24.11.10

Aaaahhh....




Por Carol Grechi


Lá vem ele, como um velho conhecido de quem não se tem notícias há tempos. O alívio.
Aquele sentimento que pode servir tanto pra um momento íntimo no toalete (cagada) quanto para quando escapamos bem de uma (cagada). O alívio também é companheiro dos pés. Pés magros com joanete, pés gordos (não sei quem tenho) que dependendo do calçado apertam aqui e ali, fazendo uns vincos doloridos.

O alívio, inimigo da gripe e do nariz entupido. Amigo do Sorine, Sorinan, ou seja qual for o nome do seu desentupidor em tempos de gripe (viciado em sorine são outros 500).
Falando em 500, ou a falta dele, dá um alívio pagar todas as contas né? Às vezes eu consigo fazer isso.

Roupa apertada. Calça jeans depois do almoço, com os botões brigando loucamente pra escaparem das casas e forçarem o tal do reco a se abrir. É um alívio facilitar o trabalho deles e liberar a pança pra dar aquela respirada com uma sensação de? Alívio.
Neste momento sinto alguns dos alívios acima (só não estou no banheiro e ainda não paguei todas as contas) e um que é ainda mais profundo (tchÊÊÊ).

Apresentei um trabalho hoje, entreguei a primeira parte do TCC ontem e não tenho mais provas nem trabalhos em vista. QUE ALÍVIO MENTAL!

Minha cabeça já não é lá essas coisas, ainda mais tendo que fazer o dia ter 459 horas pra dar conta da lendária auto-escola (instrutor da moto, amanhã, se não chover, prometo que vou), do trabalho (na minha humilde posição de estagiária prefiro não comentar), dos 7.894 trabalhos e provas das últimas semanas de aula na faculdade, e da morte da vó (logicamente a pior de todas as coisas).

Saber que amanhã vou poder dormir até tarde descansadamente (se chover) e deixar meu grande (literalmente) cérebro pensar em nada ou no que ele quiser, é um grande alívio. Só o fato de eu estar escrevendo outra vez já é mais um grande alívio.

Se o Ricardo Chicuta me deixar um comentário também vai ser um grande alívio, pois sei que depois desta “seca” no quarto, ele é meu único leitor. Senta ali no pufe, Chicuta, que eu vou ligar um keane no meu imaginário som super potente (que eu adoraria ter pra vencer os decibéis da vizinha e suas cantorias de igreja).

Não posso terminar esta pseudocrônica (como a palavra pseudo é snobe né?) sem dar um toque poético e dizer que no meio da correria destas últimas semanas tive dois alívios singelos e emocionais. Pegar o meu violão, afinar e ficar tocando alguns acordes aleatórios, só pra ouvir o som das cordas novas preenchendo o silêncio do quarto, foi um alívio pra mente e pros ouvidos.

Passar um sábado brincando, tirando fotos, comendo (¬¬) e toda hora rindo, ao lado do namorado e de dois amigos que eu sempre agradeço ao “hômi” lá em cima por ter conhecido, foi um alívio pra alma. Obrigada ao Êdi, ao Gui e ao meu namorido Greg.

Parece agradecimento de Oscar né, deu, chega...
Tô aqui toda torta, quero deitar na cama pra aliviar a coluna e os olhos que já estão lacrimejando. Tchau.
*créditos da foto para Carol Grechi (conhecida como eu) e pro Êdi. Não lembro quem tirou essa, então vai crédito pros dois.