05/02/2010
Os olhos de um deles tem cor de avelã
Penetram tão perto da mente da gente
Despindo os disfarces de um jeito indecente
Falando idiomas que os olhos entendem
Os olhos do cara que canta caseiro
Parece sorrir para o mundo inteiro
Acordes em cores que olhos não vêem
Nos pintam um quadro onde tudo está bem
Do tênis ao banco, do branco ao vermelho
Ouvi-lo nas noites de quente verão
Faz vê-lo em imagens que nunca virão
De um sonho qualquer, de um breve refrão
Os olhos de um deles tem cor de infinito
Tão claros, azuis, brilhantes, distantes
Presentes em par, ausentes de mal
Esferas de vidro, vidrante cristal
1berto, 2bertos, 3 bertos e bingo
Os números param, perdendo sentido
As luzes se perdem em peles tão claras
Dourados os fios que então pairam no ar
No sopro, no toque, batida e canção
Na voz que ecoa histórias de perto
Distante apenas dos pouco espertos
Que esperam sentados pela tradução
Em cores e letras, com muitos sinais
Conversam em música as poucas vogais
Em versos inversos, sem formas formais
O velho e o novo, ao lado e iguais
Com soantes, fechadas a sós
Simples de menos, estranhas de mais
Recriando e desatando alguns nós
Novos sons com suas poucas vogais.
Um comentário:
Pouca vogal,
muitas consoantes.
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