dá uma incrível sensação de que você não tem bunda. E isso é ruim. (obs: o Word não tem bunda)

E mais, um dos palestrantes mudou completamente o assunto, e a coisa que estava ruim conseguiu ficar pior ainda. Ah... Já ia me esquecendo, todo mundo deve conhecer uma pessoa escandalosa e inconveniente, certo? Interessante. Essa pessoa fica falando coisas loucas ao seu ouvido, durante uma palestra que você já não está suportando e você é obrigado a fingir que está super interessado no que a doida está falando. Sua manifestação se resume em balançar a cabeça positivamente de três em três segundos, fingindo que está entendendo tudo. Nessa mesma hora, o seu professor, que está sentado atrás de você, fala no seu outro ouvido que está completamente livre: “Não dá trela pra essa louca...”.

É, dá vontade de chamar a mamãe nessa hora.

Desespero


Finalzinho da palestra. A fome começa a bater e você não consegue mais prestar atenção em nada. Logicamente, toda a tua atenção está na mesa de frutas de salgados deliciosos que está bem ao teu lado te chamando. “Vem... Vem... Vem...”.

Caraca, você começa a rezar pro palestrante parar de falar e ninguém mais fazer nenhuma pergunta. Sabe, até os seus amigos da primeira fileira, que estavam mais interessados, começam a bater foto do espelho da parede ou da mesa hipnotizadora cheia de comida ao invés de estar batendo foto dos convidados palestrantes.

A hora do correr-pro-abraço.

Quando um dos organizadores do evento fala: “Agora vamos para o coquetel”.

Meeeeu, quatro segundos antes do homem falar você já esta com a bunda 15 cm fora da cadeira, ou seja, quase em pé.

Todos chegam afoitos na mesa do coquetel, todos os olhos passeiam sobre a mesa, cobiçando toda aquela comida deliciosa.


Sabe, por alguns instantes você não acredita que a palestra terminou e que está livre para falar, rir, andar e o melhor de tudo COMER. Depois de tudo, você se sente um guerreiro por conseguir aturar uma palestra daquelas, e com a boca ainda cheia, afirma: “Ah... Valeu a Pena”.

16.6.08

O Mundo do fotojornalismo é dos Jovens??

Por Gregori Flauzino

Essa é a era da tecnologia, e os jovens modernos estão intimamente ligados às evoluções e parafernálias tecnológicas. Computadores, celulares, internet, e nada mais importante do que as câmeras digitais e as infinitas possibilidades de inserir suas imagens em sites de relacionamentos, como Orkut e Fotolog.

Os adolescentes, conhecidos mundialmente como semi-adultos infantis, preocupam-se muito com suas imagens, e viram no avanço da fotografia e de ferramentas da internet a oportunidade de transmitir suas opiniões e mostrar ao mundo quem realmente são, ou quem acham que são. A relação com a fotografia dos jovens é puramente própria, como se todos fossem fotógrafos profissionais.

Abertura da exposição

Em um bate papo rápido, na abertura da exposição de fotos vencedoras do Troféu Olívio Lamas, no último dia 4, no Shopping Della Giustina, o fotojornalista Tarcísio Matos comentou sobre o perigo do avanço da tecnologia para a fotografia profissional. Segundo ele, inclusive comentando suas próprias experiências, tanto a mudança da foto em preto e branco para colorida, como a foto em película para digital, trouxeram uma feroz seleção, favorecendo aqueles que se adaptaram mais rapidamente aos avanços.

Dentre outros assuntos, como ética e estágio, Tarcísio salientou a falta de investimento das universidades de jornalismo na disciplina de fotografia. Ele defende uma ampliação da grade curricular, um tempo maior de conhecimento das técnicas e noções básicas do fotojornalismo para os acadêmicos que têm a intenção de se aprimorar na profissão.

Foto repórter amador

Para exemplificar o poder da tecnologia a serviço dos jovens e da informação, conforme explicou Tarcisio Matos, há o caso ocorrido no Terminal Central, em Criciúma.

Nas últimas manifestações estudantis, protestando o aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo de Criciúma, um jovem estudante flagrou a detenção de sua professora pelos policiais. Durante o tumulto no Terminal Central, que ocorreu no dia 12 de agosto de 2005, o estudante percebeu grande movimentação dos policiais e logo utilizou seu celular para gravar o ocorrido. Integrantes da imprensa local entraram em contato com o jovem e devido sua colaboração exibiram as imagens amadoras no telejornal local. “Eu quis denunciar a estupidez com que os policiais agiram”, comentou o estudante em entrevista a ¼ cheio.

Essa atitude mostra o quanto o conhecimento dos jovens sobre os avanços da tecnologia e sua visão jornalística, nesse caso foto jornalística, pode contribuir para uma sociedade que está cada vez mais se adaptando para receber informações em tempo real.


4.6.08

1/4 Cheio de janelas

Por Caroline Grechi

Turulim. (luzinha laranja piscando). Turulim turulim (três luzinhas laranja piscando).

Oi. Oi. Oi. As mãos escrevem em seqüência. São três da tarde. Às três da manhã, com duzentas mil luzinhas laranja piscando e berrando, sua mãe esmurra a porta e pela enésima vez grita: “meu filho, sai desse computador e vá dormir!!”

Janelas. Janelas no seu quarto. ¼ Cheio de janelas. Seria normal, não? Um quarto bem ventilado, arejado... Mas pelas suas janelas não passa vento. São janelas que disputam o mesmo espaço, num quadrado luminoso. Elas vão se apertando, se encolhendo, até ficarem minúsculos quadradinhos atulhados na parte inferior da tela luminosa.

As respostas já são mais lentas.. Quando não são invertidas. Você manda um “falou brother” pra professora que está gentilmente mandando a matéria de ontem, enquanto escreve um educado “a senhora é muito gentil, obrigada!” para o seu amigo esquisitão.

¼ cheio de internet, lotado até o último m². Janelas numa batalha virtual para conseguir um espaçinho no seu campo de visão. Site da rádio, site daquela banda que tu adoras, site de relacionamentos (frescura para não dizer Orkut), site de mensagens instantâneas (mais frescura ainda pra não dizer MSN), site do Prouni pra ver se tu descolas uma bolsa na faculdade, site daquele blog legal que tem umas crônicas esquisitas... Como é mesmo nome? Alguma coisa com “quarto...”, e mais um monte de janelas que tu não te deu o trabalho de fechar desde as 3 da tarde.

O que aconteceu com as tarde infantis e ensolaradas, subindo em pés de goiaba (e inocentemente se perguntando o que era aquela “meia coisa branquinha” se mexendo dentro da goiaba, sem saber que a outra metade já estava indo pro seu estômago), e brincando de esconde-esconde? Pra onde foram as idas a pracinha, andar de gangorra e balanço, vendo quem saltava mais longe com o balanço em movimento (e quem perdia os dentes da frente primeiro)?

Já era. Agora o mundo se resume em quatro paredes. E algumas idas ocasionais a casa de uns 3 ou 9 conhecidos. A diversão ficou sedentária, isso num adolescente. Deus me livre pensar nos 30. Mas esse é o mundo atual, você apenas segue as tendências comportamentais naturais do século... Ah, tu és igual a todo adolescente de agora.

São só três da manhã e tua mãe quer dormir. Vê se pode? Tu não querias apelar, mas é obrigado e tomar medidas drásticas. Ou seja, diminuir o brilho da tela do PC e desligar as caixinhas de som, além de digitar usando luvas. Quase que invisível aos sensores paternos.

Janelas e mais janelas. E não param de surgir. As ações do computador estão cada vez mais lentas, e sua paciência está cada vez menor. Depois de resmungar alguns palavrões em voz baixa (baixíssima) a mensagem que agüentou até o fim, que segurou o que pôde, quase se arrebentou em duas pra não se manifestar... Pula calmamente no centro da sua tela. E diz: “O internet Explorer encontrou um problema e precisa ser fechado. Enviar relatório de erros? Depurar. Sim. Não enviar.” Depois de um longo suspiro, você arrasta o mouse lentamente e clica em “não enviar”. Todas as janelas somem magicamente. Finalmente você se entrega e tomba de qualquer jeito na cama. ¼ Cheio de silêncio absoluto.