9.12.10

Ambidestra, ambidaquela...



Por Carol Grechi

Ah, o boliche. Aquelas bolas bonitas (tchêê), a pista brilhando, o pessoal se divertindo, as canaletas bombando e os pinos esperando uma criatura que os derrube. Tudo muito bacana! Até o momento em que você, na tentativa de ajudar sua equipe, resolve tomar medidas drásticas.

Há diferentes pesos de bolas de boliche. Com a mais leve você não se cansa, e se jogar com calma, consegue derrubar alguns pinos. Vendo as outras pessoas fazendo strike com uma bola super pesada, o que dá pra deduzir? Ou você é muito ruim, ou bolas pesadas são a solução!

Sua vez de jogar, a engrenagem dá umas gemidas e aparece ao seu lado uma bola pesada. Bem pesada. Pra segurar com uma mão só, sua força faz uma veia saltar no pescoço (tipo a do Zezé de Camargo quando canta).

Alguns passos e chega a hora. Se esforçando (literalmente) pra mirar a bola no meio da pista, o braço direito se prepara, vai pra traz levando a bola e... Quando volta, jogando-a (mais ou menos) no meio da pista, parece que alguma coisa está errada. Depois de um baque no chão (ninguém avisou que não é bocha??) a bolota marombada vai indo, indo e acaba fondo na canaleta. Mas isto é um mero detalhe, pois quem parece não estar satisfeito com o resultado é o seu pulso.

Pra lhe lembrar de que não se deve brincar com coisas que não são pro seu tamanho, ele começa a doer. Aquela dorzinha, discreta e permanente.

Ao chegar em casa, depois do banho (dormir com nhaca de boliche não, né!) é que a coisa pega.

Ou melhor, não pega. Com a mão direta não. Nem puxar um lençol leve pra se cobrir. Nada. Toda a força do braço direito ficou lá na canaleta, com a bola pesada.

A semana vai passando e você cada vez mais canhoto(a). A faixa no pulso direito parece servir como um aviso constante para o cérebro, que já lhe manda os comandos básicos pra mão esquerda. Abrir portas, se segurar no ônibus... Aliás, falando em trânsito, pra ajudar na situação, temos mais dois detalhes. Auto-escola de moto. Serviço (diagramação, ou seja, computador).

Ao chegar na pista (não a de boliche, a da auto-escola) o instrutor olha pra faixa no pulso e franze o cenho perguntando:

- O quê que tu fez aí?

Sim, esta é a pergunta do momento, daqui a pouco será divertido inventar versões diferentes pra resposta, mas ainda não. Só a palavra “boliche” acompanhada de alguns movimentos desajeitados com o braço, já explica.

Tudo vai muito bem, acelerar é um pouco dolorido, mas fora isso você e a moto amarela são grandes amigos, felizes... Desbravando a pista... Até o momento em que por descuido, você pára sobre um desnível de terreno (baita buraco) e quando o pé direito procura o chão pra segurar o peso da moto, o chão não está ali. Está lá, alguns centímetros abaixo. E é aonde você, a moto amarela e pulso enfaixado vão parar, lá embaixo, embolados sobre os pneus de "segurança" que delimitam o percurso. Desnecessário tecer mais detalhes sobre a situação, a cena já é bastante tragicômica.

Mais tarde, no trabalho, é o mouse quem teima em trabalhar com a mão esquerda. Se arrasta, trava, não obedece... E o pior é que o mouse até muda de lado, mas os atalhos no teclado não. ¬¬ Fail. Tarde demorada e dolorida. E isto que é só quinta-feira.

24.11.10

Aaaahhh....




Por Carol Grechi


Lá vem ele, como um velho conhecido de quem não se tem notícias há tempos. O alívio.
Aquele sentimento que pode servir tanto pra um momento íntimo no toalete (cagada) quanto para quando escapamos bem de uma (cagada). O alívio também é companheiro dos pés. Pés magros com joanete, pés gordos (não sei quem tenho) que dependendo do calçado apertam aqui e ali, fazendo uns vincos doloridos.

O alívio, inimigo da gripe e do nariz entupido. Amigo do Sorine, Sorinan, ou seja qual for o nome do seu desentupidor em tempos de gripe (viciado em sorine são outros 500).
Falando em 500, ou a falta dele, dá um alívio pagar todas as contas né? Às vezes eu consigo fazer isso.

Roupa apertada. Calça jeans depois do almoço, com os botões brigando loucamente pra escaparem das casas e forçarem o tal do reco a se abrir. É um alívio facilitar o trabalho deles e liberar a pança pra dar aquela respirada com uma sensação de? Alívio.
Neste momento sinto alguns dos alívios acima (só não estou no banheiro e ainda não paguei todas as contas) e um que é ainda mais profundo (tchÊÊÊ).

Apresentei um trabalho hoje, entreguei a primeira parte do TCC ontem e não tenho mais provas nem trabalhos em vista. QUE ALÍVIO MENTAL!

Minha cabeça já não é lá essas coisas, ainda mais tendo que fazer o dia ter 459 horas pra dar conta da lendária auto-escola (instrutor da moto, amanhã, se não chover, prometo que vou), do trabalho (na minha humilde posição de estagiária prefiro não comentar), dos 7.894 trabalhos e provas das últimas semanas de aula na faculdade, e da morte da vó (logicamente a pior de todas as coisas).

Saber que amanhã vou poder dormir até tarde descansadamente (se chover) e deixar meu grande (literalmente) cérebro pensar em nada ou no que ele quiser, é um grande alívio. Só o fato de eu estar escrevendo outra vez já é mais um grande alívio.

Se o Ricardo Chicuta me deixar um comentário também vai ser um grande alívio, pois sei que depois desta “seca” no quarto, ele é meu único leitor. Senta ali no pufe, Chicuta, que eu vou ligar um keane no meu imaginário som super potente (que eu adoraria ter pra vencer os decibéis da vizinha e suas cantorias de igreja).

Não posso terminar esta pseudocrônica (como a palavra pseudo é snobe né?) sem dar um toque poético e dizer que no meio da correria destas últimas semanas tive dois alívios singelos e emocionais. Pegar o meu violão, afinar e ficar tocando alguns acordes aleatórios, só pra ouvir o som das cordas novas preenchendo o silêncio do quarto, foi um alívio pra mente e pros ouvidos.

Passar um sábado brincando, tirando fotos, comendo (¬¬) e toda hora rindo, ao lado do namorado e de dois amigos que eu sempre agradeço ao “hômi” lá em cima por ter conhecido, foi um alívio pra alma. Obrigada ao Êdi, ao Gui e ao meu namorido Greg.

Parece agradecimento de Oscar né, deu, chega...
Tô aqui toda torta, quero deitar na cama pra aliviar a coluna e os olhos que já estão lacrimejando. Tchau.
*créditos da foto para Carol Grechi (conhecida como eu) e pro Êdi. Não lembro quem tirou essa, então vai crédito pros dois.

21.9.10

1/4 Cheio de Política(gem)

Por Carol Grechi

Não tem pra onde fugir. Eles estão em toda parte. Nos canteiros no meio da Avenida, nos adesivos, nos panfletos que de santinhos não tem nada... Não tem pra onde fugir. Nem dentro do seu quarto os políticos te deixam em paz na época das eleições.

Ao chegar da faculdade o bolso é o primeiro a ser esvaziado, pois todos os dias algum candidato tem a brilhante ideia de colocar pessoas na saída do terminal de ônibus, lhe enfiando panfletos embaixo do nariz (será que eles agendam o dia ? e se dois candidatos fizerem isso no mesmo dia/hora?..). Você até podia jogar o panfleto no lixo, no caminho pra casa, se eles não estivessem lotados até a boca com panfletos de outras pessoas que tiveram a mesma ideia.

Bom, pra dar uma descansada, nada melhor do que ligar o rádio do quarto né? Não. Eles também estão lá. Nos comerciais e no horário do limbo eleitoral gratuito, onde entre as propostas, pode-se ouvir os gemidos de seres de outros mundos, também presos à eterna ladainha eleitoralmente obrigatória.

Agora estamos no segundo turno para presidência do nosso país. Ao olhar para os dois candidatos atacando um ao outro, na tela da TV, e ao olhar para a capa do DVD Xuxa e os baixinhos volume 843 que sua priminha esqueceu no quarto... Dá vontade de ver a Xuxa. E olha que esse nível é crítico.

Não que você não se interesse pelo futuro do seu país, pelo contrário, ideias de como ele poderia melhorar é o que não faltam, só que "uma andorinha só não faz verão" como diz aquela frase que alguem (não sei quem) disse. Os outros milhões de Quartos Cheios de pessoas que podem mudar ou não a história toda, ainda estão fragmentados (que coisa bonita de se dizer, parece até uma pessoa inteligente falando) entre indecisos, nulos, brancos, indiferentes, revoltados que não fazem nada e revoltados que acham que sozinhos não fazem nada (como você. Como o João, como a Maria... ops, melhor parar, se não vão achar que tô puxando a sardinha pro lado do comedor. Se a sardinha for muito salgada e você for hipertenso, não se preocupe, remédio é o que ele mais tem).

Como se já não bastasse se assustar com as propostas (ou a falta de) dos infelizes candidatos, a aparência dos coitados também não colabora pra prender sua atenção por meia hora na frente da televisão. Agora que já rimos bastante com alguns inacreditáveis personagens que se candidataram a deputado estadual/federal, sobraram apenas o Sr. Burns e a noiva de Chuck - o boneco assassino, pra tentarem nos convencer.

A coisa tá tão feia que é como se o quarto estivesse completamente trancado e alguém tivesse soltado um daqueles "peido alemão" ali dentro. Não tem pra onde correr. Se correr o Burns pega e se ficar a Chuck come. 1/4 cheio de política, um cérebro cheio de perguntas sem respostas e ideais sem pai nem mãe.

31.8.10

Se desse pra disfarçar..

O que escrevi hoje é direcionado pra uma pessoa.
Não gosto de e-mail. E como o blog ainda é dela também,
achei que seria o melhor caminho.

Integrantes "não ativos" do 1/4 cheio:
Adrieli Cancelier
Janaína vieira
Gregori Flauzino

Todo mundo foi mudando (e se mudando)... fiquei com o quarto só pra mim...
E nunca vou conseguir preencher o espaço que sobra.


---

Por Carol Grechi

Engraçado como a gente finge muitas coisas. Eu particularmente não consigo fingir sobre sentimentos, então tento disfarçar. Quase sempre não consigo. Hoje de tarde estava aqui só olhando o Quarto e viajando pelos Quartos amigos, sem a menor vontade de escrever. Entrei num.. entrei noutro.. e noutro. Foi nesse terceiro que parei. Ele é da minha amiga e do namorado dela, o blog. Essa minha amiga foi para outro estado, não é a primeira vez que falo nela. E não será a última.

Sabe aquela pessoa que faz com que tu sorria só por estar perto de ti? era ela. Aqui em Criciúma não tenho mais ninguém que me faça sorrir assim. Tenho meu namorado, que também é meu amigo, e tenho um professor com que gosto de falar besteira e ouvir ele falar coisas inteligentes, pra ver se pego alguma coisa. O namorado deve estar sobrecarregado com meus anseios na falta de um amigo. Uma amiga, em especial.

Bom, existe uma palavra que pode aproximar, mas pra mim pode distanciar ao mesmo tempo. Internet. Eu uso internet lá vez outra e vejo a minha amiga on line la vez outra, mas não falo nada. Não porque eu não queira, mas por que sempre acho que vai ser pouco. Vai ser pouco tempo falando, vai ser ser pouco tempo falando sobre poucas coisas... As coisas importantes não acho que caibam na janela do msn. Se eu visse essa minha amiga hoje, na minha frente, eu desabaria numa pilha de lágrimas e sorrisos. Com certeza molharia o ombro dela com a água de saudade dos meus olhos e nariz (não vamos fingir que não sai água por lá também).

Meus olhos agora estão assim, mais úmidos do que o normal, estou fingindo pra mim mesma e pras pessoas ao redor que é por causa da tela do computador e do clima seco de Criciúma. Mas não é, é saudade. É vontade de dizer pra ela que Criciúma está sem cor. Nada. Nem o amarelo do Tigre. Só o cinza do carvão desbotado. Sempre achei Curitiba uma cidade bonita, a Globo enfiou isso na minha cabeça, porque pessoalmente nunca estive lá.

Aí vejo a minha amiga dizer o quanto sente falta de Criciúma e do Xis daqui. Que tambem anda meio sem sal. Aí meus olhos lacrimejam e eu finjo pra mim mesma que é o clima seco de mais um dia seco em Criciúma. Este final de semana fomos convidados,eu e o Greg (namorado) a irmos para o Turvo, na casa de uma colega. É nesse fim de semana que a minha amiga vem pra cá. Quero muito vê-la, mas tenho medo de que ela não ria mais das minhas piadas sem graça, e não entenda mais as nossas conversas de olhares. Tenho tanta coisa pra contar e tanta coisa que quero ouvir... Mas tenho medo de que o tempo e o silêncio tenham mudado alguma coisa. Turvo ou não Turvo? os meus olhos estão...

Comecei a escrever uma carta pra ela, mas cada vez que acontece alguma coisa nova comigo, vou ler a carta e vejo que ainda está faltando coisa. Estou escrevendo no computador, a carta, pra depois passar a limpo pra uma folha, à mão. Será que um dia ela fica pronta? sempre tem mais alguma coisa pra adicionar e mais duzentas coisas pra perguntar...

A "tia" Adri era minha extensão. Sem ela aqui em Criciúma o tempo sobra e algumas coisas se perdem no vazio, passam batido sem os comentários que nós com certeza faríamos. Te amo tia (que não é tia de sangue, mas ganhou o título nem lembro o porquê)... Queria fingir que não quero pedir pra tu voltar, mas quero. Quero do fundo do meu coração que tu volte pra cá. Mas ainda mais no fundo quero que tu consiga fazer o que tu sempre quis e se agora o local que pode tornar isso possível é Curitiba, é aí que tu tem que estar. Quero muito conhecer o Andrius. Fico feliz que tu tenha novos amigos aí... Com ciúmes, como sempre... Mas fico feliz... Mas volta... algum dia... por mais tempo... Criciúma está tão cheia de coisas vazias..
Ó.. o ar seco da cidade entrando em ação mais uma vez..

Tchau, embaçaram-se os meus óculos.


----
Leitores do 1/4 Cheio (falo leitores porque atualmente são dois, eu e o Ricardo Chicuta) Espero em breve voltar a escrever como nos dias vindouros do Quarto. Enquanto isso vou escrevendo o que me passa na mente... sem muita ordem ou preocupação.

11.8.10

Nada com nada..

Por Carol Grechi


Tava relendo o que já escrevi no meu Blog reprimido (não é esse) e me deu vontade de escrever o que me der na telha agora, nesse exato momento.

Janela.

Janela é uma porta quadrada no qual é mais difícil você passar com frequência. Se for um contorcionista magro, passa que é uma beleza, mas se for alguém mais pro lado sedentário (como eu.. não, nada de comer eu..deixa) aí comprica. Dizem que os olhos são a janela da alma. Pois eu acho que os olhos são a boca muda da alma. Dali saem mensagens ditas sem voz, e não imagens, que é o que se vê ao olhar por uma janela.

Eu gosto da janela de acordo com o meu humor. Se estou jururu ou chata pra caralho (tpm) janela fechada e luz acesa pro meu mundinho ficar ainda menor e eu ter menos coisas pra me irritar. Se estou alegre e sorridente, janela aberta pra eu lembrar que existe vida lá fora, que a vida é bela e que se é dia, eu não preciso gastar luz. Quando eu to chata quero mesmo é gastar luz.

Secador de cabelo.

O meu já parece extensão do cabelo. Se não seco com ele parece que vou pegar uma pneumonia. Até meu consciente automático é dramático.

Pés.

Os meus vieram de outro planeta, talvez um de gelo. Assustadoramente gelados. Não aquele gelado que encomoda, mas aquele gelado que dói. Minha alegria é uma garrafa peti com água quente, na hora de dormir. Pros pés.

Marimbondo.

Tenho medo. Sempre acho que vão entrar no meu ouvido e atacar meu cérebro, como vi num filme uma vez na Sessão da tarde. Abelha também me estremece. O mel é bom, elas pessoalmente, não.

Formigas.

Aquelas vermelhas bem pequenas e desgraçadas me atacaram na minha creche em Estância Velha, quando eu tinha uns 4 anos. Eu me lembro. Fui pegar uma pecinha de Lego amarela em cima dum montinho. Eu tava com uma sandália com tirinhas coloridas. Botei meu minusculo pezinho no montinho. O montinho era um formigueiro. A tia da creche gastou quase o litro todo de alcool no meu pé, que mais parecia uma bolinha. Fiquei com as marcas por um bom tempo, tadinha.

Penico.

Palavra engraçada, o som do ico no final me disperta uma graça... É um recipiente que adoramos quando somos crianças e abominamos quando ficamos velhos. Peniquinho bonitinho de ursinho pro cocozinho do bebezinho. Penico de plástico amarelado pelos resíduos ali depositados, alvo de repulsa por quem tem que esvaziá-lo, tanto na infância quando na volta à infância (quando ja não atinamos mais nada). É uma merda esvaziá-lo.

Espelho.

Tenho a impressão de que é um objeto que mostra o que a gente não quer ver. A gente se vê no espelho pra ver se tem alguma coisa "errada". Ninguém (que eu conheça) vai se olhar no espelho pra ver se está mais bonito que há 2 minutos, mas sim pra ver se tudo está "de acordo" com a última olhada no espelho. Feijão no dente, cabelo arrepiado, essas coisas. Não vou me olhar no espelho daqui a vinte segundos pra ver se virei a Jéssica Alba. Se eu virasse ia levar um susto tão grande que precisaria de um penico. Minhas nádegas ja não cabem no de ursinho, então seria o amarelado mesmo. Gostaria de esvaziar?

Gaita de boca.

Também conhecida como harmônica. Som legal pra quem sabe o que tá fazendo. Como qualquer outro instrumento, o som que sai quando alguém ainda está tentando quem sabe aprender um dia, é irritante, dá vontade de pular a janela com penico e tudo pra cair com os pés num formigueiro. Mas quando é bem tocada é uma beleza! um dia chego aos pés do humberto gessinger... Será que eles são tão gelados que nem os meus?

Mas o estranho é ter que tirar ar dos outros 2 pulmões que vem de brinde com a gaita. Porque quem toca tem que ter 4 pulmoes, só pode. E aquelas caidinhas que tem que fazer com a lingua pra sair o som em cada buraquinho...

Estranho esse papo de língua e buraquinho.. deixa..

Porta-retrato.

Agora se chama Orkut e não pega pó, mas o antigo é legal. Tem que cuidar pra foto não ficar muito úmida se não gruda no vidro e quando a gente vai tirar fica metade da foto grudada e umas falhas brancas aonde havia imagem. Péssimo. Mural de fotos com imã não pode ficar perto da cozinha. É só fritar um bife e já era. Todas grudando mais que Trident velho.

Ponto de interrogação. (to ouvindo a música quebra-cabeça do Engw e ele falou isso agora)

Faz a diferença numa frase. faz a diferença numa frase?
talvez? talvez.
Legal é ler ele de cabeça pra baixo °§¬¢£³²²¹:>Deu? deu. Dei? não. (am, não caio nessa)
Sério? sério. Tu me ama? tu me ama. Será? Com certeza.

Água.

Bah, não vou falar globalmente, mas sim pessoalmente. Nada melhor que beber água quando se está morrendo de sede. Talvez só se iguale a sensação de alívio de comer com fome e de enxer o penico quando se tem que enxer o penico. Acordar demanhã pra tomar banho antes de trabalhar e descobrir que não tem água, não é legal. E se tu tiver um cabelo que não acorda muito lá essas coisas, ainda mais sem um secador de cabelo, é uma merda. Fora do penico. Nã, água tem que ter. Bah, escovar os dentes, lavar a mão. Água é foda. Quando acabar vai ser um inferno.

Inferno.

Local sem água. O capeta trabalha na Casan, é ele quem fecha o registro.
É de lá que vem as coisas do qual não gostamos. Preencha sua própria lista. Na minha tem isso (entre outras coisas):

Calypso
pagode ruim
pagode bom
pagode
funk carioca
programa de tv com baixaria
pânico (nao o filme, o programa)
pereba
piolho
pessoas irritantes
pessoas arrogantes
pessoas indiferentes
pessoas (na minha tpm)
abelhas
marimbondos
penicos
acordar cedo
....


As outras coisas "ficam pra próxima".
Expressão que significa "nunca mais" em outras palavras.

Comecei a escrever isso na faculdade quando a minha cabeça deu um estalo. Espero que o estalo não tenha sido o meu pescoço quebrando, aí eu morri e estou no inferno, com sede, escrevendo sobre coisas bizarras. Não. Já estou na casa do namorido, então não morri. O galo do vizinho ainda ta cantando... Tudo bem que nos meus rompantes de raiva eu sempre falo "galo do inferno!!!!" mas tenho certeza de que se ele estivesse lá o capeta já tinho fritado e aberto um Chicken'in(ferno).

Deixando claro mais uma vez que eu não uso drogas.
Produzo bobagem suficiente sem o uso da mesma. Vou repetir a piada que fiz pra mim mesma no twitter hoje (como a maioria das coisas no twitter, que escrevemos pra nós mesmos espereando que alguém leia).
A
mesma que é a mulher do mesmo, aquele que nunca está no elevador. Só entre quando o mesmo estiver no seu andar. Não sei qual o andar que o mesmo mora, mas nunca encontrei ele. Nem a mesma e os mesminhos.

E se alguma coisa que tu leu aqui nao te agradou.. pois agora!
faz de conta que eu não dou bola..

Um dia vou ser que nem o integrante gordinho do trio Aspamen. Ele fala mal do Pouca Vogal pra me irritar, tenho vontade de avançar naquela cara gordinha e barbudinha. Eu tento retrucar falando mal de alguma coisa que ele goste, mas ele nao dá bola. Quando crescer quero ser que nem ele. Só um pouco mais magra. (Hehe, retrucar, continuo tentando).

Vou fazer outras coias aqui na internet. Coisa de pobre que fica sem internet por um tempo e quando volta a usar acha que tem muita coisa pra fazer. Tipo dar F5 no Twitter ou escrever textos sem sentido num blog há tempos abandonado.

O melhor esconderijo, a maior escuridão
já não servem de abrigo, já não dão proteção..

Fui que o sono tá batendo. Deixo ele entrar? hummmm... isso ficou estranho..

E da-le Inter! 2 a 1 no time que esqueci o nome, mas que não é brasileiro.
Chivas. tu chivas? ele chisva daqui e nós chivamos embora para o mundial.

9.4.10

Certos costumes...


Por Carol Grechi

Engraçado como tu acaba te acostumando com certas coisas. Morando no Arroio do Silva me acostumei com a falta de oportunidades quanto a emprego, me acostumei com aquele cheiro de marisco (conhecido como maresia), acostumei com a solidão invernal (que já começou) e acostumei com o silêncio. Ah, pois é.

Neste momento estou escrevendo no quarto do meu namorado, em Criciúma, com a janela aberta. Ouço uma máquina de jato de água, uma moto barulhenta, um carro barulhento, um ônibus (que é naturalmente barulhento), o cachorro do vizinho numa espécie de choro melancólico, e mais alguns sons que não consigo destinguir.

Pela manhã a coisa é mais complicada ainda. Lá pelas 8, a vizinha de três casas pra esquerda, liga o som bem alto numa daquelas músicas de adoração, religiosas. Nada contra, normalmente. Mas as 8 da manhã tu acordar com um "vaaaaai mudaaaaaar, eu sei que a tua viiiida vai mudaaaaaar", é tudo contra, realmente.

Aí o primeiro vizinho da esquerda, justamente onde fica a única janela do quarto, começa a discutir com a mulher pra saber quem fez aquela conta na loja tal, que mandou o carnê hoje. E a discussão vai longe, chega filha, chega sogra, chega o cachorro do choro melancólico, todo mundo dizendo "não fui eu". Só não consigo ouvir o final dessa "novela"porque o padre não sei o quê, agora ta berrando mais alto ainda que "o Senhor é o meu bem maior, faz um milagre em mim". Pelo menos não é a versão em pagode. Amém por isso.

Bom, na praiota onde moro não tem nada pra fazer. Mas isso até que é legal (neeeem sempre, mas é) porque exige mais da tua criatividade. Já pintei duas camisetas e aprendi a tocar "Detalhes"do R.C. no violino (maliporcamente, mas sai). Aliás, ainda bem que não tenho vizinhos (são casas de veraneio, dos dois lados), porque um deles poderia estar escrevendo uma crônica sobre o barulho infernal de um violino maliporcamente tocado por uma das vizinhas.

Ah, no Arroio quando passa um carro na minha rua, quase que automaticamente eu e a mãe olhamos pela janela. De cada 3 que passam, (por dia) 1 para. Geralmente é a minha tia. Aqui se fosse olhar cada carro que passa, perdia o pescoço.

É... Pra quem sempre quis viver no meio do vuco-vuco, gostar do silêncio e da calma do Arroio do Silva é meio estranho... Acho que to ficando velha... Ou valorizando outras coisas... Não sei, mas sei que hoje descobri que foi a filha da vizinha quem comprou um celular na loja tal. O vizinho disse que ela vai se virar pra pagar, porque ele nao quer saber de outro carnê da loja tal. Desgraçada loja tal, ainda vai me render muitos domingos sem sono matinal.

*Rima desproposital.

25.3.10

Mais vivas do que nunca



Carol Grechi

Este verão que passou foi legal. Tardes bacanas, dias bonitos e quentes. Muito quentes. E nesses dias, pra quem mora ou veraneia no Arroio do Silva, a solução é um belo banho de mar, certo? Já que o Caverá (parque aquático) é meio que inalcançável para quem não tem carro (quem não tem levanta a mão! \o/), o negócio ir para o querido e gratuito Atlântico.

Pra não ficar de bobeira dentro d'água, que por sinal teve seus dias de caribe, verdinha e deliciosamente limpa, comprei uma prancha. Mas não essas grandonas de pessoas que sabem nadar e vão lá pro fundão, não, não, aquelas de isopor mesmo. Como a água estava morninha e limpinha, todo dia eu e meu pedaço de isopor amarelo, íamos rumo ao mar.


Acontece que quando a água fica morna assim, não só os humanos gostam de dar uma nadada. As queridas e cabeçudas águas-vivas (ou mãe d'água, como queiram) também adoram a água quentinha, e ficam meio bravas quando tem muita gente dividindo espaço com elas. Não sei quem é o predador da água-viva, mas acho que na outra encarnação eu devo ter sido um, porque neste verão elas resolveram acertar as contas com as minhas canelas.


No mês de fevereiro foram quatro queimaduras, e bem distribuídas, duas na perna direita e duas na esquerda. Era só começar a pensar o quanto a água estava boa, boiando na minha prancha, que uma meleca esponjosa passava queimando a minha pele. Eu, sempre bem educada com estas gosmeiras aquáticas em questão, mandava-as tomar na boca. Sendo que esta criatura possui a boca e o anus no mesmo lugar, como podemos ver no desenho ilustrativo (e educativo) acima.


A primeira vez foi a pior (epa). Saí mancando e praguejando aquelas bolhas marinhas cabeçudas e seus tentáculos cruéis. Quem me via apoiada no ombro do meu namorado até achava que eu tinha vindo da guerra, com um ferimento gravíssimo, pela cara de sofrimento que eu estava aparentando. Mas é que dói mesmo. Perguntamos pra um salva-vidas e ele disse pra lavar com água doce e passar vinagre. Ótimo, além da dor eu ia ficar fedendo a salada. Nas outras três vezes eu já sabia o que fazer, mas doeu do mesmo jeito.


Agora em março a água já está mais turva, o tempo ainda não decidiu se esfria ou esquenta e não tem mais aquele povaréu todo. Fui caminhar esses dias na praia, quase ninguém, só aqueles tufos marrons na areia, (que parecem cabelo) que eu acho que se desprendem da plataforma no Morro dos Conventos (que então deve estar ficando careca). Perto de um destes tufos, tinha uma água viva morta na areia (hehe). Passei por ela e não pude evitar um sorrisinho. =)

O mundo dá volta, queridas, inclusive na água.

23.3.10

I'm back - diria aquele outro..

Carol Grechi
(Escrevi este texto há algum tempo. Fiquei em dúvida se publicava ou não. Pensei que parecia muito "GuriaApaixonadaPeloDuca'. Mas quer saber? o cara é a minha inspiração musical mesmo, isso é fato. Então folder-se as possíveis interpretações erradas do texto a seguir.
Lá vais! - Como faz bilênios que não atualizo a joça aqui, acho que não afetará grandes nações ¬¬).
--------------------

Eita!

Natal legal, ano novo bacana... Agora é hora de tirar a poeira do blog.
Pra começar vou de levinho, narrando a histórinha de um poeminha (que bonitinho ¬¬).

Fui pra Balneário Gaivota num sábado, 9 de janeiro. Queria ver o Pouca Vogal lá, Duca Leindecker (Cidadão Quem) e Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawai). Descobri o mundo da música através do DVD da banda Cidadão Quem. Pensei que o Duca tocava violão com tanta naturalidade que, quem sabe se eu começasse a aprender, um dia chegaria a tocar quase como ele. Comprei um violão, 1 mês depois de decorar o DVD da Cidadão de trás pra frente e vice e versa e vece e virse.

Frederico Leindecker foi pra casa comigo no dia 11 de março de 2006. Esse é o nome do meu violão, o Fred. Desde lá ainda to aprendendo e ainda não toco quase como o Duca Leindecker.

Mãs, um dia quem sabe..
Pois então, não podia perder esse show né?

Fui derretendo num ônibus da União que não abria a janela e não tinha ar condiconado. Eu ainda fui ver se tinha água lá atrás, perto do banheiro. Hehe. Menina ingênua. Levantei a tampa do freezer (se é q podemos chamar assim) e tinha só um espaço vazio olhando pra mim. Fiquei com medo de cair lá dentro e me perder naquela solidão, como na Banrimochila.

Então derreti no caminho e chegando em Sombrio, derreti mais um pouquinho. Olha que a rodoviária de lá é forte concorrente pra de Araranguá hein. No quesito depressão, elas tão pau e pau. (Não tais ligado? clica aqui.)

Então chegou meu primo para irmos pra casa da nossa vó, na praia da Gaivota. Apesar de ter nascido em Sombriolândia, era bem provável eu me perder na Gaviota, então fomos juntos.
Blz, café da vó, violão rolando e tal... Sorvete(s) antes do show... (uns 3 potes mais ou menos) e fomos pra lá.

Ah pois é.
Distância da casa da vó até o "Mistura Tropical": 1Km.

Eu caminho 20 metros e fico sem ar.
Eu caminho 10 metros e fico sem ar.
Caminhamos 1 km.
Ninguem dava carona (e é claro que a gente não praguejou os carros que passavam, dizendo que eles furariam o pneu e tal... Claro que não, imagina).

Chegando lá, me bateu um aperto intestinal de ordem interna e selvagem.
Sorte o "toalete" não ser dos piores, tinha até papel higiênico. Tirando isso e a dor nas costas e pernas, tava perfeito!

Comi gelo seco como nunca antes, percebi que o Humberto é um tanto quanto autista durante o show, babei nos solos do Duca, desejei uma cadeira mais do que nunca e sorri alegrements!

Após o término (que chique) fomos para a porta do camarim. E provando que existe transporte à velocidade da luz, eles já tinham ido para o hotel. Eu e meu primo achamos uns troncos parecidos com bancos, perto da porta do camarim e sentamos. Que alívio. (Sem malícia, né povo ¬¬).

Na sequência saiu um cara do camarim e nos disse, mais uma vez, que eles já haviam ido embora. Respondemos que só estavamos descansando mesmo. Vai ver ele achou que eu estava esperando o Humberto sair de uma passagem secreta na parede.

O cara tinha um ar simpático, cabelos crespos e compridos amarrados pra trás e uma facilidade em conversar sobre qualquer coisa. Não perguntamos o nome dele, mas isso foi um detalhe. Ouvimos histórias engraçadas e ganhei uma palheta do Pouca Vogal. o/

Saímos dali e fomos pro Dazaranha, que estava tocando num local ali perto, caminho do 1 km até a vó. Mas a saga da finaleira do Daza, fica pra outra vez. To com dor nas costas (ainda) e muito sono (ainda). Então é isso.

Pouca Vogal - fase 1 - completed.


Aí estão aqueles versinhos que falei lá no início:

Eu fui

Eu fui
Eu caminhei 1 Km pra ir
Eu esperei 3 horas de pé depois de ter caminhado 1 km pra ir
Eu me arrepiei quando entraram no palco
Eu sorri quando percebi que além de ouvir, eu ficaria uma hora na frente do Duca
Eu olhei, e disse muito, mas sem falar
Eu acho que não fiquei num monólogo, porque jamais vou esquecer aquele olhar
Eu chorei, porque ouvi eles dizerem que, se alguém ja me deu a mão e nao pediu mais nada em troca, que eu penssasse bem, porque foi um dia especial
Eu lembrei de todos que me deram a mão em tempos de água, e não pediram nada em troca
Então chorei mais um pouco
Então sorri feito louca
Então decorei cada imagem e movimento
Então tranquei todas no pensamento
Eu tirei fotos de baixa qualidade, com um celular de dar dó
Eu fiquei feliz ao perceber que três fotos ficaram decentes
Eu fiquei feliz por naquele momento eu estar finalmente presente
Eles cantaram e nós cantamos tão alto que me assustei
Eles viraram três quando o Luciano chegou (e o quince também)
Eles suavam e nós idem
Ele me olhava
Talvez tenha gostado do chapéu
Talvez tenha entedido os olhares meus
Talvez tenha lido o que eu quis dizer
Talvez é muito vago, vai saber...
O que eu não disse com palavras
O que eu mandei por outro meio
Foi o amor sem culpa ou malícia
Que através da música veio
Um amor que admira, que distantemente existe
Que é inocente e valente, e ao tempo, firme resiste
Uma noite especial
Uma noite pra toda vida
Sem camarim nem conversa, nem ao menos despedida
Somente a imagem gravada, pra sempre na minha lembrança
Aquele olhar que entendia...
O meu amor de criança.

Carol Grechi - Eu fui - 11/01/10

21.1.10

Oi..

Vim só tirar a poeira do quarto..
A inspiração, assim como eu, é meio lerda..
Ficou em 2009 e ainda tá vindo..
Calma que daqui a pouco ela chega..
¬¬